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quinta-feira, dezembro 13, 2007

Gestão do capital humano

Num país onde caciques vários (com o poder de pôr e dispor pessoas em cargos e funções) se multiplicam em todas as instituições públicas em que a "autonomia" para seleccionar e promover o pessoal se casou com o regime eleitoral , o capital humano instalado vai lentamente sofrendo transformações que se podem resumir da seguinte forma: por todo o lado, deitou-se fora o menino e ficou-se com a água do banho de muitos dias, cocktail de bactérias e limos. É um processo lento, rastejante, viscoso...infelizmente, com reflexos em todo o lado.
Nesse mesmo país há outros sistemas sem autonomia, mas desde que chegaram ao poder os iluminati apareceram soluções maravilha: inventaram-se "títulos" e implementou-se o "concurso" para seleccionar os "titulares" e obter o mesmo resultado acima referido no tempo record de 1 ano.
De facto, a náusea provoca a debandada de um certo tipo de pessoas : precisamente aquelas que o "iluminado"pretendia eliminar como "obstáculo ao desenvolvimento"...
Devia haver prémios para os inventores de procedimentos inovadores na eficácia e rapidez de processos....

quarta-feira, setembro 19, 2007

Prós e contras: Ministra no seu melhor

Palavras para quê?
A ministra esteve bem na primeira parte, podia subscrever quase tudo o que disse sobre o ensino profissional. Continuo, assim, sem saber e adoraria ter a informação sobre quem e por que razão queria acabar com o CEF, de tipo 6: o lamentável é que em algumas escolas a estratégia do telefone e do boato teve sucesso, havendo debandada dos alunos inscritos.
Na segunda parte, estalou o verniz e foi o que foi. A capacidade da ministra dialogar com o outro e aceitar a diferença é de facto muito reduzida.
Quanto aos silenciosos e em low profile (e ainda bem) senhores secretários de Estado apenas há a dizer que o rosa choque em nada favorece um deles (embora seja difícil saber que cor o favoreceria) e ao outro fica-lhe mal o risinho (até porque desse esperávamos maior compostura).
Os sindicatos estiveram bem, muito compostos e serenos, faltou explicar os pormenores tétricos do concurso a titular, a maioria das pessoas não sabe da tábua rasa feita a uma vida de trabalho , contando apenas a vida a partir de 99. A maioria não sabe que nada no concurso garantia que fossem os ditos "melhores" os seleccionados. Mas era muito "técnico", era demais para a audiência de treinadores de bancada, especialistas de tudo e de nada, julgadores de praça do peixe, exigentíssimos sobretudo quando se trata da profissão dos outros em que nos tornámos pela mão deste governo socialista.

quarta-feira, julho 25, 2007

Medo? Que ideia!

Alegre diz que sim, Almeida Santos diz que não. Cabe a cada um verificar em quem prefere confiar.
O arquivamento do processo Charrua é típico deste governo, um caso mediático muito incómodo, por isso cede aqui, mas aperta ali, onde não se vê. A senhora que dirige a DREN continua de pedra e cal orientando a casa com bufaria e prepotência. Jerónimo de Sousa é, já sabíamos, pelo tudo ou nada, quer o governo todo abaixo. Eu prefiro separar o trigo do joio. Quem gere mal deve ser substituído. Aliás, na legislatura da obsessão pela avaliação do mérito (vou fingir aqui que acredito que eles acreditam nisto, só para efeitos de raciocínio) pergunto eu: quem avalia esses chefes? Que nota terão? Que nota terá uma pessoa que gere uma casa pelo diz que disse nos corredores e ainda por cima faz saber que assim faz com processos disciplinares sobre quem disse o que disse nos corredores e gabinetes em conversas privadas? Eu chamo reuniões com actas ao que se diz em serviço, levantar um processo assim é lei da rolha e ignorância pura e dura quanto a princípios elementares de gestão ( há aí literatura que chegue). Por outro lado, eu acho que à frente de uma Direcção Regional de licenciados deveria sempre haver um licenciado. Será o caso? Bem, agora todos são licenciados depois daquelas formações complementares das ESEs e da Aberta. Em todo o caso, mais ou menos licenciada, aquela senhora nada parece saber de gestão. Ministra que não demita os seus subordinados imediatos por erros graves terá que assumir todo o resultado dos erros deles. Eu acho, contra Jerónimo de Sousa, que uma remodelação dentro do ME, mantendo a ministra, já era bom, melhoraria muito o ambiente, mas tinha que ser já, a tempo de corrigir o aborto jurídico do concurso de professor comendador, perdão, titular, implicando obviamente a demissão do seu secretário de Estado inspirador máximo, que todos sabemos quem é. Mais bem aconselhada, Lurdes Rodrigues seria melhor ministra, não tenho disso dúvida alguma.
Ainda ia a tempo. Quem distribuiu serviço nas escolinhas, não tinha que o fazer sem legislação. As férias sempre foram para os professores algo relativo, sempre fizeram reapreciações de exames nacionais em pleno período de descanso. Agosto é o mês de férias obrigatório dos profs, só os cidadãos não privilegiados podem escolher livremente o período de férias. Os profs sempre foram ver o serviço do ano que vem entre praia e campo. Os insultos a respeito das férias dos docentes resvalavam na couraça da indiferença da classe (antes de serem insultados por quem os deveria defender como colaboradores) e não os impediam de continuar usando fins de semana e férias para pôr em dia serviço. Por isso, nada de novo ir à escola em férias e seria por uma boa causa, digo eu.
Falando de férias, ontem finalmente o meu primeiro dia delas e tempo para ler algo interessante e relaxante. Na Super interessante, João Aguiar está magnífico! A não perder. Lúcia Lepecki inspirada como sempre. E na parte da tecnologia, há um artigo sobre electricidade de carvão limpo.... Injectar o CO2 na terra? E até conhecem bem os limites de tal solução... enfim. O lixo por baixo da carpete, uma vez mais...

