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sábado, abril 28, 2007

ISCTE, PREC, equivalências, ministra e Huxley

E querem ver que fui colega da ministra...não me lembro nada dela, mas que andámos pelo ISCTE ao mesmo tempo, no mesmo curso, lá isso andámos, será que ia às aulas? Seria apagadinha talvez, ou então, muito dedicada à causa anarco-sindicalista não teria vagar para ir às aulas. Eu andava pelo MES mas ia às aulinhas. Enfim, nã ma lembra... Note-se que é a primeira vez que ela fala dessa época e a propósito de Sócrates. A ministra parece ter sofrido experiência semelhante à minha, interrompeu e quando voltou, népias, toca a fazer muitas cadeirinhas para acabar Sociologia . Eu também interrompi e quando voltei fui para o ISEG fazer muitas cadeirinhas e acabar Economia. Foi o PREC, pois foi, apanhei-o no meu 3º ano e lixou-me um semestre e o 4º ano. Lixou-me, quer dizer, fiz muitas cadeiras, algumas com nota de "apto", outras integradas, uma alegria. Uma cadeira chamava-se Investigação sobre controle operário sobre a produção.Claro que não equivaleu a nada no ISEG nos anos 80...Então o castigo de interromper o curso foi (e ainda bem que assim foi): toca a fazer todas as cadeirinhas do 4º e do 5º anos do ISEG e mais duas do 3º...já contei isto, estou a ficar senil, ou é um trauma e reviver traumas ajuda na cura. Isto faz-me lembrar Huxley, penso que começa assim, com o reviver de um trauma como terapia, aliás O Admirável Mundo Novo tem-me ressurgido recorrentemente na memória a propósito do Estatuto da Carreira Docente, com os Alfa, os Beta e os semi-abortos... um livro a reler.

quinta-feira, abril 26, 2007

Cultura de decência ou de denúncia?








Claro que devemos denunciar a trafulhice, com certeza, mas esta promoção da denúncia fica mal ao governo. Afinal que tem acontecido às queixas de muitos, que denunciaram por se sentirem prejudicados pela corrupção? Porque continuam à frente das respectivas Câmaras o Isaltino, a Fátima Felgueiras e o Ruas (este apelando à violência em directo, sem qualquer escrúpulo, para que o pobinho enxotasse à pedrada quem pudesse interferir nos seus projectos de obras)? Se eles continuam na boa, fazendo o que lhes apetece nas câmaras, o que se pretende com isto agora? O que se quer promover afinal? A guerra civil entre colegas, vizinhos e familiares, e entre as profissões? Quer-se ter a lista dos presumíveis culpados ou a lista dos perigosos denunciantes que possam prejudicar o bom andamento da corrupção? Ou trata-se, uma vez mais, de desviar a atenção da opinião pública para o judeu, perdão, para o funcionário público como o culpado de todos os males, para distrair as atenções da pouca vergonha que tem grassado, sem consequências para os responsáveis, no ensino superior PRIVADO e PÚBLICO? As trafulhices com concursos no politécnico de Castelo Branco estão provadas e o Valter Lemos continua Secretário de Estado da Educação, sem uma beliscadura!!!!!E uma pequena pergunta: terá sido reposta a justiça em Castelo Branco? Os prejudicados empossados ou indemnizados? Os beneficiados terão sido desempossados?
O que se pretende? Fomentar a inveja, o espírito de vingança sobre o igual, o vizinho, deixando em paz o cacique, o maioral, o ricaço à força de benesses e ilegalidades, o politicão sem escrúpulos?
"O senhor presidente da cambra, se lá chegou é porque o pobo o lá pôs, e fez as obras do chafariz, e até limpou a berma e até me deu um jeitinho na minha obra, o presidente á que sabe, mas esta puta da bizinha vai pagá-las, e mais o cabrão do cunhado* que levou mais nas partilhas, a esses é que vamos mostrar como é...já vais ver, cartinha na cambra com queixinha do casinhoto que fizeste, já vais ver que cá se fazem cá se pagam!!!! E o outro cabrão que apanhou o emprego na cambra e me tratou mal no ano passado quando foi da festa, ele agora é que vai ver, que eu sei bem que ele recebe por fora para dar um jeitinho nos processos de obras...Mas o senhor presidente está bem, deixem-no trabalhar, é home de palabra e tem feito muito bem cá na terra! "

Bonito, lindíssimo, para o dia 26 de Abril, dá gosto ver este governo socialista trabalhar na elevação do nível geral dos bons sentimentos do povo português e na preservação do espírito de solidariedade consubstanciado numa de "vigilância democrática".

