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quinta-feira, dezembro 13, 2007

Gestão do capital humano

Num país onde caciques vários (com o poder de pôr e dispor pessoas em cargos e funções) se multiplicam em todas as instituições públicas em que a "autonomia" para seleccionar e promover o pessoal se casou com o regime eleitoral , o capital humano instalado vai lentamente sofrendo transformações que se podem resumir da seguinte forma: por todo o lado, deitou-se fora o menino e ficou-se com a água do banho de muitos dias, cocktail de bactérias e limos. É um processo lento, rastejante, viscoso...infelizmente, com reflexos em todo o lado.
Nesse mesmo país há outros sistemas sem autonomia, mas desde que chegaram ao poder os iluminati apareceram soluções maravilha: inventaram-se "títulos" e implementou-se o "concurso" para seleccionar os "titulares" e obter o mesmo resultado acima referido no tempo record de 1 ano.
De facto, a náusea provoca a debandada de um certo tipo de pessoas : precisamente aquelas que o "iluminado"pretendia eliminar como "obstáculo ao desenvolvimento"...
Devia haver prémios para os inventores de procedimentos inovadores na eficácia e rapidez de processos....

terça-feira, julho 03, 2007

CRUP no Parlamento

Interessante, mas para quem está de fora, pouco se percebeu do que de facto está em discussão. Para quê emitir em directo um debate assim? Interessante , claro. Interessante verificar a aura de prestígio que ainda tem o "senhor reitor": embora um dos deputados mascasse uma pastilha (calculo eu embora não tenha feito balõezinhos) numa boa, tipo "cool" e atendesse o telemóvel sem problema algum, outro enviasse sms imediatamente depois de ter falado, sentiu-se no tom das intervenções a deferência dos senhores deputados perante os senhores reitores. Protestam estes contra a ingerência da tutela, mas ninguém colocou e muito menos respondeu a uma questão: se todas as universidades têm tido a mesma forma de governação, se nalgumas isso não resultou em qualidade de ensino acima de qualquer suspeita então não é o sistema anterior que garante a qualidade de ensino. Algo deve mudar. Mas acham que cada instituição deve escolher para si o figurino. Pois claro, e digam-me então: o que as impediu (àquelas de baixos resultados) de escolher um sistema melhor até agora? Nada. Escolheram, de facto, o figurino que lhes convinha para eternizar os tachos enquanto o ensino e a qualidade do mesmo tem sido para elas um epifenómeno sem importância nenhuma - enquanto a torneira OGE estiver aberta e houver alunos mesmo que sejam uns tantitos* por turma.
Então, se algo tem que mudar no figurino, acham que são os próprios reizinhos que sempre se deram bem com o figurino anterior que vão mudar para um novo "frame" que os "framerá" ? Não deverá a tutela fazer o que deve fazer e não tem feito, ou seja, tutelar?

*Nas universidades talvez isso se passe menos mas o curso tradução de chinês do instituto politécnico de Airiel, é paradigmático. O curso é exemplar contando já com a colaboração de entidades externas como sejam as lojas de chineses que dão uma mãozinha nas aulas (da prof de Chinês que não fala nem Inglês nem Português) aos cinco alunos portugueses que se inscreveram na esperança de conhecerem gratuitamente Macau. O curso está aberto, autorizado pela tutela...

terça-feira, junho 19, 2007

Trocas-te em Tomar

Reforma no ensino superior= fazer dos mini-camboja fundações auto-financiadas pelos grupos a que pertencem as empresas de construção dos edifícios e dos campus que tão simbioticamente a eles estão ligadas.
Mais autonomia= flexibilização dos movimentos dos Pol Pots e clique adjacente para despedir quem possa incomodar.
Mercado internacional do conhecimento= dizer baboseiras em inglês ou em castelhano.
Mérito= ter "menos" idade e "tar" no poleiro para expulsar os menos jovens (normalmente perigosamente melhores e mais sabedores).


Disclaimer (agora tem que se fazer uma coisa assim parecida, aprendi no portugalprofundo mas a minha é diferente).
Tudo isto que acima escrevi, claro, me quer parecer no meu mundo ficcionado, não quer dizer que se refira a Portugal. Nem mesmo se confirma que o dono do IP se reveja neste conteúdo. Estamos no domínio da literatura, único lugar onde podemos ainda ter liberdade de expressão de opinião quanto a figuras públicas virtuais no poder, de cima ou intermédio, ou seja os virtuais Pol Pot.

sábado, maio 05, 2007

LISBOA, empresas municipais e a "paisagem"

