sexta-feira, novembro 10, 2006

E o Estado parou?

Somos assim, a tibieza, o medo e a pequenez está-nos no sangue... Hoje, agora, a oportunidade de mostrar a todos que o Estado é necessário... e, no entanto, muitos, diligentemente, comparecem ao servicinho. Alguns, na educação sobretudo, esperando que os blocos estejam fechados com a greve dos funcionários, assim não se trabalha na mesma e não se desconta no salário. Somos assim também. Os mesmos que estão indignados (e com razão) são capazes de assim fazer. E quem manda sabe disto por experiência própria, porque assim também já fez, porque já torneou obstáculos oportunisticamente, podendo agora fazer discursos demagógicos, sem problema, estão também a arranjar maneira de se manterem no poder, não interessa como, não interessa o seu currículo anterior, que interessa isso? A ética já foi... já não é necessária, até porque a ética não é rentável portanto esmaga-se já. A ética há muito foi considerada excedentária por quem dirige o Estado e obviamente o sector privado não está disposto a absorvê-la já que dela não precisa. Honra seja feita, no entanto, aos muitos funcionários que apesar de tudo e muitas vezes prejudicando-se na sua carreira sempre a honraram e aos empresários que ainda a honram, poucos, como imagino, e pouco rentáveis, calculo também, já que têm de competir num ambiente de sacanice e oportunismo desenfreados!

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