segunda-feira, março 12, 2007
sexta-feira, março 09, 2007
Direitos adquiridos?
"Mudar a constituição ? Eu cá não preciso, vocês (referindo-se ao Estado) é que têm esse problema, eu não" - estou a parafrasear Belmiro de Azevedo num programa de televisão, aqui há alguns meses.
Esta frase diz tudo sobre o que se está a passar neste país. O problema dos direitos adquiridos era esse o problema de que falava o empresário, aliás muito na mesma onda com o responsável do governo que já não sei quem era nem interessa, pois se calhar era mesmo Teixeira dos Santos ou alguém a seu mando.
Agora acham que descobriram finalmente como fazer para se livrarem de 75000 funcionários públicos, os tais parias ou "gafanhotos" (como lhes chamou o doutíssimo César das Neves) sem ser preciso tocar na constituição.
Também é interessante notar como a constituição não incomoda nada os empresários portugueses, pode ser até muito positivo, mas que dá que pensar, dá!
E mais não digo, vou ali fazer um chá de valeriana que a erva cidreira já dá pouco efeito...
Posted by
m
at
7:14 da tarde
0
comments
Labels: boa gestão, corporações, défice, défice e monstro, economia, finanças, flexi-segurança, função pública, negócios, neoliberalismo radical, política contraccionista, PS
quinta-feira, março 01, 2007
O modelo da China e por cá está-se bem
Faz-se o elogio do privado , elegem-se os funcionários públicos como os bodes expiatórios e procede-se à liquidação massiva do Estado, sob os aplausos dos trabalhadores do sector não estatal . Quanto aos 700 000 funcionários estatais, é facilímo! Primeiro anuncia-se algo devastador, fazendo tábua rasa da lei constitucional e de muitas outras, depois assegura-se que não há despedimentos e ninguém acredita. O funcionário Santos, precariamente politizado, encheu-se de medinho e faz como sempre, pensa com os seus botões: "pode ser que eu escape, que saia o Silva, a Clara e o Martins, mas preciso ainda de dois pontinhos para estar à frente deles definitivamente. Injusto, já que a Clara está sempre grávida, o Martins anda a estudar à noite e vem pr'aqui dormir e o Silva já deu o que tinha a dar". Claro que o Martins acha que o Santos e o Silva são uns incapazes e que a Clara é um perigo, ainda chega a chefe e não vale a pena dizer o que pensa a Clara dos colegas... Posto isto, por aqui, a polícia e as prisões políticas quase não são precisas. Até nos passa pela cabeça que Salazar não foi um Pinochet* não por ser um ditador mais democrata, mas porque cá havia muitos mais eunucos...
De explorar divisões sabe o governo e temos que admitir que o fizeram e o fazem com uma tal mestria... uma tal habilidade que o Mefisto se rói todo de inveja! Os nossos gloriosos anti-fascistas (dizem eles e, espantemo-nos, alguns pensam mesmo que são) os nossos ditos socialistas são os campeões da manipulação da inveja e do medo... Falta o "nacional" antes da palavra "socialismo"? Vistas bem as coisas, para quê o nacional, se internacionalmente os ventos correm a favor do neoliberalismo mais radical, mais descarado e desumano sob o beneplácito dos governos sociais democratas, socialistas e até comunistas? Está tudo a favor, para quê mudar nomes e trazer assuntos à baila que podem dividir os senhores empresários? Estes últimos são os venerados sacerdotes do deus que domina o mundo e acontece que nunca, com tanta facilidade, dominaram o globo como actualmente e alguns, percebendo a direcção dos ventos com o dedinho molhado, tornaram-se europeístas. Os semi-deuses senhores empresários ou senhores gestores, algumas vezes também chamados "capitães de indústria" para torná-los mais românticos, concordam numa coisa: está-se bem por cá, com este governozinho e a sua política "corajosa"...
