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domingo, fevereiro 03, 2008

Ai não vão de feição?

"Capitalismo financeiro

A crise financeira mundial e os problemas financeiros em alguns países (crédito subprime nos Estados Unidos, Banco Northern Rock no Reino Unido, BCP em Portugal, Société Générale em França) dão razão aos que denunciam os défices e falhas graves nos sistemas nacionais e internacional de regulação financeira e que reclamam a intensificação regulatória que a gravidade dos factos justifica e que a crescente complexidade dos sistemas financeiros (titularização, produtos estruturados, etc.) exige.

Decididamente, os tempos não vão de feição para o neoliberalismo...


domingo, janeiro 27, 2008

Notícias da Porcalândia

Nada de novo pela Porcalândia, alguns protagonistas recentes embora não muito novos fazem afirmações bombásticas que mais não são que uma compilação de casos de imprensa, onde foram falados nomes específicos omitidos agora pelo denunciante. Os casos mais recentes, não suficientemente ou mesmo ainda não mungidos pela imprensa vão talvez dar que falar, como o do edifício de Coincilga de 14 milhões de manhã e 20 à tarde....sobretudo porque o responsável não é do partido dos porcúnculos do poder. Não foi relembrado o freeporc...Vai haver investigação, não se percebe a quem se ao mensageiro ou à mensagem... E os olhares que estavam postos no caso Banco Comercial Porcalandês são desviados todos para outro lado... De resto pouco mais há a dizer, as aspersões de mandrágora continuam regulares, a última grande sessão de aspersão foi feita a propósito da localização do novo aeroporto internacional da Porcalândia no programa dedicado às ditas chamado pós e trongas. Para mostrarem que os salários principescos que os contribuintes desembolsam para manter os desbotados da nação se destinam a pagar representantes da mesma com a missão de controlar o governo (assim está pensado o sistema político na constituição da Porcalândia) alguns deles deixaram passar uns comentários sobre a arrogância dos ministros na relação com os desbotados do partido do governo, isto depois de terem já votado o grosso das "reformas" mais impopulares da Porcalância. Não há registo de nenhuma auto-demissão ou destituição de posto.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Al-cochette, O'ta e governação 2

Ah !Ah! Ah !
LOL LOL LOL
Que surpresa!!!
Que classe governamental ! Que coerência argumental! Que superioridade intelectual na fundamentação !
Uff Estou siderada!
Quem estará com inveja da piada monumental serão os gatos, nada nem ninguém supera o governo da nação nos números de humor, desistam...
Em post anterior já tinha previsto e devo ter sido só eu, LOL, quem poderia adivinhar, só mesmo com muita sagacidade ou com escuta telefónica, Ah Ah Ah LOL...
Que tristeza... façam algo que surpreenda uma percentagem razoável de Portugueses, não insultem a inteligência de um povo ignorante mas ainda capaz de somar dois com dois! Quem pensam enganar?
Resta saber se a viragem da Teixeira Duarte não terá também algo a ver com tudo isto e com o número de kms da nova ponte ...e o LNEC à mistura...jamais, honi soit qui mal y pense. No post seguinte terei que ilustrar com imagem da selva ... por agora, o texto.
Quanto ao tema: Embora Alcochete me pareça bem mais razoável, ficava-me mais perto a Ota, enfim. Quanto a investimentos nos passarinhos a voar ou a bailar, com o rabinho a dar a dar, não fiz e se possível gostaria de me poder recusar a pagar com o meu dinheiro de impostos as "contrapartidas" aos senhores do OESTE. Tenham santa paciência!!!!! Vão buscar o dinheiro às contas pessoais dos engenheiros (do inscrito e do não inscrito na Ordem) ...

quarta-feira, novembro 21, 2007

actualizado o post "Al-cochette, O'ta e governação"

É só uma linha que acrescentei ao diálogo, não resisti à tentação de o tornar ainda mais verosímil. Apesar de concordar plenamente com a ideia de que o Lino é desajeitado mesmo numa loja de ferragens... acho de mau gosto as críticas sobranceiras do senhor da CIP ao primeiro-ministro que não segura os seus ...elefantes. Devo também dizer que, assim de longe e sem pensar muito, Alcochete me parece ser uma solução melhor a nível de preços e de expansão futura, mas não deixa de ser interessante verificar que as soluções neste país só são tomadas em consideração pelo governo da "nação" se vierem assinadas por empresários...

quinta-feira, agosto 09, 2007

Floresta: nova geração?

