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terça-feira, dezembro 18, 2007

Balanço positivo ...

-Ai foi tão positivo, correu tudo tão bem, estava tudo tão bonito, somos os máiores!
-Ai que somos tão bons que conseguimos assinar o tratado, já prévia e devidamente negociado por Merkel, mas isso agora não interessa nada, o que conta é a assinatura. Fomos nós, os Grandes, sob a batuta do Grandessíssimo *. O Grande... é assim mesmo, não precisa de mais nada, tal como Pedro , o Grande...e mais ainda, portanto, Grandessíssimo.
-Até agora, tudo a correr sobre rodas, só a Irlanda vota, mas essa vai dizer que sim, pá, encharcamo-la em euros se for preciso, pá e está tudo no papo, pá. Quanto ao poveco, só nós, os bons, os inteligentes, os maiores é que sabemos o que lhe convém. O povo, como sabemos, é um pouco bruto e não qualificado mas nós, os maiores, vamos qualificá-lo até às eleições, vão ver... mas para isto do tratado continuarão burros... . Portanto, o referendo é pura perda de tempo, como bem diz o Grande industrial, tão grande que até sabe perdoar a nossa sabotagem da sua negociata, ele sabe ver quem são, de facto, os verdadeiros amigos dos empresários.

*ou grandíssimo? já não sei fazer este superlativo

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Porreiro porque eu quero! Pá!


Lá dentro: -Não querem lá ver, até aqui me vêem perturbar, esta escumalha de esquerdalhos que nem me deixa pensar e lá me vou esquecer da história da cimeira, melhor dizendo... da história que lhes vou contar na cimeira, ou melhor ainda... daquilo que vou dizer na cimeira que vai para a História... já tou todo baralhado! Mas já vão ver quem é que manda!









Aos jornalistas, cá fora: Foi porreiro pá, muito vivo o debate!

domingo, fevereiro 11, 2007

Mais ou menos sim

Mesmo vendo que a abstenção ganha, todos acham que o referendo é importantíssimo, que a afluência é muito maior que no último, não há quem interprete isto de forma óbvia? O povo não quer que o macem com as coisas difíceis... Não será que o povo acha que os deputados, se lá estão no Parlamento, é para decidirem por mandato também nas coisas difíceis?
O povo está bem no quentinho, achando que os outros que decidam... mas, como o resultado não vai ser vinculativo, ninguém pode decidir nada sem forte contestação do outro lado.
Ou seja e como se previa: mais ou menos sim, mais ou menos não! No entanto em termos de votos expressos, o sim ganha mesmo! Esperemos então que a maioria , com boas provas de surdez às contestações várias da sociedade civil, assuma agora claramente a iniciativa legislativa para acabar de vez com o aborto clandestino e com o negócio milionário associado a esse mercado negro. Uma leizinha de incentivo à maternidade/paternidade criando um abono de família visível e palpável também vinha a calhar muitíssimo bem!

sábado, fevereiro 03, 2007

Contas, cartazes e penas

Seria bom que o tribunal de Contas fosse isso mesmo para que foi criado, que a sua lupa se aplicasse um pouco por todo o lado onde haja situações duvidosas. O reizinho lá da ilha sempre fez o que lhe apeteceu e parece determinado a continuar. Claro que para a indulgência concorre o facto de ser um pândego... a ideia que faz da independência dos orgãos de soberania é interessantíssima, algo parecido com "que cada um roube quanto puder e deixe os outros roubar em paz" * ... tudo o que seja indagar é inaceitável interferência nos negócios alheios. Tudo isto dito daquela maneira de opereta é cartaz eficientíssimo para pôr o Pinho no esquecimento...
Embora divertidíssimas, as palhaçadas do Jardim não chegam para nos esquecermos da melhor da semana, que os militantes do Não afinal são, para além de santos e puros, magnânimos também, perdoando às "assassinas" desde que confessem e reconheçam que o são... embora alguns não dispensem as confessas criminosas de um servicinho cívico... talvez com um emblema na barriga, para exemplo, que tal a ideia caridosa, Dr Bagão Felicíssimo?
Que tal, dr Jardim, se as verbas que vão para o jornaleco fossem utilizadas para reduzir a pobreza numa das regiões portuguesas com indicadores mais altos de exclusão social ?
Que tal se o dinheirinho dos cartazes e do marketing profissional do Não fosse usado para apoio às futuras mães em dificuldades? Já agora, o do Sim fazia também muito jeito. Este gasto no referendo é inútil, dinheiro ao charco! Os senhores deputados quando há que legislar em questões difíceis devolvem ao mítico POVO a bola. Para se não sentirem obrigados a nada. E aí entendem-se todos muito bem...
Senhores deputados, que tal aprovarem uma lei decente de redução de impostos/atribuição de subsídios , uma lei de protecção DE FACTO à maternidade/paternidade à semelhança da França? Será que nesta matéria se entendem todos e vão dizer que Não?
O cantinho e seus apêndices no seu melhor... mais ou menos sim, mais ou menos não...

*Nota: Claro que Jardim não disse isso , mas a indignação com que falou aos jornalistas sobre a inaceitável ingerência do Tribunal de Contas na forma como são atribuídas verbas públicas do "seu" governo regional tinha toda a sonoridade de quem acha que a lei se não lhe aplica e de quem considera que pode fazer do dinheiro dos contribuintes o que lhe apetece...Mas atribuir verbas do governo a um jornal privado que contribui para o eternizar num cargo ao qual se acede por eleições é roubar descaradamente, Sr. Dr!!!!!!!

quinta-feira, janeiro 25, 2007

O debate da nação

O referendo à legalização do aborto? Não. A questão dos pais biológicos versus adoptivos, isso sim.
Na quadratura, Pacheco Pereira defendendo o prole-tariado e a sua visão do Direito e da Justiça à boa maneira do MRPP por redução ao absurdo e Jorge Coelho vertendo lágrimas, com o coração nas mãos. Assisti a cerca de 15min e chegou.
Nascida sob o signo da desgraça na terra do mais ou menos, desejo também o melhor à criança enquanto espera por Salomão...
A minha previsão para o referendo: mais ou menos sim, mais ou menos não.