domingo, março 18, 2007

Os camelos e a auto-censura

Tendo tido numa destas noites um pesadelo, no qual o Zé Camelo tinha conseguido que passasse para todos os ministérios a lei da rolha dos militares, determinando que os funcionários públicos que escrevessem em blogues a atacar o governo, mesmo sob pseudónimo, seriam alvo de processo e antes do resultado do mesmo, preventivamente suspensos por 90 dias, achei prudente mudar os nomes de alguns personagens que têm sido alvo de posts. O Vale-te Demos percebe-se quem seja. E o Zé Camelo quem será? É elemento muito mais perigoso. Ele há muitos parecidos, por isso, cada qual deles saberá se deve enfiar a carapuça. Já aqui apareceu em posts anteriores e não, não era o Trocas-te , esse tem um currículo que não faz esperar nem melhor nem pior, não, não, o Zé Camelo vem do anti-fascista PCP depois passou-se para o PS, tem obviamente simpatia por regimes policiais e é muito bom a castigar as formiguinhas. E está muito bem colocado para as esmagar, está no sítio certo para o fazer. E mais não digo que ele já deve ter o ficheiro de todos os IPs suspeitos... Heil ! KGB ao poder! (sorry, não sei dizer heil em russo)
Moral da história: um bom estalinista, defenda ele a "renovação" ou não, esteja ele em que partido estiver, será sempre um bom estalinista .

Nota-A prática de suspensão preventiva de elemento opositor, antes mesmo de culpa formada em processo disciplinar (seguida de não renovação de contrato) foi já usada no politécnico mais famoso do país, conhecido pelas excelentes práticas internas "democráticas" : não, não foi por escrever em blogues, que é gravíssimo, foi por muito menos. O lucifer que lá manda tem (ou faz constar que tem) um percurso muito semelhante ao do Zé Camelo, mas não a mesma projecção e nem por sombras o mesmo prestígio. Por isso será designado de lucifer-fósforo, de ora em diante, já que Lucifer tem posto elevado na literatura, lucifer-fósforo tem a dimensão disso mesmo, de um fósforo, mas como sabemos um só fósforo pode fazer muitíssimo mal.

Nota ao censor: Senhor censor, inteligente como calculo que seja, à semelhança de todos quantos alguma vez foram incumbidos de censurar ou vigiar a produção alheia, calculo que nesta altura já deve ter forte desconfiança de que o autor é funcionário público.... mas será que é mesmo?

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