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sexta-feira, dezembro 14, 2007

Subentendidos entre membros das cliques ou "eles vivem"


"Eles", as máfias-bases dos caciques têm um forma tácita de se entenderem todos e cooperarem todos na operação limpeza: isolar as pessoas que tenham princípios éticos ou qualidade acima da média, tirar-lhes a voz chamando-as de "radicais", "sonhadores", "críticos de bancada" (isto depois da clique ter ficado com a bola e de as ter impedido de jogar , excluindo-as até da equipa de suplentes), "perturbadores do trabalho", "trouble makers", "maus-feitios" e outros mimos parecidos. "Eles" entendem-se tão bem a verem-se livres de quem lhes possa vir a fazer sombra, de quem lhes causa ou possa vir a causar alguma obstrução aos seus projectos medíocres, ridículos, mesquinhos , provincianos...sejam eles "congressos" designados de "científicos" organizados por referees que são "eles" próprios sob o guarda-chuva de um big shot qualquer doutro país que conseguiram levar à certa (ou que gosta de vir ao sol de Portugal de vez em quando).... "mostras" disto e daquilo, feiras disto e daquilo... artiguinhos que mandam para revistinhas com referees cozinhados da forma acima indicada... E é com este tipo de "provas dadas" que faz carreira chegando depressa ao topo o professor medíocre apaniguado pelo poder no ensino superior politécnico... Por que razão não fará carreira também o professorito do secundário com a organização de eventos e artiguinhos avulsos quejandos, não mais fracos de conteúdo do que muitos dos acima indicados... quem irá avaliar isso?
O mundo é "deles" e "eles vivem"... e "eles" ganham.
Quem ainda seja pessoa, coloque os óculos e reconhecê-los-á... é que eles sabem bem quem é quem, andam alerta e não precisam de óculos.
Resista se ainda tiver forças...


Nota: para quem já se não recorde do filme de Carpenter aqui está um possível link

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Gestão do capital humano

Num país onde caciques vários (com o poder de pôr e dispor pessoas em cargos e funções) se multiplicam em todas as instituições públicas em que a "autonomia" para seleccionar e promover o pessoal se casou com o regime eleitoral , o capital humano instalado vai lentamente sofrendo transformações que se podem resumir da seguinte forma: por todo o lado, deitou-se fora o menino e ficou-se com a água do banho de muitos dias, cocktail de bactérias e limos. É um processo lento, rastejante, viscoso...infelizmente, com reflexos em todo o lado.
Nesse mesmo país há outros sistemas sem autonomia, mas desde que chegaram ao poder os iluminati apareceram soluções maravilha: inventaram-se "títulos" e implementou-se o "concurso" para seleccionar os "titulares" e obter o mesmo resultado acima referido no tempo record de 1 ano.
De facto, a náusea provoca a debandada de um certo tipo de pessoas : precisamente aquelas que o "iluminado"pretendia eliminar como "obstáculo ao desenvolvimento"...
Devia haver prémios para os inventores de procedimentos inovadores na eficácia e rapidez de processos....

quarta-feira, novembro 21, 2007

Titulares aspirantes a titulares

De acordo com o novo ECD os titulares que se queiram deslocar de escola terão que o fazer na qualidade de professores, o que é uma boa notícia, pois já tínhamos percebido que o concurso que decorreu não era coisíssima nenhuma a nível de nada que não seja fazer a avaliação dos profs da pior forma possível o mais depressa possível a ver se fogem muitos para a reforma e desimpedem o OGE... O mais giro é que vai então haver titulares aspirantes a titulares, muito em breve, pois é melhor fazer a "aspiração" a titular para o caso de se ter que mudar de escola e poder-se talvez vir a ser também titular nessa outra escolinha para lá ou para cá do Marão onde obviamente mandam os titulares que lá estão....