* Nota: Embora à primeira vista possa parecer que pouco tem a ver com o que aqui acabou de ser dito, será interessante ler este artigo sobre a China
http://www.prospect.org/web/page.ww?section=root&name=ViewWeb&articleId=12329
Posted by
m
at
8:49 da manhã
0
comments
Labels: a terra do mais ou menos, China, corporações, défice, défice e monstro, economia, flexi-segurança, governanças, neoliberalismo radical, politécnico, política internacional, PS
sexta-feira, novembro 17, 2006
Política económica contraccionista
Inspirada na entrevista de Cavaco e vendo o estilo já consolidado de governação de Sócrates concluo:
Estas políticas procíclicas quando aplicadas sem um modelo subjacente sólido e claro de crescimento são apenas depressivas e deprimentes.
Quando os senhores que as promovem apenas esmagam o mais fraco dando-se a pose de grandes reformistas, apenas conseguem desmotivar, baixar o astral, irritar e revoltar todos os potenciais visados.
Quando aplicadas sob o lema "dividir para reinar" são apenas anti sociais, próprias de pessoas de má índole e apenas aumentam o nível de conflitualidade nas relações sociais, na empresa, na repartição e na rua.
Quando são aplicadas a eito e de forma obscura, sem pacto de regime com os cidadãos - o único pacto que se vislumbra existirá sob a batuta do PR entre os dois partidos que conduziram o país ao ponto em que está, não sendo portanto um pacto social - então a questão da legitimidade prefigura-se.
Quando são aplicadas sem critérios transparentes, apenas suportadas pela maioria parlamentar acrítica (aliás constituída na base de um discurso de campanha muito diferente daquele que fundamenta essas políticas actualmente) a questão da legitimidade pode configurar-se mesmo e portanto a eficácia da propaganda irá progressivamente diminuir.
Nunca passará pela cabeça desses senhores que os modelos bem sucedidos de crescimento passaram por acordos alargados, por pactos sociais?
(enviado ao Público para publicação)
Posted by
m
at
5:41 da tarde
0
comments
Labels: défice, défice e monstro, economia, ética da política, governo, governo i política, negócios, neoliberalismo radical, política contraccionista, poltíca pro cíclica
sexta-feira, novembro 10, 2006
E o Estado parou?
Somos assim, a tibieza, o medo e a pequenez está-nos no sangue... Hoje, agora, a oportunidade de mostrar a todos que o Estado é necessário... e, no entanto, muitos, diligentemente, comparecem ao servicinho. Alguns, na educação sobretudo, esperando que os blocos estejam fechados com a greve dos funcionários, assim não se trabalha na mesma e não se desconta no salário. Somos assim também. Os mesmos que estão indignados (e com razão) são capazes de assim fazer. E quem manda sabe disto por experiência própria, porque assim também já fez, porque já torneou obstáculos oportunisticamente, podendo agora fazer discursos demagógicos, sem problema, estão também a arranjar maneira de se manterem no poder, não interessa como, não interessa o seu currículo anterior, que interessa isso? A ética já foi... já não é necessária, até porque a ética não é rentável portanto esmaga-se já. A ética há muito foi considerada excedentária por quem dirige o Estado e obviamente o sector privado não está disposto a absorvê-la já que dela não precisa. Honra seja feita, no entanto, aos muitos funcionários que apesar de tudo e muitas vezes prejudicando-se na sua carreira sempre a honraram e aos empresários que ainda a honram, poucos, como imagino, e pouco rentáveis, calculo também, já que têm de competir num ambiente de sacanice e oportunismo desenfreados!
Posted by
m
at
11:58 da manhã
0
comments
Labels: ambtenaren, défice, deficit Portugal, economia, educação, ética, ética da política, função pública, governo, governo i política, monstro, política contraccionista, política económica, poltíca pro cíclica, professores, valores, who cares
quarta-feira, novembro 08, 2006
Défice, cortes orçamentais, invejas e ódios- who cares?
Folgo em saber que há mais gente que compara este estilo de governar ao do governo nazi. De facto, senhores do governo, vocês deram o tom, infestaram a atmosfera com a filosofia nauseabunda de que o não rentável deve desaparecer, de que não deve sobrecarregar os que "produzem", os "rentáveis". Inquinaram as relações inter profissionais deste país, tornaram mais pequena a gente pequena deste país, fizeram da inveja e do ódio a principal motivação para os apoios de que precisavam e precisam para continuarem a agenda neoliberal agora em voga por toda a Europa!
