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quinta-feira, maio 24, 2007

Cultura de excelência actual na educação ou as virtudes da tentativa-erro




E estas tentativas na "reforma" da educação, se correrem mal, como se corrigem? Este concurso a comendador, se se vier a verificar que foi uma coisa má que deu ao ME, como se corrige ? Tiram-se as comendas aos comendadores depois de provarem o sabor do sangue? Temo que seja a desintegração irreversível de carreiras e de ambiente de trabalho saudável e cooperativo.
É assim, quando se trabalha por tentativa-erro.
É assim quando a miopia dos responsáveis tem consequências irreversíveis a médio e longo prazo!!!!!!

domingo, abril 29, 2007

Outra terra? Cientistas portugueses?

Apesar de muito menos importante que ser o Ronaldo conhecido em todo o mundo, não deixa de ser reconfortante sermos aqui mencionados:
http://www.francesoir.fr/enbref.php?id=5

Mas...who cares? Hoje é dia de derby no parque infantil do cantinho, a bocejar e a mascar pastilhas...os derbies é que os fazem despertar do entorpecimento cerebral, durante 90m, levando injecções de adrenalina que mobilizam zonas do cérebro normalmente adormecidas, sempre lhes faz bem à circulação ... sempre é melhor que O NADA...

sábado, março 17, 2007

Limpidez e consistência das "reformas" de que o país precisa

A limpidez, consistência e estruturação sólida das reformas que propõe este governo nunca deixará de me espantar. Os grupos de estudo disto e daquilo vão debitando resultados, ora aqui, na educação, ora ali na saúde, os media ficam felizes porque têm assunto, a consistência de tudo aquilo escapa a qualquer ser pensante mesmo dotado de inteligência rara (acho até, e como exemplo, que nem o ministro da saúde, de cuja craveira não duvido, perceberá muito bem para onde exactamente está a conduzir o sector que dirige), ora acolá no ensino superior (que não é educação como todos sabemos, é ciência e tecnologia, sendo em abono da verdade o único ministério que parece pensar antes de anunciar) , ora acoli na defesa, ora (Deus nos ajude) na administração interna. Alguém terá uma ideia no governo de como todas estas medidas e anúncios de medidas se articulam?
Mas para quê articular tudo - dir-me-ão - o que é preciso é dar ideia de que se estão a fazer reformas profundas, se é para pior, isso numa primeira fase ficam só a saber as vítimas directas que em vão estrebucham face à fórmula de propaganda que, embora proveniente do mais primário senso comum, é o emblema deste governo, e que vem sendo insistentemente martelada nos media pelos excelentes fazedores de opinião: "é natural que haja resistência à mudança".
De facto, e peço desculpa por insistir nos fascismos, mas também Hitler encontrou fortes opositores às profundas "reformas" que fez, e os autorizados fabricadores de opinião de então também disseram que as medidas a tomar eram imprescindíveis para a sobrevivência e o desenvolvimento da nação! Estes senhores que temos no governo não falam em pátria nem em nação e acham que ficam dessa forma asseguradas a natureza democrática e a justeza das decisões que implementam sem qualquer hesitação, mesmo quando verificam que os seus opositores argumentam com base em conhecimento do sector que alguns dos implementadores nunca tiveram nem alguma vez terão. Os nossos governantes não falam em pátria nem em nação , dizem Portugal e país, mas misturam já liberdade com lealdade –esta da lealdade foram-na desenterrar aos arquivos do 24 de Abril para a aplicarem aos funcionários públicos e calá-los de vez.

A propósito deste calar a voz, é acabrunhante o que se passa no sector da educação não superior, em que simplesmente se cortou a palavra aos profissionais do terreno, calando sindicatos a respeito de política educativa, como vimos há uns meses acontecer no prós e contras. Não considero que os sindicatos representem muito bem a classe mas não especialmente em política educativa. O problema é que os profs não têm outros representantes enquanto profissionais. Se os sindicatos são ouvidos em direitos laborais , têm que ser ouvidos em política educativa. Não me parece que haja algum sindicato que não tenha também uma ideia de política educativa. Sabemos que essa ideia não reflecte de forma rigorosa o que pensa a classe, sobretudo nas suas diversas sensibilidades, conhecendo-se a pouca independência face aos partidos, no entanto, considero que quanto mais peso tiverem na definição da política educativa mais os sócios exigirão essa independência. Por que razão a ministra e os media com ela, retiraram a palavra aos sindicatos dos professores quando se discutia precisamente o conteúdo funcional da sua carreira? Consideram-se os profs como meros e broncos executores . Agora dá-se a "VOZ" aos conselhos executivos, como disse a ministra, a pensar numa espécie de conselho de reitorzinhos - e lá vão eles e elas todos contentes ao cabeleireiro para a reunião com a ministra, para tentarem o prémio das boas práticas. O resto da classe, fica no terreno, esperando as ordens que se seguem, obedientemente apinhada nas capoeiras, onde , segundo consta, desde o anúncio do concurso para peru titular, tem aumentado o número de ocorrências de biqueiradas entre virtuais concorrentes...

