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quarta-feira, setembro 19, 2007

Prós e contras: Ministra no seu melhor

Palavras para quê?
A ministra esteve bem na primeira parte, podia subscrever quase tudo o que disse sobre o ensino profissional. Continuo, assim, sem saber e adoraria ter a informação sobre quem e por que razão queria acabar com o CEF, de tipo 6: o lamentável é que em algumas escolas a estratégia do telefone e do boato teve sucesso, havendo debandada dos alunos inscritos.
Na segunda parte, estalou o verniz e foi o que foi. A capacidade da ministra dialogar com o outro e aceitar a diferença é de facto muito reduzida.
Quanto aos silenciosos e em low profile (e ainda bem) senhores secretários de Estado apenas há a dizer que o rosa choque em nada favorece um deles (embora seja difícil saber que cor o favoreceria) e ao outro fica-lhe mal o risinho (até porque desse esperávamos maior compostura).
Os sindicatos estiveram bem, muito compostos e serenos, faltou explicar os pormenores tétricos do concurso a titular, a maioria das pessoas não sabe da tábua rasa feita a uma vida de trabalho , contando apenas a vida a partir de 99. A maioria não sabe que nada no concurso garantia que fossem os ditos "melhores" os seleccionados. Mas era muito "técnico", era demais para a audiência de treinadores de bancada, especialistas de tudo e de nada, julgadores de praça do peixe, exigentíssimos sobretudo quando se trata da profissão dos outros em que nos tornámos pela mão deste governo socialista.

terça-feira, setembro 11, 2007

Rentrée na educação: de volta a propaganda

O caso mediático Maddie calha bem ao governo, absorve todas as atenções e exacerba certo nacionalismo unificador da massa. Assim o arranque das aulas parece rodar sem problemas e o primeiro ministro pode voltar ao sistema da propaganda, sem que ninguém coloque questões parvas como de que forma conseguiu aumentar a população escolar, que malabarismos executou para concluir que os resultados na educação estão melhores do que há dois anos e de que forma pretende resolver o problema do desemprego de muitos milhares de professores que considerou dispensáveis precisamente quando aumenta a população escolar.

quarta-feira, julho 25, 2007

Medo? Que ideia!

Alegre diz que sim, Almeida Santos diz que não. Cabe a cada um verificar em quem prefere confiar.
O arquivamento do processo Charrua é típico deste governo, um caso mediático muito incómodo, por isso cede aqui, mas aperta ali, onde não se vê. A senhora que dirige a DREN continua de pedra e cal orientando a casa com bufaria e prepotência. Jerónimo de Sousa é, já sabíamos, pelo tudo ou nada, quer o governo todo abaixo. Eu prefiro separar o trigo do joio. Quem gere mal deve ser substituído. Aliás, na legislatura da obsessão pela avaliação do mérito (vou fingir aqui que acredito que eles acreditam nisto, só para efeitos de raciocínio) pergunto eu: quem avalia esses chefes? Que nota terão? Que nota terá uma pessoa que gere uma casa pelo diz que disse nos corredores e ainda por cima faz saber que assim faz com processos disciplinares sobre quem disse o que disse nos corredores e gabinetes em conversas privadas? Eu chamo reuniões com actas ao que se diz em serviço, levantar um processo assim é lei da rolha e ignorância pura e dura quanto a princípios elementares de gestão ( há aí literatura que chegue). Por outro lado, eu acho que à frente de uma Direcção Regional de licenciados deveria sempre haver um licenciado. Será o caso? Bem, agora todos são licenciados depois daquelas formações complementares das ESEs e da Aberta. Em todo o caso, mais ou menos licenciada, aquela senhora nada parece saber de gestão. Ministra que não demita os seus subordinados imediatos por erros graves terá que assumir todo o resultado dos erros deles. Eu acho, contra Jerónimo de Sousa, que uma remodelação dentro do ME, mantendo a ministra, já era bom, melhoraria muito o ambiente, mas tinha que ser já, a tempo de corrigir o aborto jurídico do concurso de professor comendador, perdão, titular, implicando obviamente a demissão do seu secretário de Estado inspirador máximo, que todos sabemos quem é. Mais bem aconselhada, Lurdes Rodrigues seria melhor ministra, não tenho disso dúvida alguma.
Ainda ia a tempo. Quem distribuiu serviço nas escolinhas, não tinha que o fazer sem legislação. As férias sempre foram para os professores algo relativo, sempre fizeram reapreciações de exames nacionais em pleno período de descanso. Agosto é o mês de férias obrigatório dos profs, só os cidadãos não privilegiados podem escolher livremente o período de férias. Os profs sempre foram ver o serviço do ano que vem entre praia e campo. Os insultos a respeito das férias dos docentes resvalavam na couraça da indiferença da classe (antes de serem insultados por quem os deveria defender como colaboradores) e não os impediam de continuar usando fins de semana e férias para pôr em dia serviço. Por isso, nada de novo ir à escola em férias e seria por uma boa causa, digo eu.
Falando de férias, ontem finalmente o meu primeiro dia delas e tempo para ler algo interessante e relaxante. Na Super interessante, João Aguiar está magnífico! A não perder. Lúcia Lepecki inspirada como sempre. E na parte da tecnologia, há um artigo sobre electricidade de carvão limpo.... Injectar o CO2 na terra? E até conhecem bem os limites de tal solução... enfim. O lixo por baixo da carpete, uma vez mais...

