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sábado, abril 28, 2007

ISCTE, PREC, equivalências, ministra e Huxley

E querem ver que fui colega da ministra...não me lembro nada dela, mas que andámos pelo ISCTE ao mesmo tempo, no mesmo curso, lá isso andámos, será que ia às aulas? Seria apagadinha talvez, ou então, muito dedicada à causa anarco-sindicalista não teria vagar para ir às aulas. Eu andava pelo MES mas ia às aulinhas. Enfim, nã ma lembra... Note-se que é a primeira vez que ela fala dessa época e a propósito de Sócrates. A ministra parece ter sofrido experiência semelhante à minha, interrompeu e quando voltou, népias, toca a fazer muitas cadeirinhas para acabar Sociologia . Eu também interrompi e quando voltei fui para o ISEG fazer muitas cadeirinhas e acabar Economia. Foi o PREC, pois foi, apanhei-o no meu 3º ano e lixou-me um semestre e o 4º ano. Lixou-me, quer dizer, fiz muitas cadeiras, algumas com nota de "apto", outras integradas, uma alegria. Uma cadeira chamava-se Investigação sobre controle operário sobre a produção.Claro que não equivaleu a nada no ISEG nos anos 80...Então o castigo de interromper o curso foi (e ainda bem que assim foi): toca a fazer todas as cadeirinhas do 4º e do 5º anos do ISEG e mais duas do 3º...já contei isto, estou a ficar senil, ou é um trauma e reviver traumas ajuda na cura. Isto faz-me lembrar Huxley, penso que começa assim, com o reviver de um trauma como terapia, aliás O Admirável Mundo Novo tem-me ressurgido recorrentemente na memória a propósito do Estatuto da Carreira Docente, com os Alfa, os Beta e os semi-abortos... um livro a reler.

terça-feira, abril 10, 2007

O diploma e a persistência da dúvida

O diplomazito fazia bem aparecer por aí para recolocar a crítica no ponto certo. Não se chega a primeiro ministro por concurso documental e por graus adquiridos; para se ser professor o diploma conta muito, tanto que os bacharéis nem podem concorrer a comendadores, perdão, a titulares, mas a primeiro-ministro chega quem é bom político, mesmo pintor de paredes (sem desprimor, claro), chega lá quem tem uma ideia, berra bem e fala com convicção. E não foi o grau inventado ou não que o fez chegar a secretário geral do PS e a primeiro ministro. Nos politécnicos, sim, inventar um grau para chegar a coordenador mais depressa que o adversário, isso sim é criminoso. Mas, claro, mentir é sempre feio, muito feio e temos que saber, isto é, quem ainda não sabe tem o direito de ficar a saber se o primeiro ministro é mentiroso ou não.
Por que raio havia o homem de inventar uma licenciatura quando a não tem? Será que afinal é tudo fogo de vista, aquela auto-confiança, aquela pose de ditador iluminado? Será que os doutorados do conselho de ministros deprimiram a auto-estima do primeiro ao ponto de ter inventado uma licenciatura? Ó senhores professores, isso é feio, fazer o presidente do conselho sentir-se mísero bacharel, não se faz...
Enfim, em todo o caso, não é por antiguidade que se obtém um grau, o facto de ter estado 6 anos no ensino superior não dá licenciatura, se desse haveria muitos mais diplomados em Portugal, muitíssimos mais mesmo, devo dizer.
Amanhã saberemos mais na entrevista, entretanto, diplomas outros, mui gravosos, vão passando e o povo aplaude, e haverá despedimentos na função pública sob o beneplácito de todos... Esses diplomas, sim, esses e outros deveriam preocupar o espírito do cidadão esclarecido...

domingo, março 11, 2007

Concursos, quadros, graus e feminização da classe

Os sindicatos estão a cair na esparrela quando consideram o concurso para titular como um concurso para vagas do quadro. O que é um quadro de titulares numa escola ou agrupamento já com um quadro definido?? Não será que admitindo a existência deste quadro estão aceitando também à partida o que o ME se prepara para fazer aos professores conforme os anúncios de Teixeira dos Santos? É que dá a ideia que os sindicatos também concordam com novas regras para o concurso de nomeação embora digam que não...
Um professor do QND detém um lugar de nomeação definitiva e chegou ao escalão em que está por duas vias: ou tem o tempo de serviço ou tem graus. Se o professor do 10º não conseguir os pontos para esta fantochada de concurso a comendador, consideram-no o quê, um “apenas professor” que ganha indevidamente e por caridade do ME pelo índice de topo?

Falemos de graus: eles foram equiparados pelo anterior ECD a 4 e 6 anos para mestrado e doutoramento respectivamente, embora o máximo atribuível fosse 6. Acontece que, neste concurso, com os anitos valorizados a sete, teríamos 28 pontos ou 42 pontos e não 15 ou 30 pontos como propõe o ME. Aqui estão acumuláveis mas só sai com 45 pontos quem tem os dois graus, prejudicando quem, por ter nota de 16 na licenciatura, fez logo o doutoramento. Os graus obtidos devem ser valorizados a meu ver e sem sombra de dúvida. Se há muitos professores que não gostam de ver pontos atribuídos aos graus é porque os não tiraram.

Pois é, alguns não gostam que 15 pontinhos sejam atribuídos aos mestrados e outros não gostam de ver 18 pontos atribuídos a 2 anitos de presidente de directivo quando se sabe que alguns se candidataram às eleições para os executivos apenas para fugir aos horários zero que lhes caberiam por estarem no fim da lista de graduação para concurso. Acho que essa prática é legítima e até considero que o trabalho de direcção deve ser valorizado mas não na proporção proposta. É que acontece que os professores dão aulas e que as aulas devem ter qualidade científica e é também facto que alguns mestrados são mesmo mais valias na formação do professor do ponto de vista científico.
Há também os mestrados de pura pedagogia, alguns com teses em pedagogia da treta em desmultiplicação dos mestrados de Boston (conhecidos por outro nome) e que formaram os nossos magníficos dirigentes, cujas aplicações práticas contribuíram e continuam a contribuir para deprimir a inteligência da nossa juventude. Esses mestrados, penso eu e alguns como eu, têm valia discutível, no entanto, são esses mestrados em "educação" que serão provavelmente mais valorizados no final da discussão com os sindicatos. O sindicato reflectirá na negociação os sócios que mais peso tenham nas direcções. Sempre assim foi e continuará a ser.

Pois esta poeirada levantada pelos brilhantes dirigentes do governo que temos é óptima para eles, "tudo divididinho é que é...eu sou muito esperto" -pensará cada um desses cérebros- "sou muito bom nisto de mandar nas professoras... algumas dificuldades mas nada que não se abafe rapidamente com uns processozinhos ou a ameaça deles, o Teixeira dos Santos já vai anunciar a reforma da administração pública, é mesmo oportuno, fala-se lá em processo disciplinar e elas calam-se já com medinho". A maioria da classe é feminina e será talvez por isso que não reage aos insultos de cima, já estará habituada aos da sala de aula, e até quem sabe, aos de casa... é que oferecer resistência quando se está na cuba e alguém accionou a prensa de pisar vinho, requer alguma capacidade atlética...

E mais não digo , sai mais um chazinho de cidreira a ver se funciona, a valeriana faz um pouco de sono e nesta fase, estar alerta é necessário, não vá haver mais um anunciozinho dos nossos brilhantes governantes...