domingo, julho 08, 2007

Solidariedade?

Será que todos os que por aí se armam em heróis levantariam uma palhinha que fosse, para de facto se solidarizarem com alguém em situação difícil? Não haverá por aí também uma outra espécie de boys que o que pretendem é uma projecçãozinha qualquer à custa de umas bocas aqui e ali enquanto mantêm a compostura e a conformidade nos empregozinhos e nos tachinhos que muito jeito lhes dão sem DE FACTO nunca se arriscarem a fazer o que quer que seja que possa colocar em risco os ditos? Estou a falar das situações concretas, em que há pessoas na calha para supranumerários, em que há pessoas que são propositadamente colocadas em prateleiras para depois se poder falar em "falta de perfil", "desadaptação" e outros epítetos preliminares do despedimento. E quantos desses "críticos" estão a tratar da sua vida para que isso aconteça só aos outros e sempre aos outros? E quantos se não preparam para concordarem internamente com os epítetos para se convencerem que nada podiam fazer por aquele colega? "Ele realmente,..." "Ela, de facto, tem mau feitio..." "Ele, diga-se em abono da verdade, estava sempre contra, não nos deixava trabalhar..." "ela não tinha perfil para nenhum cargo e agora queixa-se..." coisas assim e mais o silêncio viscoso nos locais de trabalho a contrastar muito com a cacafonia na blogoesfera. E isso preocupa-me muito mais que haver uns boys-pigs que triunfaram na Porcalândia. Triunfaram em toda a linha porque a massa amorfa é, infelizmente, assim...
Na Porcalândia vive um povo que diz "segura-me que eu desgraço-me..." para não ir às ventas de quem o tratou abaixo de cão... De brandos costumes, dizem dele, paternalista e eufemisticamente, outros povos que "os têm" e com quem os governantes não ousam muito brincar.

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