Quanto a livros: As Farpas, de magnífica actualidade em muitos textos , noutros não tanto, mas sempre um prazer ler quem assim escreve.


Limitação de responsabilidade: em lado nenhum encontrarão neste blogue a admissão da minha profissão que não revelo embora deixe adivinhar. É enquanto cidadã do país que escrevo.

sexta-feira, junho 22, 2007

Antena 1: entrevista - a arte católica da falácia

Pois eu é que sei, o Tribunal Constitucional não.
Pr'ó ano há mais vagas para comendadores. A adesão foi boa. E os comendadores nada ganham com isso, só mais trabalho. Assiduidade? Pois, mas nunca esteve em causa a protecção do trabalhador na doença, mas há o dever de assiduidade.
E temos agora muitos muitos muitos cursos profissionais p'rós jovens.
E fizemos a rede escolar do 1º ciclo: temos escolas novas p'ra todos os alunos.
Até temos almoços, Inglês e outras coisas...e escola a tempo inteiro.
Violência? Não temos , eu já disse que não temos, temos é indisciplina aqui e ali.
Pr'ó ano é que vai ser: video-vigilâncias (por causa dos assaltos externos, claro). E vai haver preocupação com os espaços escolares, os equipamentos...
Remodelação? O primeiro-ministro é que sabe, mas dependendo de mim, estou até ao fim.
Críticas? Quem está contra mim não sabe do que fala, quem está por mim está informado.



Este é o resumo que faço do discurso falacioso de quem diz fazer das escolas locais de estudo ao mesmo tempo que despreza, ignora, teme e humilha os seus próprios trabalhadores-colaboradores, profissionais diplomados, com muitos anos de serviço e provas dadas, muitos deles com tantos graus académicos como ela,muitos deles com um conhecimento de política educativa bem mais profundo do que o dela, tratando-os como os patrões de antanho tratavam (será que o tempo verbal está correcto? espero que sim) as operárias do têxtil, vestuário e calçado!
Esta antiga anarco-sindicalista convicta (nunca o desmentiu) mudou muitíssimo. E este estilo de gestão reproduz-se em muitas escolinhas onde muitas peruas e perus põem em prática o mesmo estilo primário e arrogante de mandar.

A FENPROF esteve bem desta vez.
Mário Nogueira desta vez falou claramente do concurso a comendador. Ficou clara finalmente a não aceitação de TODO o concurso. E explicou a "adesão" ao concursinho.

Disclaimer (agora tem que se fazer uma coisa assim parecida, aprendi no portugalprofundo mas a minha é diferente).
Tudo isto que acima escrevi, claro, me quer parecer no meu mundo ficcionado, não quer dizer que seja. Nem mesmo se confirma que o dono do IP esteja de acordo com este conteúdo. Estamos no domínio da literatura, único lugar onde podemos ainda ter liberdade de opinião quanto a figuras públicas.