Os mais velhos , os deficientes, os funcionários de serviços públicos-que não são produtivos pela simples razão de que pertencem aos sectores até agora considerados dos bens não comercializáveis, como são a educação e a saúde - todos eles apontados como os párias, os culpados da situação. Foram vocês, não foi a última coligação governamental PSD/CDS de Santana Lopes, que tentou também, mas não teve tempo. Não, não foram eles, foram vocês! Vocês tentaram convencer o povo empregado no sector privado de que ele "à que era/é produtivo"(1), e que os trabalhadores do sector público eram/são "uns párias, uns chulos", nem mesmo deveriam considerar-se "povo português". Foi isso que disseram, é isso que dizem, foi isso que fizeram/fazem pensar, usando a repetição à la Goebbels: senhores do PS foi isso que fizeram, é isso que fazem!!!!!!!!!!!!!!Entretanto alegremente, os maus gestores da coisa pública, de " institutos" vários por aí, politécnicos sobretudo mas não só, continuam gestores das chafaricas que dirigem, distribuindo cargos aos amigos medíocres -estes agora estão todos de fileiras cerradas, à volta do seu benfeitor, seriam muito bem capazes de suportar os Pol Pot deste mundo, falta-lhes apenas o contexto nacional, que lhes não é ainda favorável, para fazerem desaparecer fisicamente pessoas que os incomodam, tentam no entanto matá-los civilmente, tornando-os redundantes, perseguindo-os até ao despedimento(2). A esses "gestores" chamam-lhes "presidentes" e nada lhes acontece sobretudo se forem do PS ou se fizerem constar que o são, ou se conseguirem convencer o ministro da tutela da excelência da sua gestão e das instituições que dirigem, excelência que não têm nem nunca terão, precisamente porque são incompetentes e abusadores dos cargos que ocupam, promovendo alegremente os piores e desprezando os melhores ou perseguindo-os na mira de deles se livrarem!!!!!!!!!!!!! Que lhes interessa se ao fim de cinco ou dez anos o Estado tiver de pagar indemnizações a essas pessoas cuja vida profissional foi destruída? Não são nunca esses senhores gestores a pagá-las pessoalmente, do seu bolso. As indemnizações saem do mesmo saco : os impostos, e como ninguém sabe, essas coisas ninguém denuncia, os jornalistas só vão farejar coisas picantes, who cares????????
Notas
(1) Quem serão esses "produtivos", o que será rentável , e o que de novo se produz em Portugal é outra história que me não ocupa aqui e nem pensem que aqui vão encontrar algo sobre isso alguma vez , há quem viva e singre copiando as ideias dos outros sem ao menos fazer referência ao plagiado como mera fonte de inspiração!
(2) Estão aqui ausentes siglas de partidos, não significando que considere inocentes os não mencionados. A escola de alguns desses gestores, a cartilha que os formou é muitas vezes a cartilha estalinista, do PCP e de outros, cartilha e prática cuja eficácia e tenacidade na perseguição de quem não "convém" é também conhecida! Ai é? Está a pensar que defendo que acabem os partidinhos e a política? Desengane-se! O que eu acho é que os partidos são apenas mais uma arena mas nunca a única onde as pessoas de bem, com uma coluna vertebral, coerentes com uma ética intrinsecamente humanista podem e devem marcar a sua posição mesmo que tenham que sofrer a claustrofobia do "quadrado" de que falava Alegre quando o deixaram só. A coerência total é o nazismo, não é possível ao ser humano mas não exageremos na cobardia e no chafurdar na lama como estratégia de sobrevivência, não é fácil ser-se santo mas marcar posição encoraja-nos e permite-nos não fugir do espelho de nós e incentiva outros a não esmorecer, a continuar a defender alguns valores universais como única base de sustento possível para a forma de organização social a que chamamos democracia!
