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quinta-feira, julho 12, 2007

Empresário?

Belmiro sobre a bolsa e a economia de casino: gostei, falou bem! Parafraseando:
-O empresário Berardo? Eu sei que eu sou empresário.
Há uma coisa em defesa deste empresário Eng. Belmiro: emprega gente, paga mal, mas paga a horas. Sobretudo reinveste. É sovina, dizem. Mas reinveste*. Esperemos que continue a fazê-lo sobretudo no país.

*Por investimento entendo formação bruta de capital fixo e não aquilo a que chamam investimento financeiro. É que a formação bruta de capital fixo não faz sentido sem o que lhe vem sempre associado: o emprego sustentável de mais ou menos pessoas (conforme muitos factores que era bom enumerar antes de se dizerem disparates, os custos laborais não são o único factor a considerar).
Haverá por aí quem admire os espertalhaços da Enron? Infelizmente acho que há.


sexta-feira, março 09, 2007

Direitos adquiridos?

"Mudar a constituição ? Eu cá não preciso, vocês (referindo-se ao Estado) é que têm esse problema, eu não" - estou a parafrasear Belmiro de Azevedo num programa de televisão, aqui há alguns meses.
Esta frase diz tudo sobre o que se está a passar neste país. O problema dos direitos adquiridos era esse o problema de que falava o empresário, aliás muito na mesma onda com o responsável do governo que já não sei quem era nem interessa, pois se calhar era mesmo Teixeira dos Santos ou alguém a seu mando.
Agora acham que descobriram finalmente como fazer para se livrarem de 75000 funcionários públicos, os tais parias ou "gafanhotos" (como lhes chamou o doutíssimo César das Neves) sem ser preciso tocar na constituição.
Também é interessante notar como a constituição não incomoda nada os empresários portugueses, pode ser até muito positivo, mas que dá que pensar, dá!
E mais não digo, vou ali fazer um chá de valeriana que a erva cidreira já dá pouco efeito...

sexta-feira, março 02, 2007

O pá , tá-se bem



desblindas ou não? eu cá desblindo ................... eu cá ainda não sei

Está-se tão bem assim, não desblindo

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

OPAs e birras

Posted by Picasa

E como tencionam financiar a birra? Aumentando o monstrinho do telefone fixo?
Há muita gentinha já a querer vender mas 11,5 parece ser só o preço virtual, calculo eu, já que as acções PT descem.
Interessantíssimo ver os tubarões a abocanharem-se pela presa. Mas o sangue a verter é o da presa...

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Má-fé e falta de inteligência

Diz ele, o Pinho, e que queria dizer outra coisa que não explicou. Genial, de facto, o nosso ministro da economia, a gafe da mão-de-obra barata (para durar) como vantagem competitiva de um país do espaço euro, mais o comentário aos comentários, insultando as pessoas, ficam na sua antologia pessoal que já vai tendo alguma dimensão...
São (calculo eu) à volta de 80 os senhores (senhoras não vi muitas, é esmagadora a mancha dos fatos negros e cinzentos, mas talvez por isso não seja possível vê-las) viajando à custa do contribuinte . Alguns mesmo com responsabilidades, digamos assim, elevadas, claramente não se deram ao trabalho de preparar condignamente a viagem, e tendo alguns descoberto in loco (fez-se luz nalguns espíritos ... mas só depois de terem visto as avenidas de Pequim e Xangai...) que afinal a galinha dos ovos de ouro está a leste, com a euforia da descoberta brilhante improvisaram alegremente pondo a descoberto a superficialidade dos seus conhecimentos sobre a economia global que gostam tanto de mencionar nos seus discursos... Pequenos e ridículos...
É lamentável: era, apesar de tudo, uma visita de Estado, ou não? Seria apenas mais um safari?
Enfim, o cantinho no seu melhor, em viagem de reedição das descobertas, o que nos safa é que ninguém nos leva muito a sério...