sábado, maio 05, 2007

"Acabar os estudos" e adistribuição de tachos

Mais um "não dito" que os sindicatos não dizem nem dirão quando têm os sectores todos juntos-básico, secundário e superior- como a Fenprof.
Esta ideia do governo de fazer voltar à escola 1,5 milhão de Portugueses é boa, MAS A DIVISÃO POR CRITÉRIO IDADES PARA DISTRIBUIR OS TACHOS entre o ensino superior e as escolas secundárias, será correcta? O que foi anunciado foi que os cidadãos com com mais de 23 vão para as universidades, os com menos para o secundário. Porquê? Falta competência nas escolas secundárias? Falta espaço? Estamos só a falar dos cursos que implicam oficinas onde, de facto, o politécnico está bem melhor equipado que as secundárias depois da liquidação do ensino industrial pelas mãos do PCP e PS? Então tá bem, pague-se a preço de ouro uma formação que podia ser mais barata. E nos outros cursos, nos de contabilidade e comerciais, de informática... ou gerais como vai ser? Perguntaram às escolas secundárias? Há muitas escolas secundárias com cursos nocturnos. Escolas onde há professores todos os anos contratados com meio horário e sem saber o que lhes acontece no ano a seguir e que abraçariam a ideia com entusiasmo. As escolas secundárias têm e contratam todos os anos professores que têm o estágio pedagógico, estágio que a maioria dos profs da universidade e do politécnico NÃO TÊM. Onde foi isto negociado? Que prometeram os sindicatos aos despedidos do superior? E quem lhes garante que o trabalhinho vai para os despedidos e não para novos contratados amigalhaços do presidente e dos seus acólitos , sabendo-se da rebaldaria que vai no ensino superior politécnico? É que nas secundárias ainda é por concurso nacional, até ver. E é delas que vai sair o grosso dos excedentários do quadro - profissionais perante os quais o Estado tem OBRIGAÇÕES.
Quanto aos milhões que vêm para a formação profissional nem é bom falar, aí estão empresas em geral e empresas de formação em particular, babando-se todas...

sábado, abril 28, 2007

ISCTE, PREC, equivalências, ministra e Huxley

E querem ver que fui colega da ministra...não me lembro nada dela, mas que andámos pelo ISCTE ao mesmo tempo, no mesmo curso, lá isso andámos, será que ia às aulas? Seria apagadinha talvez, ou então, muito dedicada à causa anarco-sindicalista não teria vagar para ir às aulas. Eu andava pelo MES mas ia às aulinhas. Enfim, nã ma lembra... Note-se que é a primeira vez que ela fala dessa época e a propósito de Sócrates. A ministra parece ter sofrido experiência semelhante à minha, interrompeu e quando voltou, népias, toca a fazer muitas cadeirinhas para acabar Sociologia . Eu também interrompi e quando voltei fui para o ISEG fazer muitas cadeirinhas e acabar Economia. Foi o PREC, pois foi, apanhei-o no meu 3º ano e lixou-me um semestre e o 4º ano. Lixou-me, quer dizer, fiz muitas cadeiras, algumas com nota de "apto", outras integradas, uma alegria. Uma cadeira chamava-se Investigação sobre controle operário sobre a produção.Claro que não equivaleu a nada no ISEG nos anos 80...Então o castigo de interromper o curso foi (e ainda bem que assim foi): toca a fazer todas as cadeirinhas do 4º e do 5º anos do ISEG e mais duas do 3º...já contei isto, estou a ficar senil, ou é um trauma e reviver traumas ajuda na cura. Isto faz-me lembrar Huxley, penso que começa assim, com o reviver de um trauma como terapia, aliás O Admirável Mundo Novo tem-me ressurgido recorrentemente na memória a propósito do Estatuto da Carreira Docente, com os Alfa, os Beta e os semi-abortos... um livro a reler.

terça-feira, abril 24, 2007

Logística em Portugal e violência nas escolas

Todos os dias há um despiste de pesados. Hoje o IP2 encerrado (desde ontem aliás). Passagens aéreas onde também se pode ser atropelado...
Isto é giro, a lembrar -a deslocalização da OPEL Azambuja não para a Rep. Checa mas para ESPANHA, entre outras razões pelo facto de em Portugal a logística funcionar de forma demasiado perfeita e célere...

Melhor que isto é ainda a conclusão do grupo de trabalho da AR sobre violência na escola: os culpados estão definidos, adivinhem quem é o principal culpado??, quem é?


Adivinhou!!!!!!!!!!!!

Os professores, claro!!
Não estão preparados para a violência escolar, dizem os doutos deputados... não sabem seduzir os meninos violentos com palavrinhas meigas, não sabem dar a volta aos coitados dos agressores desprotegidos....

Ai pois não estão preparados, não, que eles não abraçaram a profissão policial ou militar na qual a arma é a estrela principal!

Será também uma questão de logística?

Primeiro a ministra , agora os deputados? Não estão já fartos de insultar ou de ouvir insultar os profs???

