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sábado, maio 24, 2008

Duas confissões

Letra pequena pois digo muito em segredo:

Manda uma espécie de imperativo categórico que confesse que, para além do obrigatório e fundamental kaos eu leio, vejo, ouço e farto-me de rir ao ler, ver e ouvir o blog Braganza mothers (antes vicentinas) agora Arrebenta e os cavalheiros do apocalipse. Estes são mais claros nos posts ( vídeos) que o Arrebenta que às vezes encripta as mensagens, tornando a compreensão mais difícil para quem, como eu, não tem a respectiva "gramática", pois não lê os jornais todos, raramente assiste a um telejornal completo e quase nunca vai a foruns na net.

Apesar de não ser necessário,
nunca me atreveria a criticar esse tipo de blogues. Nem mesmo anónima. Por medo, confesso, e esta é a segunda confissão. Traumas da educação salazarista....

O vídeo dos cavalheiros do apocalipse ("o fim da tortura nas aulas"), que já foi visto por meio milhão de pessoas, está maravilha. Mas melhor ainda é o "gandas oportunidades".

segunda-feira, agosto 06, 2007

Utilização aceitável?

A TV Cabo está atenta: abre-se o blog (depois de uns dias de férias de posts e de blogs que muito bem souberam) e lá vêm agarradas as regras de utilização aceitável da cabo. Pelos vistos estão atentos. Para que o cliente fique a saber que a TV cabo não anda distraída e sabe muito bem quantos e quais os blogs que o cliente tem. Admito alguma monitorização por parte dos servidores e até a defendo, com certeza, se queremos dificultar a vida às actividade de pedofilia, venda de drogas, legais e ilegais, vendas de armas e outras coisas assim... Mas a sensação de ao clicar no link para este blog ser redirigida para as regras de utilização aceitável irrita muitíssimo. E assusta: dá a ideia de que o big brother só não tem tempo para censurar, se não, censurava mesmo! Nas regras, ficamos a saber que outro servidor de e-mail só podemos ter com autorização do big brother TV cabo! E vai esta mui diligente empresa avisando também que provê espaço para páginas pessoais, ou seja, deveria ter feito o blog na TV cabo...Será que estão bem de saúde? Isso seria semelhante a termos que pedir autorização à EDP de cada vez que comprássemos um novo aparelho electrodoméstico. Enfim, não tenciono pedir licença, vamos ver o que acontece...

quinta-feira, julho 26, 2007

Informação sobre o modus operandi deste blog


Informação just in case, caso haja coincidências de assuntos comentados:
Tenho a informar que os posts do dia são feitos de preferência de manhã e antes de ir ler qualquer blog! Precisamente porque não quero ser inspirada por ninguém. A hora dos posts é a real. Eu só coloco posts na onda dos blogs quando o assunto é gravíssimo e nunca se porá, calculo eu a questão da autoria da primeira denúncia, todos devem, espero eu, postar, postar, postar, sobre esse assunto. Os agradecimentos misturados com assuntos graves são ridículos mas sempre que utilizo informação de outros blogs menciono-os embora nem sempre tenha tempo para colocar o link. Quem se sentir roubado diga-o na caixinha de comentários. Eu nem me dou ao trabalho de ir verificar se dou ou não dou ideias a outros e se dou ainda bem, é para isso a comunicação!
Mais acrescento que, quando introduzo alterações, nunca altero a hora do post. Passarei a informar a hora do reload quando houver incorrecções corrigidas ...
Este blog tem já ano e meio, parece-me poder dizer que ele tem já um carácter muito próprio e um estilo que não deixa dúvidas (espero eu) sobre a capacidade do autor para reproduzir o seu próprio pensamento e para pensar o que diz; às vezes é mesmo isso, antes não tivesse essa capacidade, que o autor deste blog às vezes até grita contra o governo no carro e não lhe falta eloquência... a propósito...será que no carro pode-se? ou só no inverno com janelas fechadas?

quarta-feira, julho 25, 2007

Malaysia gov threats bloggers

China closed blogger, maybe Russia as well , now Malaysia (in Dutch) ...threats to close blogs. Some bloggers (in English) there, found a way to obey not obeying. Are all these global actions inspiring our Portuguese government in free Europe?




Thanks to Pinus Silvestris for the information

Medo? Que ideia!