Nota* - ou qualquer outro familiar com ADN mais ou menos parecido, ou completamente diferente, isso agora não interessa nada

quinta-feira, abril 12, 2007

Antena 1: isso agora não interessa nada

O pobinho aproveita para se desforrar dos verdadeiros diplomados que sempre invejou e diz que " deixem trabalhar o homem" e que "não tem importância nenhuma ele ter ou não ter sido favorecido, toca a andar e não humilhem o homem".
O olhar do senhor José Sócrates parece estar muito bem treinado para o polígrafo, resultou mesmo, as meninas convenceram-se com o olhar do primeiro ministro...
Coisinhas secundárias diz ela, a apaixonada pelo olhar do Sr Engenheiro pela Universidade Independente José Sócrates de Sousa.
Pois eu não gosto daquele sorriso falso que precisamente não é acompanhado pela limpidez do olhar, que é semelhante ao de Portas aliás. A única coisa que tenho em comum com o primeiro ministro é a idade mais coisa menos coisa.
Pois eu sei de processos de equivalências, no meu caso, do ISCTE para o ISEG, foi bem mais complicado conseguir equivalências ao 4º ano do curso de Economia que tinha quase completo, tive ainda que fazer duas cadeiras do 3º ano para conseguir a equivalência, não ao 4º mas ao 3º (que diabo, tratava-se do ISCTE , mas compreendi, que remédio não tinha eu, e o 4º ano no ISCTE foi igual a zero ...), pelo que tive que fazer todas as cadeiras dos dois últimos anos da licenciatura e sei bem como é difícil concluir uma licenciatura quando se interrompe o curso e se procura posteriormente concluí-lo em situação de trabalhador estudante. Custa muito, custa bem mais do que me pareceu ter custado ao nosso primeiro. Mas, claro, a minha licenciatura é do ISEG,Universidade Técnica de Lisboa, 1986, nunca pensei ter agora esta sensação, do valor que tem de facto e finalmente, a casa que passa o diploma (a data não é irrelevante também, não tenho uma licenciatura PREC e se não tivesse interrompido, teria terminado em 1977). Quando concluí o curso já a trabalhar, a média baixou de 14 para 13 e tenho andado toda a vida a pagar por isso, mesmo apesar de ter agora mais um grau, o de mestrado, também em Economia pela Universidade de Coimbra. Digo tudo isto porque ele insultou todos bloggers como se não fossem cidadãos de bem, como treinadores de bancada e especialistas de nada. Pois senhor engenheiro não é bem assim ... claro que se referia aos seus perseguidores dos "grandes" blogs, e eu até admito que sou "mirim" como diz Pacheco Pereira, mas enfim , sei umas coisinhas aprendidas nos mesmos bancos onde estudou Aníbal Cavaco Silva...
Tudo isto é bom para exorcisar fantasmas e frustrações... e é bom não ter aqueles esqueletos no armário embora sua excelência o pobinho ache que "isso agora não interessa nada".

