quinta-feira, novembro 09, 2006

Plágio: who cares?

Mereceria um blog este assunto. É edificante assistir ao espectáculo da banalização do plágio em Portugal, primeiro a notícia ribombante, depois a pena leve, afastamento da revistinha, depois nada, e agora um livrinho de novo e qualquer dia está no público ou no sol, navegando de vento em popa. Convidada pela TV, já depois do tal episódio, teve a lata de falar de elites, das cópias da Internet no superior e no secundário e da não valorização da Ciência em Portugal.
Et pour cause

Porque me lembrei agora daquele plágio é simples: é que já anda na ribalta outra vez e isto só vem acrescentar à inutilidade de qualquer cruzada no sentido de preservar a qualidade científica em Portugal. O necessário é fazer currículo com lixo publicado, copiado ou parafraseado sem referência ao autor. Uma pessoa pode distrair-se e não cortar as partes ipsis verbis...as outras parafraseadas podem ficar sem referência ao pensador original, isso agora não interessa nada, coisa sem importância nenhuma...*
Palavras para quê, é uma catedrática portuguesa...

Na época da cultura light, zipped & zapped, WHO CARES?
Garbish to garbish, shit to shit...
farewell old Science... hello junk "science"!
*Estou a parafrasear Clara Pinto Correia, ou aquilo que a imprensa disse que ela disse, à excepção da expressão "isso agora não interessa nada" que, como sabemos, é de Teresa Guilherme

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois é... essa de roubar à descarada o pensamento alheio e fazê-lo seu é muito próprio das Mónicas deste mundo (vide texto de Sophia de Mello Breyner Andresen com este nome na net)- e cada vez as há mais. É assim que vemos frangas de pescoço pelado a pavanearem-se por aí enfeitadas com penas arrancadas a pássaros do "novo mundo". Não fazem o mesmo às águias, que as há cá, porque felizmente voam demasiado alto. PARAFRASEAR SEM REFERIR O PENSADOR ORIGINAL É UM MAIS QUE ORDINÁRIO E INDECENTE PLÁGIO.É REPUGNANTE E VIL.