Posted by
m
at
5:22 da tarde
0
comments
Labels: ambtenaren, corporações, défice, deficit Portugal, economia, educação, ética, ética da política, função pública, governanças, governo, monstro, neoliberalismo radical, plágio, politécnico, política contraccionista, política económica, poltíca pro cíclica, professores, PS, valores, who cares
sábado, novembro 04, 2006
Animais de estimação II
"Morcego atroz: Estes grandes voadores às vezes são criados para lutar um contra o outro, ou no ar ou aleijados e forçados a lutar em uma arena. Estas brigas repulsivas são a fonte de muitas apostas. Algumas comunidades drow utilizam morcegos atrozes treinados como corcéis voadores, embora tais vôos sejam perigosos e normalmente cidadãos comuns ou crianças drow (sempre cidadãos comuns) são forçados a montar os morcegos; desse modo, se os morcegos ou os cavaleiros forem mortos, não será nenhuma grande perda para a comunidade. Estes pares voadores são usados somente para espiar ou aborrecer os inimigos com dardos de besta envenenados. Treinar, para os morcegos, consiste em aprender como ser guiado com sela e rédea, e treinar, para o cavaleiro, consiste em aprender a segurar sobre a couraça do morcego para prevenir quedas. Morcegos atrozes são descritos no Livro dos Monstros."
ultimosdiasdegloria
Posted by
m
at
8:46 da tarde
0
comments
Labels: animais de estimação, corporações, défice, monstro, O cantinho
Défice e excedentes
Excedentes: porque não co-incinerá-los?
Heil, Teixeira von Heiligen!
Posted by
m
at
6:01 da tarde
0
comments
Labels: ambtenaren, corporações, défice, deficit Portugal, economia, ética da política, função pública, governanças, governo, governo i política, monstro, neoliberalismo radical, política contraccionista, política económica, poltíca pro cíclica, professores, PS, valores
sexta-feira, outubro 27, 2006
Corporações e subsídios para a guerra civil fomentada pelo Governo da República
Embora difícil de acreditar, há muita gente por aí defensora da redução drástica dos funcionários públicos e que toda a vida o foi ou mamou das empresas públicas ou foi e é delas "consultor". Essa gente aplaude o governo no seu frenesi de cortes nas despesas com o funcionalismo. Então são sempre os outros que estão a mais? Vossa Ex.a não? Será V. Ex.a excelente? Foi V. Ex.a também avaliado/a criteriosamente pelos resultados obtidos?
O Reino Unido e muitos outros consideraram há muito o funcionalismo da educação, por exemplo, como fora do Estado, os profissionais da educação não são considerados funcionários públicos. É que, de facto, trata-se de um serviço que pode ser prestado a nível privado: gostaria até de ver o que aconteceria se tudo fosse privatizado, ou seja, todos esses hominídeos que chamam corporações aos grupos profissionais que têm um discurso próprio, devem agora muito dinheiro ao Estado pela utilização dos serviços públicos, uma vez que há muitos colégios que apenas sobrevivem por terem bons professores que acumulam umas horas com a escola pública e que, de outra maneira, não aceitariam o negócio. Se os tivessem que contratar em pleno talvez tivessem que pagar ainda mais do que o Estado, dado o risco do desemprego passar a ser internalizado pelos professores. Paguem, meus senhores, paguem e vejam os colegiozinhos a contratar professorzinhos ignorantes mas baratinhos. O mesmo na saúde, as clínicas privadas têm do melhor porque esses senhores doutores que dão o nome à clínica trabalham ou trabalharam no hospital público onde estava o equipamento e onde estavam e estão as equipas completas que permitiram a esses barões terem o nome que hoje têm. Façam isso, mas avisem os funcionários, dêem-lhes o tempo a que têm direito para corrigirem trajectórias de vida, é que essas pessoas estão na faixa etária dos 45-50 e mais. Anuncia-se ameaça-se o funcionário anónimo para depois surgir a lista de chofre e sem pre-aviso. Trata-se de cidadãos não de delinquentes!!!!!!!!!!!!!!!! Meus senhores, estão a criar uma situação social explosiva e falta-vos ainda montar as S.S. e a Gestapo, que já existe, mas está ainda muito desorganizada.
A Odete esteve bem num debate com um qualquer desses, de que não retive o nome, nem estou interessada por ora em saber. Vai sair-vos bem mais caro o negócio da privatização do risco social, paguem depois também às polícias privadas para esmagar o exército de esfomeados ao qual se juntarão os humilhados e ofendidos.
