quarta-feira, julho 25, 2007

Medo? Que ideia!

Alegre diz que sim, Almeida Santos diz que não. Cabe a cada um verificar em quem prefere confiar.
O arquivamento do processo Charrua é típico deste governo, um caso mediático muito incómodo, por isso cede aqui, mas aperta ali, onde não se vê. A senhora que dirige a DREN continua de pedra e cal orientando a casa com bufaria e prepotência. Jerónimo de Sousa é, já sabíamos, pelo tudo ou nada, quer o governo todo abaixo. Eu prefiro separar o trigo do joio. Quem gere mal deve ser substituído. Aliás, na legislatura da obsessão pela avaliação do mérito (vou fingir aqui que acredito que eles acreditam nisto, só para efeitos de raciocínio) pergunto eu: quem avalia esses chefes? Que nota terão? Que nota terá uma pessoa que gere uma casa pelo diz que disse nos corredores e ainda por cima faz saber que assim faz com processos disciplinares sobre quem disse o que disse nos corredores e gabinetes em conversas privadas? Eu chamo reuniões com actas ao que se diz em serviço, levantar um processo assim é lei da rolha e ignorância pura e dura quanto a princípios elementares de gestão ( há aí literatura que chegue). Por outro lado, eu acho que à frente de uma Direcção Regional de licenciados deveria sempre haver um licenciado. Será o caso? Bem, agora todos são licenciados depois daquelas formações complementares das ESEs e da Aberta. Em todo o caso, mais ou menos licenciada, aquela senhora nada parece saber de gestão. Ministra que não demita os seus subordinados imediatos por erros graves terá que assumir todo o resultado dos erros deles. Eu acho, contra Jerónimo de Sousa, que uma remodelação dentro do ME, mantendo a ministra, já era bom, melhoraria muito o ambiente, mas tinha que ser já, a tempo de corrigir o aborto jurídico do concurso de professor comendador, perdão, titular, implicando obviamente a demissão do seu secretário de Estado inspirador máximo, que todos sabemos quem é. Mais bem aconselhada, Lurdes Rodrigues seria melhor ministra, não tenho disso dúvida alguma.
Ainda ia a tempo. Quem distribuiu serviço nas escolinhas, não tinha que o fazer sem legislação. As férias sempre foram para os professores algo relativo, sempre fizeram reapreciações de exames nacionais em pleno período de descanso. Agosto é o mês de férias obrigatório dos profs, só os cidadãos não privilegiados podem escolher livremente o período de férias. Os profs sempre foram ver o serviço do ano que vem entre praia e campo. Os insultos a respeito das férias dos docentes resvalavam na couraça da indiferença da classe (antes de serem insultados por quem os deveria defender como colaboradores) e não os impediam de continuar usando fins de semana e férias para pôr em dia serviço. Por isso, nada de novo ir à escola em férias e seria por uma boa causa, digo eu.
Falando de férias, ontem finalmente o meu primeiro dia delas e tempo para ler algo interessante e relaxante. Na Super interessante, João Aguiar está magnífico! A não perder. Lúcia Lepecki inspirada como sempre. E na parte da tecnologia, há um artigo sobre electricidade de carvão limpo.... Injectar o CO2 na terra? E até conhecem bem os limites de tal solução... enfim. O lixo por baixo da carpete, uma vez mais...

Quanto a livros: As Farpas, de magnífica actualidade em muitos textos , noutros não tanto, mas sempre um prazer ler quem assim escreve.


Limitação de responsabilidade: em lado nenhum encontrarão neste blogue a admissão da minha profissão que não revelo embora deixe adivinhar. É enquanto cidadã do país que escrevo.

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