Alegre diz que sim, Almeida Santos diz que não. Cabe a cada um verificar em quem prefere confiar.
O arquivamento do processo Charrua é típico deste governo, um caso mediático muito incómodo, por isso cede aqui, mas aperta ali, onde não se vê. A senhora que dirige a DREN continua de pedra e cal orientando a casa com bufaria e prepotência. Jerónimo de Sousa é, já sabíamos, pelo tudo ou nada, quer o governo todo abaixo. Eu prefiro separar o trigo do joio. Quem gere mal deve ser substituído. Aliás, na legislatura da obsessão pela avaliação do mérito (vou fingir aqui que acredito que eles acreditam nisto, só para efeitos de raciocínio) pergunto eu: quem avalia esses chefes? Que nota terão? Que nota terá uma pessoa que gere uma casa pelo diz que disse nos corredores e ainda por cima faz saber que assim faz com processos disciplinares sobre quem disse o que disse nos corredores e gabinetes em conversas privadas? Eu chamo reuniões com actas ao que se diz em serviço, levantar um processo assim é lei da rolha e ignorância pura e dura quanto a princípios elementares de gestão ( há aí literatura que chegue). Por outro lado, eu acho que à frente de uma Direcção Regional de licenciados deveria sempre haver um licenciado. Será o caso? Bem, agora todos são licenciados depois daquelas formações complementares das ESEs e da Aberta. Em todo o caso, mais ou menos licenciada, aquela senhora nada parece saber de gestão. Ministra que não demita os seus subordinados imediatos por erros graves terá que assumir todo o resultado dos erros deles. Eu acho, contra Jerónimo de Sousa, que uma remodelação dentro do ME, mantendo a ministra, já era bom, melhoraria muito o ambiente, mas tinha que ser já, a tempo de corrigir o aborto jurídico do concurso de professor comendador, perdão, titular, implicando obviamente a demissão do seu secretário de Estado inspirador máximo, que todos sabemos quem é. Mais bem aconselhada, Lurdes Rodrigues seria melhor ministra, não tenho disso dúvida alguma.
Ainda ia a tempo. Quem distribuiu serviço nas escolinhas, não tinha que o fazer sem legislação. As férias sempre foram para os professores algo relativo, sempre fizeram reapreciações de exames nacionais em pleno período de descanso. Agosto é o mês de férias obrigatório dos profs, só os cidadãos não privilegiados podem escolher livremente o período de férias. Os profs sempre foram ver o serviço do ano que vem entre praia e campo. Os insultos a respeito das férias dos docentes resvalavam na couraça da indiferença da classe (antes de serem insultados por quem os deveria defender como colaboradores) e não os impediam de continuar usando fins de semana e férias para pôr em dia serviço. Por isso, nada de novo ir à escola em férias e seria por uma boa causa, digo eu.
Falando de férias, ontem finalmente o meu primeiro dia delas e tempo para ler algo interessante e relaxante. Na Super interessante, João Aguiar está magnífico! A não perder. Lúcia Lepecki inspirada como sempre. E na parte da tecnologia, há um artigo sobre electricidade de carvão limpo.... Injectar o CO2 na terra? E até conhecem bem os limites de tal solução... enfim. O lixo por baixo da carpete, uma vez mais...

Quanto a livros: As Farpas, de magnífica actualidade em muitos textos , noutros não tanto, mas sempre um prazer ler quem assim escreve.


Limitação de responsabilidade: em lado nenhum encontrarão neste blogue a admissão da minha profissão que não revelo embora deixe adivinhar. É enquanto cidadã do país que escrevo.

sábado, julho 21, 2007

Era mesmo manutenção e não censura

Uffff! Era mesmo manutenção no prof2000 e parece ter acabado a torrente de spam que invadia os blogs- dando um imenso trabalho aos autores para eliminar comentários na moderação- spam da mais variada origem, desde a venda de malas aos automóveis, desde os toques de telemóveis aos vídeos porno ... sendo, de longe, a indústria farmacêutica, através dos seus drug dealers, a torrente maior: listas infindas de links, um por medicamento, obrigando a esperar horas pelos carregamentos dos comentários; nalguns dias, só mesmo apagando um a um se conseguia eliminá-los. Agora não. E eu já a pensar que era a censura. Mea culpa, o ambiente geral no país está a pôr-nos todos doidos...nem tudo ainda é polícia...
Na China, parece estar o acesso ao blogspot bloqueado centralmente. Se a ideia pega... e lá estou eu ... Estou é a precisar de férias.
Aqui no cantinho, é de saudar a ideia do Público de publicar posts de blogs acerca de um determinado assunto. Assim, vi o meu post da diluição citado, embora não completo, mas até que pararam no parágrafo certo. O resto adivinha-se. Devolvo a atenção com o link e o label. Significa isto que terei que ter mais atenção (à forma, claro) antes de postar. Afinal os blogs não são, de facto, o nosso caderninho de apontamentos. São mais do que isso.

sexta-feira, julho 20, 2007

Prof2000 em manutenção-será mesmo?