E quanto aos que defendem a privatização parcial do risco social na segurança social, como pensam obrigar as pessoas a fazerem poupanças com o dinheirinho que não entra nos cofres do Estado? E se as não fizerem? É o Estado uma vez mais que os irá salvar da "miséria" na ponta final da vida? Com que dinheiro? O meu? O dos meus filhos? Não tenho aqui à mão um desenho adequado para ilustrar a resposta. Um só comentário final: Heil!
N.B. : Tenho que explicar em língua universal o meu uso frequente deste “heil”
When neoliberalism needs a socialist party to carry on its agenda, when a government is leading frustration and anger of the people and foccusing that anger on a social group- the civil employee- then I feel the right to compare those “socialists” with the “national-socialists” of Germany in the late thirties and early forties. Sorry if I offend some genuine socialists, but I can't hear your voice anywhere, the media are already controlled but the parliament is still functioning, as far as I know there was not a big fire there !!!!!!!!!!!!!!!!
Posted by
m
at
11:42 da manhã
0
comments
Labels: ambtenaren, corporações, défice, deficit Portugal, economia, educação, ética da política, função pública, governanças, governo, governo i política, monstro, neoliberalismo radical, política contraccionista, política económica, poltíca pro cíclica, professores, PS, valores
quinta-feira, outubro 26, 2006
Défice e "excedentes" ou como é fácil governar em Portugal
Como é possível que tenham que ser os deputados a fazer as contas dos cortes para chegar a uma aproximação daquilo que poderá vir a ser uma grande opção de "pre-despedimentos" em massa na função pública! Agora é assim? Não se tem que explicar tudo, rubrica a rubrica, no Parlamento, para fazer aprovar o orçamento? Basta ter maioria e já está, é assim agora? É espantoso como eles são medíocres e pensam ser grandes reformistas! Como é fácil cortar muitos milhões na massa salarial, logo se vê, dizemos que os mandamos para a pré -reforma, eles ficam esperançados, afinal não é ainda a câmara de gás, e deixam-se ir docilmente para o matadouro, dizemos que é só um duche!!!!!!!!!
Heil!
Posted by
m
at
8:12 da tarde
0
comments
Labels: ambtenaren, corporações, défice, deficit Portugal, economia, ética da política, função pública, governanças, governo, governo i política, monstro, neoliberalismo radical, política contraccionista, política económica, poltíca pro cíclica, professores, PS, valores
quarta-feira, outubro 25, 2006
Comentários do artista
Seria tão bom que os escritores escrevessem romances e deixassem as áreas que não dominam nem nunca dominaram nem sobre as quais alguma vez se documentaram, e só as comentassem com os amigos, nos cafés, ou melhor, nos bares que frequentam.
Posted by
m
at
8:16 da tarde
0
comments
Labels: défice, função pública, monstro
quinta-feira, outubro 19, 2006
Cumprimos: não aumentámos impostos
He, he, he! Claro que tudo isto não são impostos, pois só paga quem usa, é verdade, mas os impostos só paga quem respira e se move, os mortos não pagam para existir, para circular!!!!!!!!!!!
Já entregou a sua declaração do IRS à EDP? As empresas já o fizeram, coitadas, elas não podem pagar a energia que usaram, vamos ser bonzinhos, coitadinhas, como irão manter os tachinhos dos acessores? Estes, por sua vez, coitadinhos têm despesas elevadas com a troca da limousine, a limpeza da piscina e outros gastos inadiáveis. Vamos lá, sejam solidários!
E à Brisa, já entregou a declaração, a ver se não paga as SCUTs agora SCCUs (não sejam maléficos, isto significa apenas Serviço Com Custos para o Utilizador)
Não se esqueça de levar a declaração quando muito imoderadamente se deslocar ao Serviço Nacional de Saúde e utilizar o STG (Serviço Tendencialmente Gratuito) e considere alternativas à sua ideia de passar uma semanita no hospital: há parques de campismo com ares bem mais saudáveis e baratinhos onde pode dormir e comer bem por pouco mais de cinco euros, seu malandro, não abuse do Estado!
Já que estamos com siglas, quanto ao TGV, como aliás foi para a construção das auto-estradas, paga na mesma quer use quer não, não vale a pena entregar a nenhuma empresa a declaração.