sábado, janeiro 13, 2007

Inquietações várias para 2007

Pois... Já calculava que a EDP iria causar perplexidades não apenas no meu cérebro. Afinal é o contribuinte que paga a diferença entre o custo real e o preço de venda.E pagará duas vezes: na continha que vai sendo actualizada e nos impostos. Entretanto a EDP alegremente encaixa os lucros da operação anti-concorrencial.
Como resposta às interrogações da Comissão, temos a indiferença total e arrogante do menino porta-voz do governo. De onde lhes virá tanta displicência para não dizer arrogância? Talvez lhes venha do mesmo ente antes citado: o contribuinte que deu a maioria a este conjunto de iluminados.
Quanto a Paulo Macedo: deixem lá o homem e vigiem o trabalho desenvolvido em E.P.s e Institutos públicos vários por directores cujo trabalho é medíocre,demitam-nos ou reduzam-lhes os pagamentos e privilégios, libertem-se de assessores redundantes e, nos postos estratégicos, aluguem por bom preço (se tiver que ser) os bons mercenários cuja acção tem os holofotes em cima... O contribuinte aceitará o regime de excepção, desde que saiba que o contrato fica a depender da consecução de objectivos concretos.
Entretanto vindo do chão, um tremor já se sente, uma agitação frenética e quase secreta: não ouvem o rumor surdo das térmitas? A agitação de presidentes disto e daquilo a tentar manter o tacho e o inerente taco?
Agora mudam-se os estatutos dos politécnicos: será para garantir a democracia ou para assegurar a eternização no poder das cliques instaladas?

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Os doutores do piquete de avarias da PT

Avaria? Suas excelências do piquete parece que trabalham só das 9h às 13h e das 14h às 18h. São uns doutores, turnos nocturnos nem pensar. Espero que a OPA aconteça depressa, que o novo patrão lhes ensine o que é um serviço (público pois não há outro) de telecomunicações. De facto, infelizmente, a precarização terá frutos imediatos com gente que só sabe trabalhar assim: o monopólio tem permitido aos gestores borrifarem-se para o cliente que só tem como alternativa a comunicação móvel de impulso caríssimo, ou seja, a única alternativa é largar o fixo e comunicar o menos possível no móvel. Os meninos da arraia miúda que lá trabalham vão mamando de privilégios que pelo menos na EDP não existem, as equipas técnicas das avarias trabalham 24h.
Os 70 directores que lá estavam a mais chupavam o valor das horas mais caras do turno da noite? Mas eles agora não estão lá , os 70 claro. Ou será que os mandaram embora
para lhes poderem pagar indemnizações (encaixando salários futuros ) antes que se faça tarde?...

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Bons gestores e parecenças

Descobriram o filão: basta parecer bom gestor, não é preciso sê-lo, basta contratar marketeers que consigam fazer passar a ideia. Os tais gestores vão entretando mantendo o tacho, enquanto as campanhazinhas vão pesando nas continhas, com anúncios, logotipos , entrevistas, eventos vários . O que é certo é que eles até se vão parecendo fisicamente uns com os outros, esta camada de bons gestores, não tendo que prestar contas nunca, encaixando lucros que nunca se realizarão ou que realizarão por endividamento: lucros com endividamento corrente acumulando-se e crescendo é algo que faz lembrar the crooked E, a Enron de má memória. Como então, expliquem-me, por favor, se dá o caso da EDP apresentar lucros muito consideráveis ao mesmo tempo de que se fala de uma enorme factura a pagar? Como ? Que engenharia financeira consegue explicar isto como boa gestão??? Será porque a dívida pagaremos nós à força ou tiram-nos a luz? Venderam à fartazana, encaixaram lucros e afinal os lucros deles vamos nós pagar porque fomos nós que comprámos abaixo do preço. Afinal como é, se um dos hipermercados estiver a vender abaixo de custo, poderá encaixar lucros que não existem? Endividam-se e depois, através das nossas contas bancárias com que pagámos as comprinhas, obrigam-nos a pagar a diferença? Afinal fomos nós que comemos as mercearias, portanto hoje ou amanhã, lá vão à nossa continha ou pagamos ou nenhum super nos fornece, cortam-nos a luz também. É menos complicado do que parece, é uma questão de organização, os operadores das mercearias ainda não pensaram neste maná. É só fazer-nos pagar nas novas compras, todos aceitarão uma vez que só paga quem compra mercearias, quem conseguir viver do ar não paga nada.
Bons gestores que apenas conseguem resultados à custa da precarização do trabalho de milhares de indivíduos... Será que serão bons gestores só porque se parecem cada vez mais uns com os outros e se convenceram uns aos outros de que o são, fazendo todos a mesma pose de empresários de sucesso, tentando imitar os tiques dos C.E.O.s das multinacionais grandiosas (não esquecer que a Enron era uma delas) , subcontratando tudo por todo o lado, começando pelas empresas dos amigos, está bem de ver, como se tivessem descoberto a pólvora e chamando a esta operação "modernização"?