Quanto a livros: As Farpas, de magnífica actualidade em muitos textos , noutros não tanto, mas sempre um prazer ler quem assim escreve.


Limitação de responsabilidade: em lado nenhum encontrarão neste blogue a admissão da minha profissão que não revelo embora deixe adivinhar. É enquanto cidadã do país que escrevo.

quarta-feira, julho 11, 2007

Especificidades regionais?

Parece haver na Porcalândia uma organização regionalizada da educação. Assim um secretário de Estado da Porcalândia, oriundo de uma região, instigado por grupos de interesses da mesma região, terá telefonado à organização regional de onde terá conseguido que saísse a ordem telefónica para as escolinhas suspenderem matrículas de cursos terminais profissionalizantes. Na capital nada consta e esses cursos estão para continuar. Parece assim confirmar-se uma certa tendência para que nas metrópoles não se possa governar através de um blup* telefónico mas através de procedimentos legais como um despachozinho escrito.
Entretanto, não nos foi possível ainda saber que grupos de interesse estariam envolvidos.


*blup é um excreção cerebral muito frequente nos porcúnculos

sábado, julho 07, 2007

Alguns desafios aos cidadãos e responsáveis da Porcalândia

-Pessoas interessadas na blogoesfera- para quando a criação de meta blogues que optimizem informação e reunam pessoas para a acção política?
-Europeístas convictos- para quando a defesa da donzela (embora já pouco) Europa e o que ela significa ou significou como espaço de democracia e de segurança social enquanto ganho de civilização?
-Bloco de Esquerda (Fernando Rosas e outros)-para quando uma explicação sobre a diferença entre os conceitos de "deriva neo-liberal" e "política de direita"?
-Ministra da educação- para quando a demissão do seu secretário de Estado Vale-te Demos que a arrastará ao declínio político pela mediocridade e ilegalidade de todas as decisões por ele aconselhadas e finalmente ao atoleiro da lama do clientelismo de prepotência de onde ele vem e de onde a senhora ministra quero crer que não vem e onde provavelmente não gostará de se ver incluída quando se fizer a História dos ministros da educação deste país?


Disclaimer-continuamos no domínio da ficção

sábado, abril 28, 2007

O ditado do secretário de Estado da Educação

Quero ver o ditado do Valter Lemos, em bruto! Já! Sem passar pelas emendas de bastidores, quero ver, vá lá Bárbara, mostra o ditado do Vale-te Demos! Ou diz quantos erros, quero saber!
Não entregou o ditado? Ai é assim?

quinta-feira, abril 26, 2007

Cultura de decência ou de denúncia?