Posted by
m
at
10:28 da manhã
0
comments
Labels: corporações, défice, economia, governanças, governo, governo i política, monstro, neoliberalismo radical, professores, PS
terça-feira, outubro 17, 2006
Se concordarem comigo, temos acordo, se não, farei o que entender
Disse o governo, antes da negociação final com os professores. Boa! O V. ídolo de bigode não diria melhor, claro que em Alemão soará bem melhor (vou saber como se diz, mas agora não tenho vagar). É, de facto, um bom começo para "negociar", a ver se percebem de vez quem manda. Mas não, não vinha falar dos professores e do coro de asneiradas que por aí se tem dito e escrito sobre uma profissão de alta complexidade que todos pensam conhecer só porque todos passaram pela escola ou porque todos têm um filhinho que já há muito não controlam e que despejam nas escolinhas para que os professores o aturem durante o dia . Isto de ser só o dia de semana está mal, não se percebe porque se não inventou ainda uma maneira de obrigar essa raça de malandros a tomarem conta da criançada nos fins de semana, nas férias e também à noite para que os meninos não vão para os bares e discotecas gastarem-nos o taco! Nós, os papás encontrámos uns bons idiotas que têm espírito de missão, infelizmente esses idiotas, convencidos de que a missão é complexa e dura, também ganharam a mania de que deviam ter regalias. Senhores do governo, estão a trabalhar muito bem, que esses gajos já se andavam a recusar a dar nota para passar à nossa mui polida prole e a negar-se a aturar as suas naturais “infantilidades” que até agora chamam de “violência”, quando se está mesmo a ver que são apenas agressões verbais infantis, sem importância nenhuma, os meninos cá em casa também nos chamam nomes, são crianças, mesmo com 16 e mais anos não deixam de ser criancinhas, coitadas, precisam de ajuda, como diz o Sá! Onde é que já se viu, recusarem a razão de existirem, eles servem para isso, os profs, qual transmissão de conhecimentos qual nada, o meu filhinho aprende muito bem na Internet, escreve lindamente quando copia da net, e o raio da prof a embirrar com ele! Ponha-se na ordem essa corja que só mama o Estado! Estudem-se formas de os obrigar a organizar e vigiar meninos em colónias de férias qu’a gente temos um emprego a sério e precisamos de gozar as férias descansados sem a pequenada atrás com as suas normais birrinhas!
Mas eu vinha falar de estilos de governação e acabei a falar dos profs. Voltemos ao essencial, a coisas mais sérias. Muitíssimo bem, está-se no bom caminho, ensaie-se esta forma de gerir no Estado, deixem-se os ditadorezinhos mostrarem quem manda, estabeleça-se esta filosofia de gestão também nas escolinhas básicas e secundárias, deixe-se grassar o clientelismo mais mediocrizante e mesquinho, fomente-se o comadrio (não é erro ortográfico, é mesmo isso, comadrio, diz mais esta palavra sobre o ambiente geral entre colegas, homens ou mulheres, que decorre deste estilo, do que “compadrio” ) estimule-se a bajulice e esmaguem-se as vozes discordantes dos "conflituosos que não deixam o governo e os senhores gestores trabalhar", calem-se de vez aqueles que têm o terrível defeito de usar o cérebro que o criador lhes deu e, pior ainda, de expressar em alta voz, em reuniões de decisão, as conclusões resultantes desse uso...
A seguir, também no sector privado, vingará este magnífico estilo de gestão, que embora muito antigo, se auto-apelidou de "moderno": só falta a prisão política e a polícia nas empresas! A modernice vem daí, a polícia não é precisa, o medo à polícia está dentro da cabecinha das pessoas, é herança de Salazar e, como muito bem se leu recentemente no Abrupto, o terror do conflito é a herança que deixou o ditador… a prisão política não é precisa, o medo do desemprego e de não singrar na carreira chega por agora, funciona lindamente!
