segunda-feira, junho 18, 2007

Mário Nogueira, o Professor e JPP

Mário Nogueira falou bem hoje, na Antena 1, mas nem uma palavra sobre o concurso a comendador. Porque será? Falta de tempo? A Associação dos Professores de Matemática é mais mediática, por isso foi referida? Eu acho que era uma oportunidade óptima para explicar duas ou três coisinhas sobre o aborto jurídico chamado dec-lei 200.
Ontem, o Professor Marcelo que, pelos vistos, tudo titula, e de tudo sabe, acha que nada tem que se objectar (juridicamente) a um concurso que apenas considera os últimos sete anos da vida profissional de um professor. Grave, para ele, só a alteração, a meio do concurso, das regras do mesmo. Esse aspecto é apenas a cereja em cima de um bolo em cuja massa aparentemente fofinha se pode encontrar de tudo: limalha de ferro, pedaços de vidro partido, pregos, parafusos e outros brindes semelhantes...
Tudo para o Professor Rebelo de Sousa é simples e partilha com Pacheco Pereira a clarividência oracular. Inveja, é o que eu tenho, no fundo, eu e não só eu, todos os simples mortais, com capacidades cerebrais vulgares, todos nós gostávamos muito de ser assim. Pessoas desangustiadas e sobre-dotadas, sempre com a análise pronta e as conclusões sistematizadas e com aquele tom de quem realmente está a ver a coisa (enquanto todos os outros pouco ou nada vislumbram) é disso que o país precisa, pois talvez algum dia, se conseguirmos que fiquem quietos durante 3h debruçando-se sobre apenas um assunto, aqueles cérebros produzam algo interessante sobre um ou outro problema concreto cuja resolução dependa apenas de nós (vão sendo cada vez menos) , aqui no cantinho.
Agora digo eu que não tenho poderes oraculares mas gosto também de dar os meus palpites:
Os próximos tempos vão ser interessantíssimos, dois pândegos no governo (em pastas-chave), a presidência da UE e a presidência da Comissão. Ui ui. Este pequeno cantinho estava mesmo guardado para grandes destinos. Promete.

Disclaimer (agora tem que se fazer uma coisa assim parecida, aprendi no portugalprofundo mas a minha é diferente).
Tudo isto que acima escrevi, claro, me quer parecer no meu mundo ficcionado, não quer dizer que se refira a Portugal. Nem mesmo se confirma que o dono do IP se reveja neste conteúdo. Estamos no domínio da literatura, único lugar onde podemos ainda ter liberdade de expressão de opinião quanto a figuras públicas no poder.

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