sábado, março 03, 2007

Bolonha ou o fim da Europa enquanto centro de excelência

Não vou aqui discorrer sobre Bolonha, quem quiser que se informe nos sites devidos. Apenas lançar um canivetezinho. Depois de Bolonha, qual a motivação para fazer um doutoramento? Ficar igual a todos os outros diplomados? Isto quer dizer que o doutoramento já não distinguirá quem está ou não capaz de produção científica autónoma. Claro que não devemos culpar Bolonha disso, Bolonha é apenas o resultado do que se tem vindo a passar um pouco por todo o lado nas universidades europeias. A falta de população discente não é problema exclusivo de Portugal, existe em toda a Europa e tem levado a excelência a recuar em favor da mediania e mesmo mediocridade, para que as universidades não tenham que despedir parte do seu pessoal docente. Muitas velhas casas de renome em Portugal, têm visto alguns departamentos ocupados com uma geração de excelência muito duvidosa, como foi, não sei, sei da produção publicada, sei de algumas teses de doutoramentos com distinção e louvor que deveriam ter apenas bolas pretas se estivessem na faculdade ou no júri alguns dos que deram o nome à casa e aos mesmos departamentos e que se reformaram (ou quase) ou já faleceram. Da mediocridade ou mesmo maldade dos politécnicos nem é bom falar, dá mau carma agora de manhã... nem é bom pensar nos doutoramentos à pressão feitos pelo pessoal ou ex-pessoal do politécnico de Leiria, os ditos da Extrumadura, digo, da Extremadura, em três anos (ele há quem tente mesmo encurtar esse prazo, dois é bem melhor) grauzinho a obter indo lá de vez em quando de excursão a expensas do Estado, sendo que os hermanos cá vêm de quando em vez, calculo que a expensas do mesmo ente... Mas não, não é bom falar!
Por outro lado, não há Bolonhas do outro lado do Atlântico, há a excelência indiscutível de algumas casas, como Harvard (pelo menos por enquanto) e mesmo ao lado as casinhas que deram e dão os mestrados e doutoramentos (conhecidos por outro nome parecido com boston)aos nossos brilhantes dirigentes do ministério da educação, que estão mui doutamente apoiando a ministra... Há o MIT que não pode brincar aos cowboys a fingir que faz e aplica ciência, o mercado sabe bem quem é quem...
Quem são os nossos Harvard? Os nossos MIT? Se por todo o lado “a má moeda tem sido bem sucedida a expulsar a boa” ? O centro científico do globo manter-se-á por longos anos do outro lado do Atlântico...

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Politécnicos passam a Fundações?

E os estatutos do ensino superior politécnico? Vão mudar, ou muda só o nome e continua tudo na mesma, sem prestação de contas a ninguém, na perfeita república das bananas (sem querer ofender os países que dependem da exportação das ditas)? O estatuto de autonomia e o da carreira permitem as maiores barbaridades sobretudo na instalação quase vitalícia de uma certa tendência formada em lista que se reproduz até ao infinito, sendo sempre reeleita, por um lado, e por outro a promoção da actual clique(já dentro do sistema) em detrimento de pessoas com qualidade que eventualmente existam no sistema e o recrutamento ou recondução da colateral clientela(dos amigos da clique contratados, recontratados ou a contratar) em desfavor dos mais habilitados e por isso incómodos que foram despedidos e de todos os que existem fora do sistema e que sabemos que existem, de outra forma não se compreenderia por que razão têm de emigrar tantos doutorados, muitos com o grau adquirido ainda no tempo em que um doutoramento distinguia o trigo do joio, a qualidade científica da pseudo-ciência.

sábado, novembro 11, 2006

Uma reflexão, uma decisão e uma declaração de intenções

1. O congresso do PS: temo que termine com um uníssono "YES, PRIME MINISTER" com música de fundo a condizer...

2. O Abrupto, embora nos top 5 do blogómetro, ainda tem à frente os blogs da mulher nua e afins. Por isso há que ir ao blog de Pacheco Pereira mais vezes por dia.

3. Este blog anda fraco de audiência, um dia paro com isto e faço um doutoramento desses que por aí pululam, para melhorar perspectivas na carreirinha...

quinta-feira, novembro 09, 2006

Plágio: who cares?

Mereceria um blog este assunto. É edificante assistir ao espectáculo da banalização do plágio em Portugal, primeiro a notícia ribombante, depois a pena leve, afastamento da revistinha, depois nada, e agora um livrinho de novo e qualquer dia está no público ou no sol, navegando de vento em popa. Convidada pela TV, já depois do tal episódio, teve a lata de falar de elites, das cópias da Internet no superior e no secundário e da não valorização da Ciência em Portugal.
Et pour cause

Porque me lembrei agora daquele plágio é simples: é que já anda na ribalta outra vez e isto só vem acrescentar à inutilidade de qualquer cruzada no sentido de preservar a qualidade científica em Portugal. O necessário é fazer currículo com lixo publicado, copiado ou parafraseado sem referência ao autor. Uma pessoa pode distrair-se e não cortar as partes ipsis verbis...as outras parafraseadas podem ficar sem referência ao pensador original, isso agora não interessa nada, coisa sem importância nenhuma...*
Palavras para quê, é uma catedrática portuguesa...

Na época da cultura light, zipped & zapped, WHO CARES?
Garbish to garbish, shit to shit...
farewell old Science... hello junk "science"!
*Estou a parafrasear Clara Pinto Correia, ou aquilo que a imprensa disse que ela disse, à excepção da expressão "isso agora não interessa nada" que, como sabemos, é de Teresa Guilherme