O prof2000.pt encontra-se em manutenção- será mesmo isso? Ou estarão a fazer a revisão de blogs e foruns? Já nem sei que pense.

quinta-feira, julho 19, 2007

Texto de Nogueira

O email de cadeia tinha a informação de que os jornais têm o texto, esperemos que publiquem.
Foi difícil reduzir e mudar o tipo de letra e lembrei-me do tempo em que havia umas folhinhas pequenas,deixadas nas casas de banho por mão incógnita, com tipo pequeníssimo, algumas feitas em stencil, e as líamos à socapa...
É pena que grande parte desse medo tenha sido instigado pelos próprios sindicatos, a adesão ao concurso a titular resulta disso em parte.

Um texto de Mário Nogueira a circular por email

CHEIRA AO MEDO DO “ANTIGAMENTE”…
O actual governo, presidido por Sócrates, é violento. Não como outros que o foram antes. Quem não recorda, por exemplo, a violência cavaquista patente, pelo menos, em dois momentos inesquecíveis em que colocou na rua a polícia para reprimir manifestantes: uma vez, no tão célebre quanto triste episódio dos “secos” e “molhados” em que a polícia carregou sobre a polícia; outra vez foi a repressão na Ponte 25 de Abril contra quem contestava o aumento das portagens.
Era a violência física usada para que não restassem dúvidas sobre o poder de quem o detinha. Uma violência que, dada a visibilidade, chamava outros ao protesto nem que fosse para contestarem a própria violência. Contestar, na altura, custaria, quanto muito, o susto de ter de fugir à polícia, mas, para isso, bastava um pouco de argúcia e alguma preparação física.
Hoje é diferente. A polícia não actua da mesma forma. Mostra-se ao longe, identifica (de preferência sem dar muito nas vistas), anda à paisana e usa câmaras de filmar. Porém, embora a polícia se mostre menos, a violência existe talvez mais perversa, pois não deixa nódoas negras na pele. É a outra violência, a que sem deixar marcas exteriores ainda dói mais, aquela que semeia o medo e, dessa forma, contribui para que atinja os seus objectivos quem dela se serve.
Casos com o da DREN/Charrua, o da ex-delegada de saúde de Vieira do Minho, o do autor do blogue Portugal Profundo, as ameaças aos potenciais aderentes à Greve Geral ou o fortíssimo ataque que está a ser movido ao movimento sindical e aos seus dirigentes são sintomáticos do tipo de violência que procura instalar-se e que contribui para a generalização do sentimento de medo.
É o medo de falar, de dar a cara, de denunciar publicamente, de dizer as verdades, de protestar, até de comentar criticamente nem que seja à mesa do café. Sim, porque agora há, de novo, os bufos. E os bufos podem estar na mesa do lado, na secretária em frente, na esquina da rua… bufam para se prestigiarem diante do poder e, talvez assim, garantirem um bom futuro, apesar da sua mediocridade. E é neste caldo de cultura que vai crescendo o medo. O medo do processo disciplinar, do sinal vermelho no registo biográfico, do traço azul no texto, do esfumar da progressão na carreira, de perder o emprego e, assim, a casa, o carro, o futuro dos filhos…
Sócrates há dias, com o seu ar presunçoso, sorria junto de quem o contestava e, para as câmaras da televisão, informava o país de que era um “político democrático”, não fosse o país ter disso dúvidas. Mas será democrático o líder de um governo que fez regressar ao país a intolerância política, o delito de opinião, a violência que semeia o medo?!
Evitar que o medo se instale de vez é exigência que se coloca a todos os que acreditam nos valores democráticos. Nestas circunstâncias, lutar contra o medo não é só um direito que nos assiste, é um dever que se impõe a todos nós. É necessário que, sem medo, enxotemos os ditadorzecos que certas conjunturas promovem. Políticos que, ilegitimamente, abusam do poder que legitimamente conquistaram. São os salazarentos deste início de século XXI, sapato de verniz em vez de botas, que nem marcelentos merecem ser considerados.
Desconheço se um dia cairão de alguma cadeira, mas do poder tombarão sem glória, pois apenas os heróis são glorificados pelo povo. Quem ataca e fere os que menos têm e menos podem, jamais merecerá glória. Desses, o povo costuma dizer que “Deus nos livre deles!”, mas depois é o próprio povo que perde a paciência de esperar a intervenção divina e deles se livra. Estou convencido que será assim de novo…
Mário Nogueira, Professor, Coordenador do SPRC e Secretário-Geral da FENPROF