Há por lá diamantes de facto, é só vê-los, os corvos, a chegar. Eu queria rir à gargalhada como o Trocas-te no contra informação mas não consigo, não acho gracinha nenhuma, e empresas municipais há-as por todo o lado. Claro que Lisboa é a grande cloaca dos euros à fartazana mas por todo o lado é o mesmo, gente a enriquecer à custa da corrupção, do dinheiro dos contribuintes e do tráfego de influências, todos na boa, ou são todos anjinhos? É só Lisboa, Felgueiras, Oeiras e os outros conhecidos? Na paisagem restante só há gente de bem nas câmaras e empresas adjacentes?
A autonomia que todos prezam, a autonomia com dinheirinho dos contribuintes, é essa a mãe de todos os males. A promiscuidade entre câmaras e interesses imobiliários é filha dessa autonomia entendida como auto-gestão, rebaldaria. NÃO PODE CONTINUAR ASSIM, as pessoas são pessoas, não mudarão tão cedo, são corruptas ou corruptíveis, salvo excepções demasiado poucas. OS SISTEMAS é que se têm que mudar.
O tribunal de contas tem que ter um protagonismo muitíssimo maior e tem que se garantir que qualquer irregularidade é imediatamente detectada, e corrigida e o tribunal não tem essa capacidade, tem que ter outra instituição como braço forte. O ministério público investiga, não demite ninguém. Os responsáveis devem ser obrigatória e preventivamente demitidos e, após prova de dolo em tribunal, penalizados nas suas contas pessoais.
Como se faz? Sem dotação ao tribunal de contas, dificilmente; sem se garantir que o tribunal de contas é independente dos partidos, também muito dificilmente, sem uma instituição que execute compulsivamente as determinações do Tribunal, muitíssimo dificilmente.



Disclaimer ( não tenho tempo para responder nos tribunais sumários do regime do regime facho- socialista. Tenho medo pois)
Tudo isto que acima escrevi, claro, me quer parecer no meu mundo ficcionado, não quer dizer que se refira a Portugal. Nem mesmo se confirma que o dono do IP se reveja neste conteúdo. Estamos no domínio da literatura, único lugar onde podemos ainda ter liberdade de expressão de opinião quanto a figuras públicas no poder.

sexta-feira, março 23, 2007

A autonomia das escolas ou a feira das consciências

A autonomia que muitos defendem, alguns porque soa bem, outros porque sabem que é com ela que poderão manobrar à vontade, excluindo da instituição quem não for cómodo, outros por um idealismo anarquista a raiar a loucura, cego aos animal farms que grassam em muitas instituições públicas com autonomia. Em muitas dessas instituições, politécnicos frequentemente, a excelência, a exigência técnica e a qualidade são perfeitamente irrelevantes na/ ou mesmo o oposto da estratégia real dos "dirigentes", no que respeita a recrutamento e progressão na carreira dos docentes, embora nos sites, nos jornais, em entrevistas e até em anúncios pagos na TV afirmem que defendem aqueles valores que martelam repetidamente. O mercado acredita, numa primeira fase. Mas não interessa muito a reacção do mercado se o financiamento do OGE vier na mesma.

O governo prepara-se para tornar as escolinhas básicas e secundárias em unidades autónomas, com financiamento suplementado pelos tais centros de lucro, ou seja, colocar as escolas sob o regime que deu provas de ser muitíssimo eficaz na manutenção de caciques, nos politécnicos, nas câmaras municipais. Resulta, claro que resulta, é a forma moderna e "democrática" legitimadora do goulag, haverá limpeza, eliminação de adversários, recompensa às fidelidades, a que chamarão de "mérito"... Tudo de bom para os que se souberem posicionar bem.