Nota: A crooked E ainda mexe http://www.enron.com/corp/pdfs/10032006_Release.doc
interessante a press release de Outubro sobretudo o aviso final que transcrevo:
"CAUTIONARY STATEMENT: Certain statements contained in this press release are "forward-looking statements" within the meaning of Section 27A of the Securities Act of 1933 and Section 21E of the Securities Exchange Act of 1934, as amended. Forward-looking statements include statements concerning plans, objectives, goals, strategies, future events or performance, and other statements that are other than statements of historical facts. Forward-looking statements are based on the opinions and estimates of management at the time the statements are made and are subject to certain risks and uncertainties that could cause actual results to differ materially from those anticipated in the forward-looking statements. Important factors that could cause actual results to differ materially from those in the forward-looking statements herein include, but are not limited to, political developments affecting federal and state regulatory agencies, and developments with respect to the bankruptcy of Enron. Except as required by law, Enron does not undertake any obligation to update any forward-looking statements"

segunda-feira, novembro 20, 2006

Animais de estimação III : a banca

Pros e contras: a banca






Nós somos muitos peixinhos, não há só um no mercado, há concorrência entre nós, até há peixões estrangeiros maiores do que nós a operar no nosso rio, a culpa não é nossa se alguém sai sem um pé ou dois; são incautos , não leram os avisos, quem lhes manda ter a mania de que podem chapinhar alegremente no rio? Há mesmo quem mergulhe até ao pescoço!!! É culpa nossa se engordarmos? É a nossa natureza e temos uma função ambiental importante, limpamos o rio fazemos muita agitação na água, oxigenamo-la. Legislem, a gente depois vê o que faz! E isso de trabalharmos com as moreias é falso, é uma falácia, nós nunca saímos daqui, as moreias estão lá no mar, nós nunca nos aventuramos a lá ir! Nem sabem como sofremos todos os três meses com os biológos a estudarem-nos ao pormenor e já viram como há piranhas noutros rios que se enchem muito mais que nós? Já temos algumas piranhas a dizer que vão emigrar. Uma coisa é certa: não há piranhas sem dentes, não sobrevivem! Os banhistas que escolham, vejam por aí , deve haver alguns rios com piranhas de dentes menos pontiagudos. Informem-se!

sexta-feira, novembro 17, 2006

Política económica contraccionista

Inspirada na entrevista de Cavaco e vendo o estilo já consolidado de governação de Sócrates concluo:
Estas políticas procíclicas quando aplicadas sem um modelo subjacente sólido e claro de crescimento são apenas depressivas e deprimentes.
Quando os senhores que as promovem apenas esmagam o mais fraco dando-se a pose de grandes reformistas, apenas conseguem desmotivar, baixar o astral, irritar e revoltar todos os potenciais visados.
Quando aplicadas sob o lema "dividir para reinar" são apenas anti sociais, próprias de pessoas de má índole e apenas aumentam o nível de conflitualidade nas relações sociais, na empresa, na repartição e na rua.
Quando são aplicadas a eito e de forma obscura, sem pacto de regime com os cidadãos - o único pacto que se vislumbra existirá sob a batuta do PR entre os dois partidos que conduziram o país ao ponto em que está, não sendo portanto um pacto social - então a questão da legitimidade prefigura-se.
Quando são aplicadas sem critérios transparentes, apenas suportadas pela maioria parlamentar acrítica (aliás constituída na base de um discurso de campanha muito diferente daquele que fundamenta essas políticas actualmente) a questão da legitimidade pode configurar-se mesmo e portanto a eficácia da propaganda irá progressivamente diminuir.
Nunca passará pela cabeça desses senhores que os modelos bem sucedidos de crescimento passaram por acordos alargados, por pactos sociais?

(enviado ao Público para publicação)

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

"Gostei, pois claro"