quarta-feira, agosto 08, 2007

Parecer do provedor: a classe na governação

-Parecer da provedoria? Não recebemos! Só lemos nos jornais.
Donde se conclui que os CTT são os culpados. De resto, cartas enviadas por professores que anteciparam o não provimento (fazendo contas) claro que os CTT as não entregaram. E não há uns recibos de registo, uns avisos de recepção? Esta desculpa pega, agora vai ser assim? Extravio de correspondência de um cidadão ainda vá que não vá, agora entre instituições do Estado? Entre a instituição de moderação e fiscalização por excelência chamada Provedoria de Justiça e um ministério? E se isto agora pega?
Solidariedade não se nota muita nos locais de trabalho agora muito esvaziados. Os veraneantes terão alguns acessos de insónia mas fora isso, nada mais, e em Setembro lá estarão todos obedientemente graxando os novos titulares e destilando raivas em cima dos putos... agora é que vão começar os problemas mais sérios dentro das salinhas...
ONDE ESTÁ A SOLIDARIEDADE? Nas antecipações de compras por via da previsão do descongelamento e da expectativa de finalmente abocanharem o vencimento correspondente ao índice do tão desejado 10º escalão... é aí que está a solidariedade....
Greves? Fizeram greve um dia e no outro estavam a substituir professores grevistas. É isto a classe e a "governante" está bem para os governados... digo eu.
Náusea e desgosto por um governo que assim faz, desprezando princípios elementares de justiça, discriminando à descarada rindo-se alvarmente dos direitos humanos e da lei constitutiva do Estado de direito e mostrando o traseiro à regras da União Europeia... é esta a classe de gente que nos governa!!!
Náusea! Nojo imenso!

quinta-feira, maio 17, 2007

Não dito na educação III

A última, que corre em zunzum: quem tem só CEFs não pode ir a comendador.
De onde surgirá este boato lindíssimo? Isso apanha alguns antigos docentes de "tecnologias" que escaparam à razia da reforma de 92 (salvo erro, acho que foi nessa altura). Mas não só. Apanha tudo quanto, como eles, foram mantendo ofertas de cursos profissionalizantes. Para escapar ao horário zero? Pois talvez tenha sido, como muitos que esfregam as mãos de contentes por terem ido, com o medo ao horário zero, para os conselhos executivos, no período certo. Alguns destes são já irreversivelmente "comendadores" no seu auto-conceito.
Será que vai haver mais um patamar? A carreira dividida em 3: os comendadores, os profs com cursos regulares e os profs com CEFs. Estamos a falar dos profs da carreira. Tudo o mais é "intocável", underdog. Assim, consegue-se mais um estatuto para escravizar pessoas com o medo à lista de excedentários.
"Só cá estás porque há PRODEP, muito juizinho", diz o chefe-comendador-executivo que, por acaso, pela lista "antiga" (já a liquidaram, a listinha da graduação dos concursos "normais"?) e mesmo pela nova (se calhar) estaria menos graduado que um dos tais que "só lá está porque existe PRODEP". Alguns desses que "só lá estão porque existe PRODEP" até deixaram para outros colegas menos graduados as cadeirinhas que tinham dos cursos "nobres" para apoiarem os CEFs (ou para não perderem mais esse combóio , como queiram), mas que ainda estariam com cursos "de primeira" se tivessem puxado dos galões da lista antiga. Uma vez que o despacho 453 permite a contratação na área tecnológica de "especialistas" externos, percebemos que alguns dos que "só lá estão porque existe PRODEP" também só lá estão porque os CE ainda não têm o poder de exonerar. Mas os CE podem já esvaziar horários de colegas, a pouco e pouco, para lá colocar um "especialista" sobrinho.
Que tal como reforço do saber tecnológico, que tal como choque tecnológico?
Que tal um governo que se prepara para dar todo o poder a estas pessoas exemplares que dizem estas "coisas" a um colega pela simples razão de que já "podem" fazê-lo ?
Que tal estes "istos" com o poder todo de decidir quem fica e quem sai?
Este filme de terror está a passar num cinema perto de si.