Sic notícias: Ricardo Machado , Federação de Produtores Florestais: Pequena parcela de floresta? Basta um telefonema, nós tratamos do resto. Pois não duvido... O homem, jovem demais (me perdoem) para o lugar em que está, só fala de investimento financeiro e diz muito orgulhoso que somos o quarto país na pasta de papel...para além dos chavões da ordem -cluster, sinergias, mais valias, know how.. Esteve bem na questão do CO2 e na tónica na prevenção quanto a fogos.
Pode ser que me engane mas consigo imaginá-lo com uma moto-serra na mão...ficava-lhe bem, tem bom físico para isso, com outro fato, claro está...

quarta-feira, julho 18, 2007

E não se pode dilui-los?


Erros nos exames nacionais? Mas exames, há muitos, erros graves dois. O problema, mais uma vez dilui-se. Responsáveis? Não há. A colocação da questão da responsabilidade é espúria. Há tantos responsáveis que a responsabilidade se encontra também diluída.
Grande fenómeno da física, este da diluição. Está ele na base da homeopatia, mas as proporções são muito diferentes. Deixar passar um erro nos exames nacionais em cada vinte anos, poderá ter maior eficácia do que a ausência total de erros durante uma eternidade se o objectivo for uma salutar aversão ao dito. Pelo contrário, a repetição de erros muito próximos no tempo, sem nenhuma consequência para quem os comete, provoca antes uma banalização e com ela uma auto indulgência ou mesmo uma validação do hábito de cometê-los, naqueles que estejam bem posicionados para escapar às consequências. Quem "corrige" o erro não é quem o comete. Quem sofre as imperfeições do erro e da emenda acaba por se cansar e resigna-se.

As correcções introduzidas são discutíveis. E o tempo que se perdeu durante a prova a tentar entender o impossível?
Assim é noutras situações... perde-se um tempo louco a tentar perceber a lógica de certas altas decisões que se apresentam vestidas com a indumentária da "criação de emprego", do "progresso tecnológico" , da "modernização", das "reformas necessárias" , da "defesa do ambiente" e até da "defesa do Estado social"; quando se descobrir que as decisões nada têm a ver com aqueles conceitos ou objectivos, já se perdeu um tempo doido. Não há factor de correcção que reponha o mal feito. E a responsabilidade também está diluída, ninguém nos mandou ser burros. Há quem tenha visto logo ....

E continuam, na boa, mais responsáveis e menos responsáveis por erros graves de governação, de estilo de gestão e de linguagem, estão todos de pedra e cal. Não há nem uma pequena remodelação. Não se pode dilui-los?

sábado, julho 14, 2007

Fogos florestais = fogos T1, T2,T3



No Blog A-sul

Financiamento das câmaras (com ou sem corrupção) e fogos florestais não são fenómenos independentes.

quinta-feira, julho 12, 2007

Empresário?

Belmiro sobre a bolsa e a economia de casino: gostei, falou bem! Parafraseando:
-O empresário Berardo? Eu sei que eu sou empresário.
Há uma coisa em defesa deste empresário Eng. Belmiro: emprega gente, paga mal, mas paga a horas. Sobretudo reinveste. É sovina, dizem. Mas reinveste*. Esperemos que continue a fazê-lo sobretudo no país.

*Por investimento entendo formação bruta de capital fixo e não aquilo a que chamam investimento financeiro. É que a formação bruta de capital fixo não faz sentido sem o que lhe vem sempre associado: o emprego sustentável de mais ou menos pessoas (conforme muitos factores que era bom enumerar antes de se dizerem disparates, os custos laborais não são o único factor a considerar).
Haverá por aí quem admire os espertalhaços da Enron? Infelizmente acho que há.


sábado, julho 07, 2007

Porcalândia: o governo dos lobbies com baba

Lobbies do Governo da Porcalândia:
-o sector "empresarial" todo que se baba pelo paraíso da flexi-insegurança.
-sectores empresariais vários que se babam pelos subsídios da união europeia.
-sectores empresariais vários que se babam pelos domínios exclusivos do Estado para as abébias da concessão exclusiva.
-sectores empresariais vários que se babam pelo espaço resultante da retirada do Estado da sua função social na saúde e na educação.
-empresários que se babam pela sacrossanta declaração de "interesse público" para poderem rebentar com o que resta de território protegido.
-capitalistas puros que se babam pela bolsa-casino e off-shores associados.
-amigalhaços de lides partidárias que se babam pela manutenção dos tachos resultantes do assalto do Partido ao aparelho de Estado, da administração central à local não esquecendo as empresas municipais, os politécnicos e institutos públicos vários.