sábado, março 03, 2007

Bolonha ou o fim da Europa enquanto centro de excelência

Não vou aqui discorrer sobre Bolonha, quem quiser que se informe nos sites devidos. Apenas lançar um canivetezinho. Depois de Bolonha, qual a motivação para fazer um doutoramento? Ficar igual a todos os outros diplomados? Isto quer dizer que o doutoramento já não distinguirá quem está ou não capaz de produção científica autónoma. Claro que não devemos culpar Bolonha disso, Bolonha é apenas o resultado do que se tem vindo a passar um pouco por todo o lado nas universidades europeias. A falta de população discente não é problema exclusivo de Portugal, existe em toda a Europa e tem levado a excelência a recuar em favor da mediania e mesmo mediocridade, para que as universidades não tenham que despedir parte do seu pessoal docente. Muitas velhas casas de renome em Portugal, têm visto alguns departamentos ocupados com uma geração de excelência muito duvidosa, como foi, não sei, sei da produção publicada, sei de algumas teses de doutoramentos com distinção e louvor que deveriam ter apenas bolas pretas se estivessem na faculdade ou no júri alguns dos que deram o nome à casa e aos mesmos departamentos e que se reformaram (ou quase) ou já faleceram. Da mediocridade ou mesmo maldade dos politécnicos nem é bom falar, dá mau carma agora de manhã... nem é bom pensar nos doutoramentos à pressão feitos pelo pessoal ou ex-pessoal do politécnico de Leiria, os ditos da Extrumadura, digo, da Extremadura, em três anos (ele há quem tente mesmo encurtar esse prazo, dois é bem melhor) grauzinho a obter indo lá de vez em quando de excursão a expensas do Estado, sendo que os hermanos cá vêm de quando em vez, calculo que a expensas do mesmo ente... Mas não, não é bom falar!
Por outro lado, não há Bolonhas do outro lado do Atlântico, há a excelência indiscutível de algumas casas, como Harvard (pelo menos por enquanto) e mesmo ao lado as casinhas que deram e dão os mestrados e doutoramentos (conhecidos por outro nome parecido com boston)aos nossos brilhantes dirigentes do ministério da educação, que estão mui doutamente apoiando a ministra... Há o MIT que não pode brincar aos cowboys a fingir que faz e aplica ciência, o mercado sabe bem quem é quem...
Quem são os nossos Harvard? Os nossos MIT? Se por todo o lado “a má moeda tem sido bem sucedida a expulsar a boa” ? O centro científico do globo manter-se-á por longos anos do outro lado do Atlântico...

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Quem vai a titular ou o triunfo do desnorte

Senhor A

Licenciatura em 1975 10 valores
1976-1988 aulas
Estágio 1988 (dispensa de aulas assistidas)………….13 valores
1989- efectivação
1989 até 1998 aulas
1999 a 2006 Presidente do CE ( por eleição, em lista única apresentada às eleições)


Senhor B

Licenciatura em 1973 16 valores
1976-1978 aulas
Estágio 1978 (com aulas assistidas………….18 valores)
1979- efectivação
1980-86- acumulou o mestrado com aulas, grau que concluiu
1986 até 1990 acumulou o doutoramento com aulas, grau que concluiu
1991-1997 aulas e coordenação de departamento
1999 a 2006 aulas



Quem é seleccionado para titular, quem é???


Resposta: O Senhor A tem 105 pontinhos facturados na hora em que teve a brilhante ideia de concorrer ao CE quando estava seriamente ameaçado de horário zero, mal sabia ele o bem que a si próprio estava a fazer!
Em 1999 o Senhor B passou a coordenação a alguém mais jovem que ainda usufruísse das horas de redução do trabalho lectivo, mal sabia ele o mal que a si próprio estava a fazer! O Senhor B tem apenas 94 pontos, não consegue os 95 e, portanto, nem pode concorrer

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Só há dois psicólogos em Portugal?

Porque será que só temos que ouvir as opiniões do Sampaio e do Sá ? Não há mais ninguém? Os media não conhecem mais ninguém?
O Sá é de facto demais! Hoje na antena 1, a propósito dos jovens sicilianos, disse algo muito parecido com isto: coitadinhos dos meninos adolescentes , coitadinhos estão doentes e é natural que coitadinhos se queiram exibir. Claro, pois, o Sá no seu melhor. Um desses jovens tem 18 anos mas, coitadinho, teve possivelmente infância difícil. O exibicionismo é natural nos jovens,diz ele. Pois, claro, é natural que tendo um telemóvel à mão (dos que fazem filmes, coitadinhos, só têm um desses) a ideia surja de enviar aos amiguinhos o filme épico produzido. Os amiguinhos , coitadinhos (que também, coitadinhos, têm desses telemóveis de última geração) é natural também que achem graça(será que estão doentes também?) é tudo muito natural.
Como é possível esta pessoa ter ganhado tal projecção? Modismo? A esquerda pateta, responsabilizando sempre tudo e todos e nunca o indivíduo?
Entretanto, o pobre coitadinho do país tem de aturar os comentários deste coitadinho, o que estará, de certo, a ter repercussões na conta bancária menos coitadinha do dito coitadinho. Para finalizar, devo dizer,pedindo desculpa se me enganar, que não acredito que ele acredite em tudo o que diz.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Plágio: who cares?