Pois, também, impulsivamente talvez, aplaudi a operação, inesperada, ribombante, dramática, orgulhosa, deixando desconfortavelmente debaixo dos holofotes alguns dos tais gestores "excelentes" muitíssimo bem pagos (calculo eu, claro, até pode ser que não...coitados) instalados nos lugarzinhos com "bons resultados de gestão" assegurados por todos nós, pelo menos os "nós", de nós, que pagam impostos e pagam contas e não sabem roubar sinal, resultados garantidos à sombra da nossa continha mensal, com monstrinho, pois claro, amparados também pelo OGE, se for necessário cobrir um ou outro "buraquito". Quanto ao buraco, dá que pensar... Como é que foi? Terá sido por aqueles (ou outros antes deles) terem encaixado nos bolsinhos (sob a forma de pensões douradas, por exemplo) os lucros futuros? quem saberá... Enfim, não temos dados para afirmar nada mas irrita muito saber que aquela possibilidade existe, sobretudo porque uma vez ali instalados não terão que prestar contas a ninguém pois as nomeações são, antes de mais, contratos de vassalagem política com quem lá os pôs ... pois, claro, há o relatório anual, esse tem que se fazer... claro...só pessoas muito mal intencionadas podem ter destas desconfianças... De qualquer modo, quanto àquelas hipotéticas manobras (que, insisto, podem ser mesmo meramente hipotéticas) temos agora a certeza de que ficarão bem mais dificultadas uma vez que, de repente, todos querem saber mais sobre a tal empresa... Entretanto, haverá outras empresas parecidas que, pelo sim pelo não, estarão já a pôr trancas à porta, antecipando ou adiando manobras... é pena, mas só um Gates as comprava todas de uma vez...
Gostei, pois claro que gostei!
Gostei... e no entanto... (lá vem o velho do Restelo que há sempre em nós) talvez estejamos a assistir a algo que não será muito mais do que podemos ver num episódio de um dos dois (ou três) canais televisivos do cabo dedicados à Natureza e que têm uma inexplicável predilecção pelos predadores e pelas máquinas de guerra. Pode ser apenas mais um episódio sobre a agressividade entre tubarões de espécies diferentes , meras questões de territorialidade. De qualquer modo, interessante...
Menos interessante talvez tem sido ver jornalistas, economistas e comentadores bajulando o rei do oceano. Fazem lembrar aqueles peixinhos que estão sempre agarradinhos às costas dos tais grandes predadores de dentição invejável (e ninguém negará a estes essa qualidade). Pensam os tais peixinhos e alguns dizem mesmo: "O que estará ele a pensar? Será que se vai fartar das nossas ventosas? Mas ele tem que compreender, o outro assunto dos desenhos está a esgotar, apesar das novas fotografias publicadas, o pessoal está a ficar enjoado do assunto, como está a ficar farto de ouvir dizer mal dos professores e dos funcionários públicos e a cerimónia de rendição (em Belém, claro, ...) é só lá para Março, temos que aproveitar o filãozinho da finança rocambolesca, é o nosso trabalho, os outros fazem e nós comentamos (e analisamos cientificamente, no caso dos economistas, claro), é disto que vivemos, é a nossa natureza, é o nosso dever"....
Enfim, a vida no mar no seu melhor...
Pois, eles.... e nós ( os outros?)... compramos acções do homem, pelo sim pelo não...compramos também mais da tal empresa, nunca se sabe... ou vendemos. A vender, se calhar é agora a altura... a quem? ... ao homem, pois claro!
Aliás, diga-se em abono da justiça e da auto-estima portuguesa: nós somos, de facto, bons a ver a coisa, quando nos cheira a dinheirinho fácil (e ainda há quem duvide do nosso jeito para o negócio). Como não sabíamos bem qual o nosso papel e opinião (problema que nos acontece recorrentemente) em relação à recente (ia dizer escaramuça mas tem uma sonoridade duvidosa, terei que ver primeiro de onde vem esta palavra, não vá ofender alguém) , repetindo , em relação à recente polémica dos desenhinhos, descobrimos pelo menos um papel bem pragmático e moderado. Uma vez mais, e à semelhança do que fizemos noutras situações críticas, vamos servir à mesa: vamos oferecer férias seguras aos dinamarqueses, já que temos pelo menos o selo de bom comportamento passado pelo Irão... temos, de facto, vocação hoteleira, estou-me a lembrar do tal cafèzinho dos aliados nos Açores, pois é, servir à mesa está-nos no sangue... talvez até seja uma vocação afinal muito elevada ( não se ofenda quem tem mesmo que o fazer de profissão, com ou sem vocação, claro que estamos a falar em sentido figurado, arre que está a ficar difícil usar a liberdade de expressão) vocação muito elevada, dizia, de algum modo relacionada com a paz mundial, como aliás tão doutamente soubemos fazer no último conflito mundial. Que diabo ( não se ofendam, é uma força de expressão, nada tem aqui a ver com religião) se todos se encontrarem no casino, o dinheiro e o jogo também fazem esquecer desavenças...sobretudo se todos ganharem, claro (e já agora nós também)...
É assim que se sobrevive neste cantinho dos espertinhos... No entanto, pensamos: bem, não somos todos assim, eu não, tu também não, aquele talvez..aquele, de certeza.
Será que nós não?...pois ...oh , dizemos : sabes que mais? é melhor ouvir anedotas estúpidas, a vida é difícil, e isto de pensar ...faz mal à saúde!
E assim evoluímos, com soluções adaptativas notáveis na argumentação, sobretudo quando é a nossa própria consciência que nos pede contas, algo aliás que nos está a acontecer cada vez menos ...
Para concluir e para não recair na depressão, pois comecei tão bem, parece-me, assim de repente, que pode haver um efeito colateral interessante na tal operação de que estava a falar acima e que me levou a escrever este texto: é que é bem capaz de vir a sair mais cara à Castela a aquisição (pública ou não) do cantinho de que falamos... e vá-se lá saber porquê , também gostei dessa ideia...