Os governados que se insurgem são apelidados de lobbies, corporações, grupos de pressão, grupos de interesses corporativos, forças de bloqueio, obstáculos ao desenvolvimento- pelos jornalistas-cães-de-fila da propaganda à la Goebbels do Partido Único do Governo da Porcalândia.

sexta-feira, junho 15, 2007

Aviso à canalhada prepotente

Nunca como agora o cidadão esteve mais desprotegido contra a prepotência, agora é que é bom mandar: com a TV, a publicidade e o marketing é outra coisa, o Salazar não tinha era TV, se tivesse nem precisava de polícia- pensam os tiranetes com os seus botões- os ditadorzecos - esses que mandam um pouco por todo o lado- não, não estou a atacar qualquer membro do governo mas cada qual que enfie a carapuça que melhor lhe convier .
Julgais mesmo que agora é que é bom mandar? Por quanto tempo?
Porcos medíocres, muitas das vossas várias vítimas ainda vivem e bem mais felizes do que vocês alguma vez serão capazes de ser e continuam a pensar, ou seja continuam vivas (apesar de vocês), falam com muita gente e têm memória.
Prepotentes cretinos, medíocres tiranetes, canalhada invejosa em posição de prejudicar terceiros: não esqueçam nunca este facto.
Enganai-vos quanto a Salazar. O ditador tinha razão quanto aos verdadeiros opositores de um regime: tereis sempre que os encerrar nas masmorras ou afinfar-lhes um tiro na nuca em plena rua, para os calar definitivamente, para não terdes, mais tarde ou mais cedo, de os encarar de frente .
E os vossos verdadeiros opositores são, antes de mais, a nobreza de carácter, a honestidade, a inteligência, a excelência -no sentido de exigência de rigor e qualidade, a excelência cuja demanda fingem ser o vosso supremo objectivo e a qual temeis mais do que tudo o resto já que sabeis que por ela serieis depostos de uma penada .
Quantos papalvos e por quanto tempo pensais poder enganar com a vossa retórica oca?

Disclaimer (agora tem que se fazer uma coisa assim parecida, aprendi no portugalprofundo mas a minha é diferente).
Tudo isto que acima escrevi, claro, me quer parecer no meu mundo ficcionado, não quer dizer que se refira a Portugal. Nem mesmo se confirma que o dono do IP se reveja neste conteúdo. Estamos no domínio da literatura, único lugar onde podemos ainda ter liberdade de expressão de opinião quanto a figuras públicas no poder.

sexta-feira, maio 04, 2007

Antena aberta: o povo (do PSD ) está... com o Carmona

E é assim, muitos cidadãos colocam-se do lado dos arguidos e dos que intrujam, o que é necessário é fazer a pose de vítima... será porque algures no tempo esses cidadãos já se venderam uma ou duas vezes por muito menos?
E telefonam a dizer mal do cônsul Marques Mendes. Eu acho que fez muitíssimo bem.
Resta a saber se não acontecerá como com os outros trapaceiros que continuam na boa; apresentaram-se ao povo e o povo apoiou-os e elegeu-os como apoia em certos sítios a morte do touro na praça e todos acatam as decisões e tradições do povo, e como a trapaça já é logotipo nacional, os trapaceiros riem-se a bom rir e continuam pondo e dispondo nas quintas municipais ou regionais onde mandam como se fossem as suas roças. Não é para admirar que tudo vá continuar assim, neste cantinho onde os tíbios, os eunucos, os chicos espertos, os alvares da contemplação de si próprios e os da contemplação da bola são, infelizmente, a maioria...
E claro ninguém acha bem a denúncia, mas dá jeito sempre a alguns vilões que alguém o faça quando o fartar vilanagem já não dá para dividir por todos os candidatos ao festim.
Meus senhores, um pouco mais de pudor!
Os que se não venderam, e denunciaram a marosca, que denunciaram a nojice, a porcaria, a chafurdice dos porcos na pocilga são heróis, são pessoas com ética. Felizmente ainda as há.