quinta-feira, julho 12, 2007

Censura? Não que ideia!



Um dos documentos foi retirado de João Madeira, Luís Farinha, Irene Flunser Pimentel (2007), Vítimas de Salazar, Esfera dos livros, Lisboa, o outro do último blog a ser processado Inapto (do jornal a voz das beiras). Descubra o leitor qual é qual. Este novo caso de censura, soube-o por um dos blogs que leio regularmente. Fica o agradecimento geral a todos quantos, apesar das ameaças, vão dando notícias ao vento que passa.

A semelhança entre os dois documentos será coincidência?

domingo, julho 08, 2007

Censura na Porcalândia

« Numa entrevista dada a António Ferro, em 1932, ao assumir a presidência do Conselho de Ministros, Salazar disse ao seu interlocutor que compreendia a irritação provocada pela existência de Censura, dado que não havia “nada que o homem considere mais sagrado que o seu pensamento e do que a expressão do seu pensamento” - Salazar contou que ele próprio já havia sido “vítima da censura”, confessando que chegara mesmo, por isso, “a ter pensamentos revolucionários”. Hipocritamente, afirmou que o aparelho de Censura era “uma instituição defeituosa, injusta, por vezes, sujeita ao livre arbítrio dos censores, às variantes do seu temperamento, às consequências do seu mau humor”.

No entanto, à pergunta de Ferro, por que não revogava então a Censura, esclareceu que não o faria, pois não considerava “legítimo, por exemplo, que se deturpassem os factos, por ignorância ou por má fé, para fundamentar ataques injustificados à obra dum governo, com prejuízo para os interesses do pais”. Nesses casos justificava-se a censura, «como elemento de elucidação, corno correctivo necessário». Observando que a imprensa outrora existente em Portugal dava “a triste imagem dum saguão: intrigas, insultos, insinuações, pessoalismos, provincianismos, baixa intelectualidade”. Salazar disse que o objectivo de um jornal era ser “o alimento espiritual do povo” e, por isso, devia “ser fiscalizado como todos os alimentos”.

Para evitar, porém, “o mais possível”, o “trabalho da censura”, o novo presidente do Conselho afirmou estar a pensar criar "um bureau de informações a que os jornais" poderiam recorrer; para se munirem, de elementos necessários à análise, e até à crítica, da obra do governo". A criação de tal gabinete não acabaria, no entanto, com a Censura, dado que, segundo Salazar, esta também tinha um "aspecto moralizador", ao intervir necessariamente nos “ataques pessoais e nos desmandos de linguagem”. Além desse aspecto "moralizador", a Censura também era chamada a intervir "no aspecto doutrinário", pois ela acabava por ser a “função natural dum regime de autoridade”, ao ter que actuar contra a doutrina subversiva. À sugestão de Ferro de que isso poderia ser resolvido com uma lei de Imprensa, Salazar cha­mou a atenção para o facto de os tribunais não darem "um rendi­mento necessário em delitos dessa natureza". O certo é que, pouco tempo depois de assumir o seu novo cargo, Salazar emitiu, em 23 de Dezembro de 1932, uma circular, a determinar a reorganização geral dos Serviços de Censura.

Noutra ocasião, ainda em conversa com António Ferro, Salazar repetiu a afirmação de que a Censura constituía "a legítima defesa dos Estados livres, independentes, contra a grande desorientação do pensamento moderno, a revolução internacional da desordem" ».

Irene Flunser Pimentel (2007), “A censura”, in João Madeira, Luís Farinha, Irene Flunser Pimentel, Vítimas de Salazar, Esfera dos livros, Lisboa


Qualquer semelhança com a realidade actual na Porcalândia é pura coincidência.