Eventuais leitores atentos: não, não há contradição com os posts sobre a Virginia, não não acho que os professores devam andar armados, o que acho e continuo a achar que a escola NÃO É NEM PODE SER TOTALMENTE INCLUSIVA, sob pena de andarmos a excluir as pessoas erradas!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, abril 14, 2007

"Rigor" nas habilitações para a docência ou o "Rigor mortis" da educação

E a equipa do ministério da educação continua, sem qualquer remodelação -por exemplo, se saísse Valter Lemos já seria bom, ganhava (potencialmente) a ministra em credibilidade e ganhava de certeza a qualidade e a transparência de processos no ensino não secundário.
E agora estão ai as novas habilitações para a docência- licenciaturas em ensinar, mestrados em ensinar - os créditos garantem pouco, estou preocupada, a sério, vão chegar ao ensino secundário "mestres" em ensino, com umas cadeirinhas feitas daquilo que vão ensinar. Enfim, a monodocência até ao 2º ciclo já era preocupante, agora termos professores no secundário a ensinar matemática a quem se exige uns 120 créditos em ...ensino da matemática, já é mesmo muito preocupante. Mas vale a pena ler o interminável preâmbulo, sendo o artigo 10º um primor: nele se manda às instituições de ensino superior que garantam como requisito prévio de acesso ao grau de mestre em ensino, o domínio da língua portuguesa...hihi, quer dizer, no acesso aos outros mestrados , deixem lá os meninos atropelarem a gramática e fazerem textos trogloditas, já que chegaram a "licenciados", who cares, mas para o ensino, não não, senhores professores do superior, não sejam marotos, façam o favor de verificar (se souberem como, claro) se a rapaziada "licenciada" fala protoguês ou Português antes de entrarem no curso de "mestrado" em ensino!

terça-feira, março 27, 2007

Maria de Lurdes: passeio no passeio da avenida

Um ano relativamente tranquilo para o Ministério da Educação. Dois dias ou três de uma greve inconsequente no 1º período e nem uma no segundo. Parece estar tudo a favor, sindicatos, ministra, secretários de Estado, eles entendem-se todos muito bem. Há mais uma greve marcada para Maio, com a função pública, de um dia, para picar o ponto, já que um sindicato deve fazer pelo menos 1 dia de greve por ano, quanto mais não seja para isso mesmo, mostrar que é sindicato e não governo, evitar a confusão que pode surgir dada a grande promiscuidade entre os dois. A classe, por outro lado, até lhe convém, um diazinho para marcar posição e nem se nota muito no fim do mês.
Uma classe com brio teria encetado uma greve contínua até o ME recuar no seu repugnante estatuto da carreira, no ignóbil concurso a comendadores, no concurso de professores que parece não ser, também, pacífico.
Algumas escaramuças aqui e ali, mas na generalidade, um passeio no passeio da avenida por onde se passeia o presidente do conselho, José Sócrates Sousa.

terça-feira, março 20, 2007

A imaginação no poder: fotocópias...porque não ervas?

"Ai que a perua agora descobriu que os profs têm horror ao vazio do desemprego e aí vai disto, toca de ter mais ideias. A perua descobriu como ir buscar complemento de orçamento para as escolinhas.Ai que qualquer dia estamos a vender fotocópias à comunidade nas horas de escola. Ele até que é capaz de ser divertido, mas oops... e se tenho que vender suficientes para cobrir o meu salário? ai ai... bem, em certas regiões é mesmo melhor pensar em vender outras coisas, umas alfaias agrícolas, por exemplo, peixe, nas localidades ribeirinhas. Nas zonas mais urbanas seria melhor uma estratégia comercial mais agressiva, os produtos teriam que ser facas, armas de fogo e porque não umas ervinhas (para chá, claro.....) apesar da concorrência até que se vendiam bem"-pensa ele, prof com 25 anos de carreira,enquanto arranca nervosamente alguns dos poucos cabelos que ainda tem...

Este professor está às portas de uma psicose. Claro que nunca a ministra da educação teve ou terá uma ideia assim, transformar as escolinhas em feiras, depois de todo o trabalho que teve para que elas exteriormente tivessem o ar arrumadinho que agora têm , tudo na aulinha, a feirinha dentro das salinhas, está bem, com agressões e tudo, mas nada de feiras no pátio...
Oh oh, mas até que pode, fazendo as vendinhas dentro de portas, a comunidade alegremente entrando e exigindo serviço a tempo e horas, os professores a quererem fotocópias para testes e a tentarem passar à frente... "Prá fila como toda a gente!"-dirá a comunidade.... Pois, até que é possível, sim, fará bem aos profs , amocharem uma vez mais para saberem que só existem para servir a comunidade..., sim é possível esta ideia passar pelo cérebro da ministra...

Querem ver que aquele prof não está a alucinar e é mesmo capaz de ter razão?