Necessário é que a esperteza chica(ou o chico espertismo) seja renomeada(o)- a esperteza chica é a imbecilidade alvar do porco obeso que mistura a merda com a comida e se deita na malga rebolando-se e pensando: assim os outros afastam-se e fica muito mais para mim...que esperto que eu sou, só quem tem unhas é que toca guitarra...

Nojo deste país onde mandam os chicos porcos alvares ( e algumas chicas porcas alvares também, infelizmente) com a mania que são espertos/as! Náusea imensa!!!


Disclaimer ( não tenho tempo para responder nos tribunais sumários do regime do regime facho- socialista. Tenho medo pois)
Tudo isto que acima escrevi, claro, me quer parecer no meu mundo ficcionado, não quer dizer que se refira a Portugal. Nem mesmo se confirma que o dono do IP se reveja neste conteúdo. Estamos no domínio da literatura, único lugar onde podemos ainda ter liberdade de expressão de opinião quanto a figuras públicas no poder.

quinta-feira, maio 03, 2007

Paulo Macedo, a nomenclatura e a tecnoestrutura

Claro que o Macedo é bom: resultados provados, mas ele e os executivos de bancos serão só 50 vezes melhores funcionários que os simples atendedores de chamadas pagos ao salário mínimo?
E todos os da nomenclatura e da tecnoestrutura privada e pública, em coro, dizem: os salários estão altos demais. Pois com pre-distribuição de lucros à nomenclatura ou tecnoestrutura através dos salários principescos, a entrarem como despesas, e portanto, a descontar nos lucros que serão encaixados pelos mesmos pelas mais variadas maneiras a evitar o fisco, a tecnoestrutura vai dizendo que é preciso flexibilidade do mercado de trabalho e salários baixos: é que os lucros dos bancos estão pelas ruas da amargura, as dificuldades são muitas, pobrezitos... E, claro, somando tudo tudinho eles são 1000 vezes melhores que os tais contratados à semana, sobretudo a arranjar maneira de encaixar para eles o esforço de muitos. Os míseros contratados têm que agradecer a esmola do emprego e rezar de joelhos perante o CRIADOR de empregos... o mesmo que preferia contratar ao dia mas é impedido pelo raio da rigidez do mercado de trabalho.
Paulo Macedo é bom a cobrar, sabe de fisco e de esquecimentos, sabe bem, por experiência própria, como é preciso lembrar os contribuintes das suas obrigações...

terça-feira, maio 01, 2007

César das Neves no seu melhor

César das Neves, o tal da designação de gafanhotos aos funcionários públicos, continua numa de eco ao Governo, e escreve coisas e coisas no DN (30 de Abril) sobre... os salários em Portugal, muito altos, diz ele, e dá umas voltas e cambalhotas: são os imigrantes que ficam com os empregos mauzinhos. Na demonstração põe até dois números: 232 mil e 170 mil, os desempregados e os empregos criados. Portanto, concluo eu: os 232 mil são todos Portugueses marotos que por tão pouco não trabalham e os 170 mil empregos criados são todos mal pagos e apanhados pelos imigrantes. Maravilha ou não fosse a Economia uma ciência... Help! Pelo menos há um aspecto positivo, os imigrantes ficaram bem na fotografia, como dando exemplo a todos nós: trabalhar no duro é que é, pagamento à semana, amanhã será o que Deus quiser!
Solução para os países com desemprego, ou seja todos : tornarem-se Indias. Portanto, a India devia tornar-se ela própria porque está bem longe do pleno emprego. Mas há um petit problème: e se todos se tornarem Indias ou Chinas, quem consegue o tal pleno emprego? Quem se tornar Nigéria, Níger, Burkina Faso, países que serão então os focos de atracção das deslocalizações devido aos baixos custos salariais? Diz ainda o brilhante e independente autor que salários altos só com produtividade alta. Pois, por isso os imigrantes deveriam ter salários altos, diz-se que são muito produtivos... pois, claro, mas imigrantes, é bom ter alguns no desemprego a pressionar os salários para baixo que com esta falta de mão de obra portuguesa (que não quer trabalhar por tuta e meia) os salários têm tendência à alta... isto não diz, mas pensa.
Pensam assim as baratas rastejantes que, em tempo de inundações, usam como jangadas as costas de outras baratas no desespero de se não afundarem: salve-se quem puder que eu já me safei! O que é o mesmo que dizer: a baratinha de baixo ia morrer na mesma, ao menos que seja útil à barata de cima. Lógica inabalável como todo o artigo de JCN.
Se fosse só César das Neves estaríamos bem...mas Constâncio não esperava eu que assim pensasse também; claro que o fará com argumentos mais sólidos, imagino, pois não li o relatoriozinho ainda, mas a mensagem é a mesma...

terça-feira, abril 10, 2007

Então nem uma aspiradela em casa própria pela Páscoa?