sábado, maio 05, 2007

"Acabar os estudos" e adistribuição de tachos

Mais um "não dito" que os sindicatos não dizem nem dirão quando têm os sectores todos juntos-básico, secundário e superior- como a Fenprof.
Esta ideia do governo de fazer voltar à escola 1,5 milhão de Portugueses é boa, MAS A DIVISÃO POR CRITÉRIO IDADES PARA DISTRIBUIR OS TACHOS entre o ensino superior e as escolas secundárias, será correcta? O que foi anunciado foi que os cidadãos com com mais de 23 vão para as universidades, os com menos para o secundário. Porquê? Falta competência nas escolas secundárias? Falta espaço? Estamos só a falar dos cursos que implicam oficinas onde, de facto, o politécnico está bem melhor equipado que as secundárias depois da liquidação do ensino industrial pelas mãos do PCP e PS? Então tá bem, pague-se a preço de ouro uma formação que podia ser mais barata. E nos outros cursos, nos de contabilidade e comerciais, de informática... ou gerais como vai ser? Perguntaram às escolas secundárias? Há muitas escolas secundárias com cursos nocturnos. Escolas onde há professores todos os anos contratados com meio horário e sem saber o que lhes acontece no ano a seguir e que abraçariam a ideia com entusiasmo. As escolas secundárias têm e contratam todos os anos professores que têm o estágio pedagógico, estágio que a maioria dos profs da universidade e do politécnico NÃO TÊM. Onde foi isto negociado? Que prometeram os sindicatos aos despedidos do superior? E quem lhes garante que o trabalhinho vai para os despedidos e não para novos contratados amigalhaços do presidente e dos seus acólitos , sabendo-se da rebaldaria que vai no ensino superior politécnico? É que nas secundárias ainda é por concurso nacional, até ver. E é delas que vai sair o grosso dos excedentários do quadro - profissionais perante os quais o Estado tem OBRIGAÇÕES.
Quanto aos milhões que vêm para a formação profissional nem é bom falar, aí estão empresas em geral e empresas de formação em particular, babando-se todas...

sábado, abril 28, 2007

ISCTE, PREC, equivalências, ministra e Huxley

E querem ver que fui colega da ministra...não me lembro nada dela, mas que andámos pelo ISCTE ao mesmo tempo, no mesmo curso, lá isso andámos, será que ia às aulas? Seria apagadinha talvez, ou então, muito dedicada à causa anarco-sindicalista não teria vagar para ir às aulas. Eu andava pelo MES mas ia às aulinhas. Enfim, nã ma lembra... Note-se que é a primeira vez que ela fala dessa época e a propósito de Sócrates. A ministra parece ter sofrido experiência semelhante à minha, interrompeu e quando voltou, népias, toca a fazer muitas cadeirinhas para acabar Sociologia . Eu também interrompi e quando voltei fui para o ISEG fazer muitas cadeirinhas e acabar Economia. Foi o PREC, pois foi, apanhei-o no meu 3º ano e lixou-me um semestre e o 4º ano. Lixou-me, quer dizer, fiz muitas cadeiras, algumas com nota de "apto", outras integradas, uma alegria. Uma cadeira chamava-se Investigação sobre controle operário sobre a produção.Claro que não equivaleu a nada no ISEG nos anos 80...Então o castigo de interromper o curso foi (e ainda bem que assim foi): toca a fazer todas as cadeirinhas do 4º e do 5º anos do ISEG e mais duas do 3º...já contei isto, estou a ficar senil, ou é um trauma e reviver traumas ajuda na cura. Isto faz-me lembrar Huxley, penso que começa assim, com o reviver de um trauma como terapia, aliás O Admirável Mundo Novo tem-me ressurgido recorrentemente na memória a propósito do Estatuto da Carreira Docente, com os Alfa, os Beta e os semi-abortos... um livro a reler.