Este "contexto social" é, aliás, um dos critérios do Banco Mundial para estabelecer o ranking da "competitividade", a "autoridade"- a facilidade de despedir quem incomoda com as “manias” de que a lei deve ser cumprida é um dos aspectos básicos da "flexibilidade do mercado de trabalho". Aliás, esta forma de gerir é, de facto, o estilo de muita gente bem colocada e que, claro, faz constar das suas ligações à esquerda e ao partido do governo. Há um caso paradigmático, bem colocado na gestão dos politécnicos, que nem um mestrado tinha quando acedeu ao lugar de gestão, e que, sem qualquer curso de economia ou gestão e nem mesmo de engenharia, disse coisas avulsas a respigueito –não é erro, é a contracção de “respiga” com “eito”- do contexto empresarial nacional, tecendo glosas aos critérios do BM que mal conhece, para poder escrevinhar umas “palavras com liberdade". A liberdade que ele usa para sanear os que o não bajulam. E disto há infelizmente muito por aí! Tal como havia na Alemanha nazi, é sabido como muitos medíocres se libertaram dos obstáculos à sua carreirinha que alguns (de facto, muitos) professores judeus brilhantes constituíam e cujo único crime foi precisamente o facto imperdoável de não serem medíocres como os que os denunciaram e que deles alegremente se libertaram! Claro que estes nada disto conseguiriam sem as suas ligações ao poder nacional-socialista que por sua vez nada era sem os seus apoiantes difusos interessados em usar atalhos para singrar à custa do esmagamento de colegas melhores que eles…
Sobre o tal (que aqui fica como exemplo apenas) veio a constar recentemente, que saiu doutorado há pouco tempo por artes mágicas, talvez tenha apresentado o seu livreco, colecção do que tem escrevinhado em jornalecos locais a respeito de como se devem dirigir politécnicos públicos. Talvez tenha acrescentado em anexo os seus mui doutos e imparciais actos administrativos, cuja isenção já vem sendo conhecida na praça, a ilustrar como tem vindo a garantir a liberdade de expressão e os direitos humanos em geral, sobretudo o da não discriminação na instituição que dirige.
Esperemos que o Sócrates faça o mesmo, aproveite o tempo em que está primeiro ministro e peça equivalência ao doutoramento, submetendo uma colectânea de discursos a uma chafarica universitária qualquer que lhe branqueie eventuais balelas demagógicas de senso comum barato, que lhe dê o grau , não honoris causa, isso não vale, um a sério, coitado do homem, também merece, até não escreve mal: embora não seja científico o seu discurso, vamos lá, até soa bem e mete tecnologias em cada frase! Ele que junte os decretos-lei que aprova em conselho de ministros, em anexo, claro. Vamos lá, senhores professores das Universidades, sejam bonzinhos que nunca se sabe se não haverá frutos a colher dessa bondade, dêem-lhe também um grau em gestão ou mesmo engenharia, sempre é a sua área, e é pessoa convicta do que diz e frequentemente brilhante a falar, sempre merece mais que o tal!
Posted by
m
at
10:09 da manhã
0
comments
Labels: ambtenaren, corporações, défice, deficit Portugal, educação, ética da política, função pública, governanças, governo, governo i política, monstro, neoliberalismo radical, politécnico, política contraccionista, política económica, poltíca pro cíclica, professores, PS, valores
quarta-feira, maio 17, 2006
Maternidades e enfermidades
Pois sim, senhor ministro, venceu e convenceu, na parte que me toca, já no debate da SIC isso tinha acontecido, a contra-argumentação de Barcelos e de Elvas era muito fraca. No debate da RTP1, os motivos invocados contra a decisão ministerial eram mais fortes mas não eram contra argumentos, insistiam no que a maternidade tinha, mas não contradiziam o ministro naqueles pontos que, segundo o mesmo, não tinha e devia ter. Enfim, o debate público em Portugal no seu melhor, muita falácia, muita demagogia, a transparecer muito de conversas anteriores ao debate, de promessas já feitas in loco para arrecadar "botos", com os novos "galos de Barcelos" impondo a arruaça em directo e de poltrona, no horário nobre, a nossa juventude masculina no seu melhor, "abacalhando" tudo e não resistindo à galhofa quando se ouve falar de vagina, mesmo que o objecto da risota fosse ...calculem!... a médica de Barcelos que vinham apoiar... Enfim, o cantinho, no seu melhor...
Passando a coisas sérias, quando abre a hemodiálise prometida? Foi garantida a consulta de obstetrícia em Barcelos? Será reforçada a urgência em Braga?...