A gestão democrática foi democrática enquanto houve um concurso público de recrutamento e afectação de docentes de carácter nacional, transparente: não era qualquer badameco eleito para o cargo por ausência de adversário ou precisamente por ser o lugar geométrico dos lobbies e protector das quintinhas, não era esse badameco que podia tirar um professor da escola por ser incómodo, poderia, quando muito e já era muito, no caso de contratação, evitar que fosse a concurso horário completo, isso já podia, mas não era fácil, também aí, a ausência de autonomia não permitia muita manobra .
Os chicos espertos no ministério acham que vão conseguir alterar vínculos sem que ninguém repare e impor as "reformas" pela mão dos cães de fila eleitos pelas vítimas!!!!
Um dia estaremos todos sob as ordens dos presidentes de câmara e outros caciques locais. Os clientes dos actuais /futuros caciques de muitos conselhos executivos esmeram-se todos, fazendo muitas coisas, a mostrar como são excelentes, enquanto dizem mal da ministra por ser in, aliás, ninguém defende a ministra nas escolas, está tudo contra , mas há quem esteja eufórico com os pontos do concurso a comendador e o silêncio está a instalar-se, viscoso, pesado.
Há toda uma geração que esteve nos centralismos democráticos vários, nos saneamentos sumários e levianos, nos silêncios por não ser "oportuno" discutir isto e aquilo, na assunção de que todos os outros são burros e de que há alguns iluminados (nós, claro, eles nunca) que sabem quando, como e o que se deve discutir e, claro, decidir. Muitos desses iluminados estão no governo, nos sindicatos, nos partidinhos, nas escolas. Claro que também, quando defendo algo, costumo frequentemente pensar que todos os outros não estão a ver a coisa bem, reconheço-o, e falar, explicitar, permite verificar que o outro tem algum argumento que ainda não vi , como é, aliás, óbvio e é por isso mesmo que é básico que se discuta e que se argumente antes que o terror se instale.
Se a autonomia de contratação vingar nas escolas, o pior que o ser humano tem virá ao de cima, as pessoas a venderem as consciências, a iniciarem-se no crime, sim, isso mesmo, crime, manipulando alunos para se livrarem de colegas incómodos, por exemplo, outros silenciando por medo de que o próximo seja ele, outros a passarem a defender as chefias como nunca antes…As autonomias de contratação e promoção com eleições várias pelo meio fazem isso, fazem clientelismo e nepotismo que se instalam no poder e na atmosfera e que despertam, estimulam e cristalizam o pior que o ser humano tem.
O silêncio que se instala hoje e agora, vindo dos eventuais clientes, compreende-se. Mas o silêncio dos não clientes, dos que sentem nojo por esse sistema já é mais complicado de perceber, porquê desistir precisamente agora?

I have a dream, uma classe inteira (à excepção dos répteis rastejantes mais próximos dos actuais/futuros caciques) entregando os horários, com cartas de demissão em estilos próprios, únicos, singulares, sem minutas do sindicato. O sindicato a fazer o que lhe compete, a custear a operação no primeiro embate.

A ver ou rever: “Felizmente há luar”, na Barraca

sexta-feira, março 16, 2007

31 da Bojarda ou 31 da Legião?

Pois, pois, fazer queixinhas é feio, pois claro, percebo-te... Raio de regime em que as pessoas se podem defender, dantes é que era bom, não é, ó 31? Os queixinhas não tinham a quem se queixar, e o regimezinho tinha uns informadores solícitos que mantinham devidamente informados os senhores do poder absoluto, esses não faziam queixinhas , claro, eles cumpriam o seu dever patriótico. Assim, sim, sabia-se de antemão quem se preparava para fazer queixinha em jornais clandestinos sobre os abusos do regime .Algumas vezes mesmo esses queixinhas atreviam-se a fazer queixinha nas instâncias internacionais a respeito do que se passava no país, gente muito pouco patriota, traidores, portanto. Era um regime muito ao gosto do 31 da bojarda, mas já acabou e então existe separação de poderes (até ver) e então as pessoas que são vítimas de abusos podem queixar-se a umas instâncias que são independentes dos senhores do regime (até ver) e que se chamam Tribunais e que até são órgãos de soberania e que (até ver) não dependem do Presidente do Conselho de ministros e que castigam quem abusou (até ver) e dão oportunidade à entidade acusada de provar que não abusou. O 31 da bojarda deveria achar muito bem o que o MAI está a fazer, pois isto das informações, no tal regime mui saudoso para o 31 da bojarda, era devidamente centralizado na Presidência do Conselho. Também os humoristas eram devidamente controlados pelos lápis dos mui diligentes observadores do "pluribus unum" de então . HEIL! ó 31 da bojarda!
Já me ía esquecendo, ele há outra coisinha que é diferente no regime actual, é que a lei geral, que é feita pela AR e não pelo Presidente do Conselho (até ver), assembleia que é eleita por voto universal (até ver), a lei, dizia eu, está acima das instituições militares e de todas as instituições tenham elas autonomia ou não("granda invenção" esta da autonomia) . Essas instituições têm que se submeter à lei geral democrática (até ver, claro está).
Para saber o hino do 31 consultar wikipédia
Ah, e afinal o post do bullying se calhar era só uma metáfora para a blogoesfera, talvez, mas então não percebo o que é fazer queixinhas na blogoesfera, será escrever em blogues? Mas escrever em blogues será, seguindo a analogia, "poder atirar baldes de areia com balde e tudo à cabeça do outro".
Pois pois, acho é que há no país muita confusão, nem sempre inocente, diga-se de passagem, a respeito do papel imprescindível da denúncia na reposição da justiça!O tempo de comer e calar já passou (até ver)!