Conviria ter feito a limpeza da Páscoa em casa, antes de a fazer na casa alheia, mas calculo que não tenha tido vagar. Senhor ministro da Ciência, era bom dar uma aspiradela (pelo menos) em casa própria, a começar pelos politécnicos, ficava-lhe muitíssimo bem. E era bom para o ensino superior e para a tão propalada cultura de exigência e de prestação de contas pela gestão da coisa pública, se fossem uns tantos presidentes devidamente demitidos e responsabilizados pelo que têm andado a fazer (na maior das tranquilidades, diga-se de passagem) com concursos de contratações e promoções de pessoal docente e não docente... para não falar nos concursinhos das obras para construção de edifícios e das concomitantes vivendas e enriquecimentos estranhos...
Promete e promete e diz que vai adquirir melhor equipamento de limpeza, acho muito bem, que as auditorias deixam muito a desejar: parecem os aspiradores quando estão de saco cheio, não aspiram quase nada. Mas não precisa de esperar pelos novos equipamentos, há que esvaziar os saquinhos, fechar a entrada de ar e vai ver o que um aspirador antigo pode ainda fazer...

domingo, abril 01, 2007

Toponímia global

No âmbito da discussão pública aberta pelo governo com o objectivo, entre outros , de proporcionar negócio às empresas (adequadas e devidamente escolhidas) que irão fazer os novos cartazes e as novas placas toponímicas, aqui estão algumas sugestões para as terras allgarvias:

Boliqueime=Ball&burns
Sagres=Guinness? Samuel Smith? Budweiser? (não consigo decidir qual a mais adequada)
Guadiana=Guade&Anna
Faro= Dogsbestsense
Quarteira=Pint-of-anything ou Pint-of-u-name-it ou Pint-of-fuck'in-beer
Portimão=Port&hand
Lagos=Lakes
Tavira=Taturn
Monchique=Chicmount
Albufeira=Allbizmarket

Ainda estão a ser recolhidas outras soluções, não deixem de participar na consulta popular. Se for um sucesso no Allgarve, a experiência da nova nomenclatura pode ser estendida a todo o país.

segunda-feira, março 26, 2007

Concurso televisivo de sentimentos portugueses

E o sentimento português mais






perfeito, perfeito, perfeito, perfeito é:



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jo ódio mesquinho, cretino e ignorante com sabor a morangos!



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URRA! BUÉ DE CURTIÇÃO!



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Sugere-se, em baixo,um modelo de taça a ser esculpida em ouro, para ser entregue ao vencedor , ou seja, a Salazar, figura simbólica daqueles sentimentos actuais, eleita ontem pelos "tele-espectadores" (a entrega do troféu deve ser feita em cerimónia própria com pompa e circunstância, a agendar pela RTP).

Usem-se para a escultura, pelos menos, três lingotes de ouro do nosso Tesouro, do ouro roubado pelos nazis aos judeus, com carimbo dos anos quarenta da lavandaria, perdão, da banca suíça, ouro com o qual a Alemanha de Hitler pagava (via Suíça) a Portugal no comércio desonroso que Salazar acarinhou, naquele período. Sempre são menos três lingotes a pesar-nos na consciência colectiva, talvez valham os trinta dinheiros bíblicos. Ele que o derreta no inferno onde deve estar, talvez consiga arranjar uns descontos na dívida séria que tem.



O TROFÉU DEVE ASSEMELHAR-SE A ESTA OBRA:

Escultura de John Isaacs ("Let´s dance")

sexta-feira, março 23, 2007

Privatizem tudo, em 2008, défice zero, superavite mesmo

Sonhos deles, dos responsáveis governantes ou governamentalizáveis (esta é nova):