Nota de comentário crítico à prosa- Para quê estragar um trabalho documental válido com advérbios de modo como "hipocritamente" que apenas estragam o efeito? Para quê adjectivos e advérbios destes? O leitor é burro? É pena.

sexta-feira, julho 06, 2007

Direito à revolta e à procura da felicidade

In Congress, July 4, 1776

"The unanimous Declaration of the thirteen united States of America

When in the Course of human events, it becomes necessary for one people to dissolve the political bands which have connected them with another, and to assume among the powers of the earth, the separate and equal station to which the Laws of Nature and of Nature's God entitle them, a decent respect to the opinions of mankind requires that they should declare the causes which impel them to the separation.

We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness. That to secure these rights, Governments are instituted among Men, deriving their just Powers from the consent of the governed, — That whenever any Form of Government becomes destructive of these ends, it is the Right of the People to alter or to abolish it, and to institute new Government, laying its foundation on such principles and organizing its powers in such form, as to them shall seem most likely to effect their Safety and Happiness. Prudence, indeed, will dictate that Governments long established should not be changed for light and transient causes; and accordingly all experience hath shewn, that mankind are more disposed to suffer, while evils are sufferable, than to right themselves by abolishing the forms to which they are accustomed. But when a long train of abuses and usurpations, pursuing invariably the same Object evinces a design to reduce them under absolute Despotism, it is their right, it is their duty, to throw off such Government, and to provide new guards for their future security — Such has been the patient sufferance of these Colonies; and such is now the necessity which constrains them to alter their former Systems of Government. — The history of the present King of Great Britain is a history of repeated injuries and usurpations, all having in direct object the establishment of an absolute Tyranny over these States. To prove this, let facts be submitted to a candid world."

Nota: texto destacado por mim

Foi esta semana o Independence Day e não queria deixar de saudar o grande dia dos EUA, é só isso, mais nada, longe de mim pensar na subversão quanto mais escrever a instigá-la...ui ui... dizer umas coisinhas críticas ainda vai mas nada de revoltas e até as coisinhas críticas só na esquina do café com menos de 2 amigos que três já é proibido e dentro do café nem pensar que pode haver um bufo a ouvir e a mandar sms aos directores gerais (e por aí acima)...


domingo, junho 24, 2007

Disclaimer, Caldeira, Charrua e Lords of the Flies

Fiz um disclaimer geral no header do blog. Assim, não tenho que repetir vezes sem conta a mesma palermice no disclaimer em cada post.
Deus proteja e multiplique pessoas como o Caldeira autor do blog
Do Portugal Profundo. O texto sobre o que aconteceu na última vez que a polícia invadiu a sua casa (e a da família próxima) é arrepiante. Ele diz "desta vez não". A mim quer-me parecer "ainda não".
O caso Charrua foi mediático, todos souberam. Mas há mais vítimas dos tiranetes do PS, pessoas que não quiseram ir aos media, que calaram e estão desempregadas, despedidas pelos lords of the flies do PS que mandam em muitos politécnicos dos quais o caso da virtual cidade chamada Airiel é paradigmático (para os ignorantes em literatura, muitos deles engenheiros: lord of the flies- vão ver na net e leiam o livrinho, mas eu ajudo- o lord era uma cabeça de porco mal cheirosa e cheia de podridão por dentro e muitas moscas por fora cirandando à sua volta ) .



Disclaimer (repito hoje aqui no post mas é a última vez)
Tudo isto que acima escrevi, claro, me quer parecer no meu mundo ficcionado, não quer dizer que se refira a Portugal. Nem mesmo se confirma que o dono do IP se reveja neste conteúdo. Estamos no domínio da literatura, único lugar onde podemos ainda ter liberdade de expressão de opinião quanto a figuras públicas virtuais no poder, de cima ou intermédio, ou seja os virtuais Pol Pot. Podem vir buscar o computador . Mais declaro que não tenho relação funcional, ou qualquer vínculo a qualquer politécnico real ou virtual. Mais acrescento que a minha licenciatura é de Economia mas posso fazer incursões na literatura. Nada me impede, por enquanto.