E já agora, o resto do país, como vai ser? É só encerrar, não vai abrir nadinha? E os prometidos cuidados continuados? E quando irão acabar as filas de espera terceiromundistas, às 6 da manhã, às portas dos centros de saúde? Para quando o fim da humilhação dos idosos que se atrevem a ir às urgências dos... (não, não é dos hospitais!!!!!!!)dos SAP por causa de uma gripe quando deviam esperar pela pneumonia (que entretanto se poderá instalar, dado o longo tempo de espera pela consulta do médico de família). Claro que deveriam ser obedientes e deveriam cumprir as regras do SNS- deveriam ter ido apanhar a tal pneumonia de forma mais eficaz e rápida, na fila de espera, a tal das 6 ou 7 da manhã, ao vento e ao frio, para depois poderem ir às urgências hospitalares com mais argumentos para serem atendidos... Claro está que aí lhes ralharão na mesma, pois os deuses doutores não acreditarão que haja pneumonia, se os idosos tiverem febre baixa, mesmo sabendo bem (ou devendo saber) que os tais idosos entretanto se auto medicaram interferindo com os sintomas...Enfim, quero com isto dizer que a inoperância do serviço público de saúde é criminosa e urge alterar o sistema! Não estou aqui a caricaturar, não é exagero, estas situações passam-se demasiado frequentemente, demasiado regularmente, todos sabemos - estou a tentar descrever essa inoperância por algumas notas colhidas da experiência do SNS vivido do outro lado, do lado de quem devia ser servido pelo sistema que todos pagamos. Quando, senhor ministro, toma as medidas? Algumas, bem o sabe, são apenas de organização, não custam um cêntimo, só necessitam coragem e determinação e já agora, paciência, não a perca, não pode! Eu posso, eu tenho um blogue e assim, a seguir, já não penso tanto naquilo que verdadeiramente me apetecia fazer!
Terapêutico, de facto, o chá de cidreira...
Posted by
m
at
7:48 da tarde
0
comments
Labels: défice, governanças, governo, governo i política, media, monstro
sábado, maio 06, 2006
Debate da nação, o Estado Social em risco
Marcou pontos quem menos devia, marcou pontos Pires de Lima, Ana Drago tentou responder mas em tom demasiado doce, aturando ao primeiro um inadmissível paternalismo, a Ana ganharia se fosse contundente para além de sorridente. O que está em questão é uma opção de ética, ou seja, escolhe-se a solidariedade ou rejeita-se, o princípio do mutualismo está na base do Estado social, é esse princípio que está agora em discussão. Não tem nada a ver com isto a liberdade. Se se opta pela solidariedade ou não, a liberdade reside nessa opção, na escolha dos príncipios de governação, vota-se no partido que defende a solidariedade ou vota-se noutro que a não defende, ou que coloca a "liberdade" em primeiro plano, falaciosamente. Essa é a liberdade, a liberdade de escolha pelo voto, depois, santa paciência teremos que aceitar a regra da maioria. É assim em democracia parlamentar. Então por que razão Jorge Coelho, na entrevista desta semana, apresentou "abertura" quanto ao opting out? Em que ficamos? Fiquei assustada, isso sim, o PS tem duas posições quanto a isto? Não lhes é evidente que se isso for permitido com a segurança social será também permitido na saúde e será o fim do Estado Providência em Portugal? Agora, mais que nunca, o orçamento da Segurança Social tem que ser divulgado, temos que o controlar, agora mais que nunca temos o direito de saber o que acontece às nossas contribuições, claro está. Isso devemos fazer, que a festa acabou, há que moralizar, de facto e de vez.Quem paga as reformas dos executivos que descontaram apenas 5 anos de E.P. e seguem com reforma completa? Repito um ideia já aqui defendida: privatizem-se as E.P. e essas reformas que as paguem as empresas que as prometem, retirem-nas na íntegra dos lucros, pois mais não são que redistribuições de lucros pelos amigalhaços, não as vão buscar ao sistema geral!!!!!! Não culpem a demografia para tapar o sol com a peneira, a demografia mostrou finalmente que a festa acabou, é tudo!
Posted by
m
at
9:00 da tarde
0
comments
Labels: défice, governo, governo i política, media, monstro