Claro que devemos denunciar a trafulhice, com certeza, mas esta promoção da denúncia fica mal ao governo. Afinal que tem acontecido às queixas de muitos, que denunciaram por se sentirem prejudicados pela corrupção? Porque continuam à frente das respectivas Câmaras o Isaltino, a Fátima Felgueiras e o Ruas (este apelando à violência em directo, sem qualquer escrúpulo, para que o pobinho enxotasse à pedrada quem pudesse interferir nos seus projectos de obras)? Se eles continuam na boa, fazendo o que lhes apetece nas câmaras, o que se pretende com isto agora? O que se quer promover afinal? A guerra civil entre colegas, vizinhos e familiares, e entre as profissões? Quer-se ter a lista dos presumíveis culpados ou a lista dos perigosos denunciantes que possam prejudicar o bom andamento da corrupção? Ou trata-se, uma vez mais, de desviar a atenção da opinião pública para o judeu, perdão, para o funcionário público como o culpado de todos os males, para distrair as atenções da pouca vergonha que tem grassado, sem consequências para os responsáveis, no ensino superior PRIVADO e PÚBLICO? As trafulhices com concursos no politécnico de Castelo Branco estão provadas e o Valter Lemos continua Secretário de Estado da Educação, sem uma beliscadura!!!!!E uma pequena pergunta: terá sido reposta a justiça em Castelo Branco? Os prejudicados empossados ou indemnizados? Os beneficiados terão sido desempossados?
O que se pretende? Fomentar a inveja, o espírito de vingança sobre o igual, o vizinho, deixando em paz o cacique, o maioral, o ricaço à força de benesses e ilegalidades, o politicão sem escrúpulos?
"O senhor presidente da cambra, se lá chegou é porque o pobo o lá pôs, e fez as obras do chafariz, e até limpou a berma e até me deu um jeitinho na minha obra, o presidente á que sabe, mas esta puta da bizinha vai pagá-las, e mais o cabrão do cunhado* que levou mais nas partilhas, a esses é que vamos mostrar como é...já vais ver, cartinha na cambra com queixinha do casinhoto que fizeste, já vais ver que cá se fazem cá se pagam!!!! E o outro cabrão que apanhou o emprego na cambra e me tratou mal no ano passado quando foi da festa, ele agora é que vai ver, que eu sei bem que ele recebe por fora para dar um jeitinho nos processos de obras...Mas o senhor presidente está bem, deixem-no trabalhar, é home de palabra e tem feito muito bem cá na terra! "

Bonito, lindíssimo, para o dia 26 de Abril, dá gosto ver este governo socialista trabalhar na elevação do nível geral dos bons sentimentos do povo português e na preservação do espírito de solidariedade consubstanciado numa de "vigilância democrática".

Nota* - ou qualquer outro familiar com ADN mais ou menos parecido, ou completamente diferente, isso agora não interessa nada

segunda-feira, março 05, 2007

O Demos e o Estado de direito: -estado de quê?

Mascaradas de concursos para colocar amigos? Que tem isso? -dirá ele-sempre se fez e faz, para isso é a autonomia...afirmará ele ainda, eu cá trabalhei tão bem que cheguei a secretário de Estado, não me dei muito mal... tão a ver? Estado de direito? Que é isso ? Estado sei o que é. Direito deve ser de eu mandar, com todo o mérito está bem de ver, por provas dadas lá na minha quintinha de Castelo Branco, melhor que eu nesta festa dos concursos públicos para dar aos amigalhaços só o outro de Leiria e, claro está, o Jardim, mas nenhum chegou ao governo da República, como eu. Profs descontentes? Os profs não percebem nada disto, se soubessem o que custa mandar só queriam obedecer...oops, alguém já disse isto mas nã ma lembra quem... bom, não interessa, já deve ter morrido há muito tempo, o dito já deve ser domínio público, já não terei de dar a referência bibliográfica... mas até que soa bem!

Vale-te Demos e virtudes do primeiro ministro

Por que não cai Vale-te Demos? Porque o primeiro-ministro precisa de mostrar quem manda, digo eu, só pode. Assim, quanto mais inadmissíveis e ofensivos para os professores forem os abortos jurídicos que saiem do cérebro do secretário de Estado melhor: mais Sócrates pode ficar a conhecer a força que tem e confirmará o que já sabia: é do lado da classe docente que pode cortar a direito nas despesas. ELES DEIXAM. Só há que aprofundar o que já existe: a divisão, a inveja e isso consegue-se subvertendo todos critérios que têm estado na base da seriação de profs. Para o concurso a prof titular: faz-se tábua rasa dos currículos, só sete anos interessam: e tem sido nos últimos sete anos que tem chegado às direcções das escolinhas um grupo tíbio e obediente: premeiem-se esses docentes mesmo que não tenham dado uma única aula nos últimos aninhos*. Quanto aos cargos, quem os desempenhou antes dos últimos sete anos e que nem um pontinho leva estará pouco interessado em apoiar ou mesmo atacar o que quer que seja, estará desmotivado para sempre, será candidato a supranumerário de uma penada! Os outros, que normalmente e por feitio, não gostam de mandar, não suportam os gabinetes dos ministérios e execram os clubes e clubinhos mas gostam da sua profissão, não esperam já nada, têm ficado progressivamente mais desmotivados à medida que viram singrar nestes últimos 20 anos os dinâmicos fazedores de "clubes" e "projectos" e outras formas de tirar os meninos das maçadas da aula e da aprendizagem... São mais candidatos a irem para casa com 2/3 e um pouco depois 1/3 do ordenado. Poupança grande está bem de ver para as finanças públicas.

Nota: alterei o texto, é que afinal não é clara a lógica do ministério quanto aos professores destacados nos serviços do ME, é esse serviço equiparado ou não a serviço lectivo?