domingo, março 18, 2007

Os camelos e a auto-censura

Tendo tido numa destas noites um pesadelo, no qual o Zé Camelo tinha conseguido que passasse para todos os ministérios a lei da rolha dos militares, determinando que os funcionários públicos que escrevessem em blogues a atacar o governo, mesmo sob pseudónimo, seriam alvo de processo e antes do resultado do mesmo, preventivamente suspensos por 90 dias, achei prudente mudar os nomes de alguns personagens que têm sido alvo de posts. O Vale-te Demos percebe-se quem seja. E o Zé Camelo quem será? É elemento muito mais perigoso. Ele há muitos parecidos, por isso, cada qual deles saberá se deve enfiar a carapuça. Já aqui apareceu em posts anteriores e não, não era o Trocas-te , esse tem um currículo que não faz esperar nem melhor nem pior, não, não, o Zé Camelo vem do anti-fascista PCP depois passou-se para o PS, tem obviamente simpatia por regimes policiais e é muito bom a castigar as formiguinhas. E está muito bem colocado para as esmagar, está no sítio certo para o fazer. E mais não digo que ele já deve ter o ficheiro de todos os IPs suspeitos... Heil ! KGB ao poder! (sorry, não sei dizer heil em russo)
Moral da história: um bom estalinista, defenda ele a "renovação" ou não, esteja ele em que partido estiver, será sempre um bom estalinista .

Nota-A prática de suspensão preventiva de elemento opositor, antes mesmo de culpa formada em processo disciplinar (seguida de não renovação de contrato) foi já usada no politécnico mais famoso do país, conhecido pelas excelentes práticas internas "democráticas" : não, não foi por escrever em blogues, que é gravíssimo, foi por muito menos. O lucifer que lá manda tem (ou faz constar que tem) um percurso muito semelhante ao do Zé Camelo, mas não a mesma projecção e nem por sombras o mesmo prestígio. Por isso será designado de lucifer-fósforo, de ora em diante, já que Lucifer tem posto elevado na literatura, lucifer-fósforo tem a dimensão disso mesmo, de um fósforo, mas como sabemos um só fósforo pode fazer muitíssimo mal.

Nota ao censor: Senhor censor, inteligente como calculo que seja, à semelhança de todos quantos alguma vez foram incumbidos de censurar ou vigiar a produção alheia, calculo que nesta altura já deve ter forte desconfiança de que o autor é funcionário público.... mas será que é mesmo?

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Zeca Afonso e os eunucos


Posted by Picasa

Muitas canções à solta de Zeca , por altura da efeméride, mas algumas incomodam ainda muito, são mesmo esquecidas... como "Os eunucos", tão infelizmente actual e tão intemporal... é que eunucos há-de haver sempre, tudo parece indicar! Há uma preferência pel"Os vampiros" talvez por se achar que são os outros sempre que comem tudo... Com "Os eunucos" é mais difícil escapar ao espelho da consciência... Os eunucos que estão sempre "de bem com tudo", os que dizem "eu cá dou-me bem com todos", "eu cá não gosto de tomar partidos", "eu cá não sou conflituoso", esses que afirmam que estão de bem com todos, para nunca terem de tomar posição que os possa vir a prejudicar, estão bem sobretudo com os tiranos enquanto "os mais são cortados às fatias", enquanto "os mais ardem em torresmos", ...hoje e agora é assim! Muitos desses eunucos prestam homenagem ao Zeca, na certeza de que a sua voz se calou...
Acham mesmo que se calou?
Para ouvir, procurar aqui

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Sobre a interpretação e a expressão

Reflexão do dia: O ser humano é um ser que interpreta e se expressa e ninguém pode ser senhor das formas de expressão! Os "técnicos da expressão" podem impor padrões mínimos de qualidade... mas ninguém se pode assenhorear de nenhuma forma de expressão!
Ou seja, não são os pintores que vão definir quem pode pintar e quem não pode, num país de liberdade de expressão. Podem é rir-se muito das pintalgadas alheias! No entanto, quanto à interpretação, sobretudo quando há um texto, já não será exactamente assim... o leitor poderá rir-se muito do texto alheio mas arriscará também estar a fazer uma péssima figura...

quinta-feira, novembro 30, 2006

Será um partido a solução?