Mereceria um blog este assunto. É edificante assistir ao espectáculo da banalização do plágio em Portugal, primeiro a notícia ribombante, depois a pena leve, afastamento da revistinha, depois nada, e agora um livrinho de novo e qualquer dia está no público ou no sol, navegando de vento em popa. Convidada pela TV, já depois do tal episódio, teve a lata de falar de elites, das cópias da Internet no superior e no secundário e da não valorização da Ciência em Portugal.
Et pour cause

Porque me lembrei agora daquele plágio é simples: é que já anda na ribalta outra vez e isto só vem acrescentar à inutilidade de qualquer cruzada no sentido de preservar a qualidade científica em Portugal. O necessário é fazer currículo com lixo publicado, copiado ou parafraseado sem referência ao autor. Uma pessoa pode distrair-se e não cortar as partes ipsis verbis...as outras parafraseadas podem ficar sem referência ao pensador original, isso agora não interessa nada, coisa sem importância nenhuma...*
Palavras para quê, é uma catedrática portuguesa...

Na época da cultura light, zipped & zapped, WHO CARES?
Garbish to garbish, shit to shit...
farewell old Science... hello junk "science"!
*Estou a parafrasear Clara Pinto Correia, ou aquilo que a imprensa disse que ela disse, à excepção da expressão "isso agora não interessa nada" que, como sabemos, é de Teresa Guilherme

sexta-feira, junho 02, 2006

De pé, ó vítimas da mediocridade!

Crescemos economicamente, sem dúvida, as gerações sucederam-se, usufruindo de uma existência mais folgada, comparada com a de há 30, 40 anos. Muitos mais foram à escola. Tinha que se degradar o nível? Claro que isso aconteceria inexoravelmente dado ter sido suposto que todos teriam que chegar ao mesmo ponto: tirar o diploma, o mesmo diploma. E o diploma foi correspondendo cada vez a menos. E tinha que ser assim?
Onde se fazem as clivagens hoje? Na educação, exactamente no ponto diagnosticado por Nuno Crato. Mas os defensores das pedagogias da treta, desculpem, das pedagogias românticas, que têm estado a definir a política educativa há muito tempo, que, nas escolas, apesar de serem uma minoria, têm muito poder, há muitos anos, decorrente da pior invenção da educação dita democrática, a chamada autonomia pedagógica, resolvem a questão de forma simples: o Crato? Ele é do superior não sabe o que se passa aqui… O mesmo em relação às posições de Fátima Bonifácio: muito tradicionalista, transpõe o superior para o secundário. Esses senhores (que têm retirado do sistema muitas vantagens, mas essa é outra questão…) são aliás prolixos nestes e noutros comentários igualmente científicos…

É pena!!!!!!!! Não fosse esta ministra defensora da pedagogia das “Ciências da Educação”, da pedagogia que nos vem dos famigerados mestrados de Boston, aliás conhecidos por outro nome, tivesse ela classe, tivesse ela sabedoria… ou seja, fosse ela outra pessoa e teríamos talvez a oportunidade de ouro para inverter finalmente a tendência para a degradação do capital humano a todos os níveis da sociedade …. (Gosto desta expressão capital humano, muito em sintonia com a tão ansiada empresarização da sociedade, mas tem de ser, só assim eles ouvem, doutra maneira, muitos dizem reaccionária, elitista, saudosista...e outros, percebendo apenas que o tom soa a radical – credo, tão PREC… )

Agora, é já tudo demasiado claro: é que passaram já 30 anos, os resultados estão já cá fora, podemos ver, podemos ler, temos inspectores pedagógicos, temos já mestres e até doutores dizendo e escrevendo cujos os, à em vez de há, vão haver conflitos, tem haver com, até o hadem vai penetrando no discurso desses sábios…
Mestres e doutorandos de chafaricas politécnicas – temos até IP que defendem o seu mui excelente pessoal (por causa de Bolonha, calculem, as instituições de ensino superior têm que ter muitos doutorados …) e lá vão eles, todos juntinhos a Espanha para terem os bebés, ou seja, para poderem finalmente fazer os doutoramentos que não conseguiram fazer cá no cantinho- porque vai havendo nalgumas casas alguma exigência ou porque os senhores professores licenciados querem dar aulas no superior mas não se dispõem a sofrer durante 4 ou 6 anos, querem mais rapidez, mais eficiência- em autocarros e alojamento que o contribuinte pagará…o que decorre da preciosa autonomia financeira que as escolinhas não superiores ainda não têm... O contribuinte, aliás, só tem o que merece e rapidamente sofrerá as consequências da moda do doutoramento de aviário…
Entretanto os melhores de nós (doutorados ou não) desertam ou são perseguidos e mesmo despedidos por serem perigosamente bons…
A choldra no seu melhor!!!!!!!!!!

Elites do saber, de pé!
A força bruta é demasiado grande para uma luta individual, uni-vos!
Não deserteis, lutai!