Pôr tudo privado, vender tudo em hasta pública, tudinho.
Vantagens para além do excedente no orçamento?
-Acabando o direito e o financiamento públicos a subjazer ao funcionamento das escolas, o mercado se encarregará a prazo de mostrar quem vale mais de entre elas (escolinhas que passarão todas a competir pelo dinheirinho dos pápás que o têm).
-Será o direito do trabalho (há que rever este, claro está, ainda é muito "rígido") e direito civil (e obviamente criminal) a dirimir conflitos laborais e outros.
-Limpidez na acção sindical: os que mandam são os patrões, os outros, os trabalhadores.
-Afastamento dos professores críticos com uma penada, sem código do processo administrativo a complicar nem processos disciplinares morosos. Flexibilidade, portanto!
-Resolução definitiva do problema do grande insucesso escolar, já que a maioria dos que não têm capital cultural em casa não têm também poder económico para pagar as propinas. ´
-O exército de reserva dos professores encarregar-se-á de manter os salários baixos e as propinas acessíveis aos tais papás que têm dinheiro mas preferem sempre não pagar muito.

quarta-feira, março 21, 2007

O dia da árvore e homenagem a um funcionário público

Problema dos fogos? Fácil para este governo, arrancam-se árvores sempre que se possa, obviamente dentro do melhor interesse público, faz-se um balanço do fogo ( o fogo permanente a que assistimos durante três meses, o fogo registado pelo satélite à vista desarmada) dizendo que não, não foi assim tão mau, diz-se que a área de floresta é a mesma, chama-se floresta ao mato, pinhal aos campos queimados de onde brotam em explosão os novos pinheirinhos (é verdade, eles regeneram sem nada termos que fazer) e diz-se que o eucaliptal não recuou e nada se faz para a prevenção, anunciam-se uns corta-fogos, entregam-se uns jipes e prontos.
Pois, o eucaliptal não recuou, haverá sempre mais e mais, não nos mesmos sítios, claro, não na terra de onde já só brotam rebentos raquíticos após o terceiro ou quarto cortes e que as celuloses já não adubam deixando o terreno descarnado e estéril. O eucaliptal, entretanto, expande para onde ardeu pinhal, expande para onde puder... Este governo é o governo que sempre as celuloses gostariam de ter... o governo que decretou que os proprietários são obrigados a "limpar" as florestas, ameaçando apresentar-lhes a factura em casa. Calculo que entretanto muitos deles, só com o medo dos fogos ou de receberem a conta, terão já vendido ou arrendado os terrenos a quem sempre os cobiçou: as celuloses. Quem duvida de tudo isto verifique onde ardeu o pinhal, que espécie se plantou a seguir, onde ardeu o eucaliptal, que eucaliptal ardeu , em que fase da exploração estava, seria um estudo útil, seria reportagem interessante se ainda houvesse (se alguma vez houve é discutível, mas alguns jornalistas tentaram-no, tendo as consequências de prever nas respectivas carreiras) se houvesse, dizia eu, jornalismo de investigação em Portugal. Celuloses, grupos de turismo e construtores, presidentes de câmara possivelmente, quantos foram alvo de investigação relacionada com os fogos? Quem na polícia se atreveu a seguir o rasto do dinheiro... as pistas deixadas por aqueles que têm a ganhar, e muito, com os fogos? Estes que mandam no governo e que se dizem socialistas, com "determinação" entregam aos interesses do poder económico sem escrúpulos quase toda a área florestável do país, estrangulando os proprietários com ameaças de facturas de “limpezas” e deixando na completa impunidade os mãos de ferro daqueles interesses, deixando-os à vontade, chamando-os "pirómanos" (maluquinhos, portanto, e sempre os haverá, nada a fazer) para não terem que pôr a polícia judiciária a investigar.


Aqui fica a homenagem a Cecílio Gomes da Silva, nascido neste dia da árvore, neste primeiro dia de primavera, em 1923, na ilha da laurissilva, saído deste mundo no Outono de 2005, engenheiro silvicultor da Direcção Geral das Florestas, para quem trabalhou toda uma vida. Técnico excelente, conhecedor do país real (do Portugal profundo como eles agora dizem), das suas espécies e das aptidões dos terrenos, sabendo a dimensão real do território pela sua passada, evitando os gabinetes e as suas politiquices e tricas, autor do primeiro mapa de sensibilidade aos fogos do país (hoje actualizado e digitalizado com os meios tecnológicos modernos mas mantendo a sua bateria de indicadores), entregou toda a vida à floresta, honrou a sua profissão de silvicultor e de funcionário público, nunca se vendendo a ninguém. Depois do 25 de Abril, embora não tivesse qualquer experiência sindicalista, a sua honestidade e frontalidade levou a que fosse esmagadoramente eleito como delegado sindical nos serviços florestais.