Um partido, a sua disciplina, calar porque não convém ao partido segundo a "análise concreta da situação concreta" dos iluminados da direcção, não me vejo nesse ambiente. Todos os partidinhos têm um pouco de estalinismo ou de leninismo, o centralismo democrático está em todos. E o anarquismo já deu o que tinha a dar. Melhor continuar o bloguezinho...

sábado, fevereiro 18, 2006

liberdade de expressão

Para que não haja dúvidas, declaro que tenho plena consciência de que, se estivesse na maioria dos países árabes (*), estaria sempre com receio de que me viessem tirar o computador, de cada vez que batessem à porta, porque, sendo mulher, ousei escrever, ousei pensar... sem licença expressa do marido e do Estado Religioso. Aqui, no cantinho, ainda não é assim, espero eu... deixa postar isto depressa, não venham eles ou outros que convivem mal com a liberdade de espressão (ele há muitos...) e me mandem pôr as mãos no ar e sobretudo não tocar mais no teclado nem com um dedinho...

(*) Infelizmente, não me lembro, talvez por ignorância minha, de nenhum onde assim não seja.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Deprimente?

Recém chegada à blogoesfera ou lá como lhe chamam, navegando até aos bloguezinhos anunciados na televisão e lendo os comentários... Actividade deprimente? Talvez não, achei interessante verificar como o que se passa "lá fora" ainda nos seduz. Deve ser bom sinal.
Não deixei comentário em nenhum dos tais blogues, sobre o tema da moda, os desenhinhos (não ponho a outra palavra, por receio de ser visitada, é cedo ainda...escrevo na web sem saber porquê, tal como muitos outros, talvez por um sebastianismo de mim, de nós, enfim, não interessa, por ora evitarei as palavras chave da moda).
Mas o que assusta um pouco é o tom dos comentários, muitos , demasiados , o mesmo tom de alguns iluminados comentadores da praça, é melhor não pôr os nomes, vou pôr as iniciais :N.R., L.D, por exemplo, e outros génios... o tom de quem acha que interpretou toda a dimensão da complexidade da questão e que ninguém mais está a ver a coisa... enfim... Claro que todos o fazemos, uma certa geração habituada à contundência do debate nos plenários estudantis, que passou por plenários de empresa, comissões várias, nunca lhe perdeu o jeito...e estamos assim, muito obsoletos por dentro muitos ajustadinhos por fora , com bons empregozitos, carrinhos bons, vidinhas razoáveis, a espaços com a fúria de sabermos que todos atraiçoámos algures os nossos princípios e ideais (aqui incluo a direita e a esquerda, não acho que só a esquerda tenha princípios genuínos, não acho que a direita seja por definição cínica e a esquerda seja o refúgio dos melhores princípios da humanidade, não hoje, não agora) e apontamos o dedinho a todos os outros ... somos assim, e desde que o saldo negativo se instalou no imaginário colectivo, tem sido demais, a inveja à solta nas casas e nas ruas, o ódio contido a derramar-se sobre o vizinho igual a nós, diferente num privilégio ou noutro e tão semelhante na pequenez, o vizinho "outro" diferente, tão pequeno agora, tão humilhado e talvez por isso, tão arrogante que tem a veleidade de querer ter o exclusivo da interpretação do divino. O medo a passar por todos nós, "eles" e "nós", fundidos num nós igualmente arrogante que se constrói na rua, nos media... Talvez um dia todos voltemos aos livritos que deixámos de ler, talvez um dia a História volte a ser a ciência que era em ambos os lados... enfim... o tema da moda, vai esquecer-se daqui a uns dias... carrinhos ou edifícios a arder nos monitores não nos espantam, não nos incomodam, é cena obrigatória em todos os filmes de acção ... é cena diária, repetida no médio oriente, ora agora mato eu, ora agora matas tu... o medo em ambos os lados, a miséria só num...mas isso não nos incomoda também...
E já agora, deste lado a possibilidade da miséria nos tocar, não é cenário impossível, medo disso também, o medo que nos faz dizer disparates por motivos diplomáticos para amainar os ventos... ventos criados por este sistema económico magnífico na distribuição do rendimento, da dignidade e da vida, que sobrevive embora absurdo por absoluta falta de outro (melhor?) e que sobrevive precisamente por que se casou na devida altura com a noção de liberdade de que não largamos mão por nos ser intrínseco: talvez em parte, o divino em nós todos ...neles também e sabem-no bem, por isso a experiência de tudo isto é tão absurda, tão dura, tão solitária e tão violenta de uma forma ou de outra e em medidas várias em todos nós!...