Lutou sempre que lhe foi possível contra as negociatas dos lobbies que assolavam a Direcção Geral de Florestas . Deixou este mundo em 2005, não assistindo ao que parece estar a ser a vitória definitiva dos interesses que, sempre que teve voz, com frontalidade denunciou. Possivelmente adivinhou essa vitória.
Deixou claro em artigos e conversas que a "talhadia de eucalipto não é floresta", é negócio não sustentável que destrói o fundo de fertilidade do terreno. Era límpido quando nos dizia que não se deve falar de "limpeza" mas de ordenação da floresta, que a "intervenção deve ser cuidadosa e respeitar o ecossistema, pois o mato não é lixo, lixo são frigoríficos, plásticos e preservativos no pinhal, o mato é sub-bosque, faz parte da floresta, transforma-se em manta morta que é o alimento das árvores"-explicava.
Defendia a plantação de espécies autóctones menos combustíveis como o carvalho e o sobreiro , preferia a biodiversidade à monocultura florestal; aconselhava a criação de talhões tampão plantados com espécies pouco combustíveis como alternativa aos "corta fogos" rasos que os americanos defendem.
Considerava o pinhal uma floresta , enquanto via na "talhadia de eucalipto" (recusava-se a chamar-lhe floresta) o caminho mais rápido para a desertificação e para o esvaimento do solo até à rocha mãe. "Florestas de eucalipto existem na Austrália, onde as árvores crescem sem que as cortem ainda jovens, florestas completas, onde há também coalas" - dizia. Tinha forte sentido de humor, gracejando frequentemente e às vezes o seu humor era acutilante; possuía uma enorme capacidade de trabalho e uma energia inesgotável.
Orientou tirocínios, actividade que no fim da vida profissional muito prazer lhe dava, tendo sido muito prezado pelos seus tirocinantes. Espero que tudo o que ensinou aos seus jovens colegas tenha frutificado um pouco por todo o lado. Essa é a grande esperança, que não se tenham vendido.

Foi parte do muito que com ele aprendi que me inspira directamente o que hoje escrevi. Não tendo a mesma profissão, aqui ressalvo que serão inteiramente minhas eventuais incorrecções (de cariz científico) na reprodução do seu pensamento.

Aqui fica registado o meu respeito profundo por meu pai e também a minha saudade imensa.

quarta-feira, março 14, 2007

Desafio aos realizadores de filmes

Títulos de filmes:

"O assalto ao ministério da educação" (claro que nos referimos à tomada de posições de decisão pelos senhores "istos" que hoje ditam "postas de pescada").
"O assalto aos politécnicos " (claro que me me refiro à tomada dos lugarzinhos de poder pelos senhores "coisos", grande parte deles do PS, se não todos, que hoje reinam no mais perfeito clientelismo e nepotismo*. O filme deve incluir cenas sobre a forma como um deles foi catapultado para o governo para dar cabo do que resta de qualidade no sistema educativo não superior.)


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Pois, meus senhores, autofinanciem-se e metam nos politécnicos a mediocridade que vos apetecer, o mercado acabará por vos aplicar o correctivo. Acho que começo a gostar imenso da ideia do autofinanciamento no ensino superior. De facto, autonomia sem autofinanciamento, dá nisto que se passa em Leiria, por exemplo, na mascarada da democracia, no regime interno de terror e repressão dos que se atrevem a ter diferente opinião, na depressão da qualidade em favor da fidelidade canina, sem ofensa para os cães, na concentração de esforços na imagem e no marketing, já que há dinheiro dos impostos para gastar à vontade, dinheiro a desbaratar sem qualquer pudor para ir cair nos bolsos das empresas de publicidade dos amigos !!!!!!!

*Nota: admito, claro que não são todos mas muitos, demais...






Disclaimer
Tudo isto que acima escrevi, claro, me quer parecer no meu mundo ficcionado, não quer dizer que se refira a Portugal. Nem mesmo se confirma que o dono do IP se reveja neste conteúdo. Estamos no domínio da literatura, único lugar onde podemos ainda ter liberdade de expressão de opinião quanto a figuras públicas no poder.

sexta-feira, março 02, 2007

O pá , tá-se bem



desblindas ou não? eu cá desblindo ................... eu cá ainda não sei

Está-se tão bem assim, não desblindo