sexta-feira, maio 04, 2007

Génios, marionetas, chicos espertos e imperativo categórico II

Repito:
Não sendo o caso de Lisboa, não estando minimamente interessada na política da capital se não nas suas implicações políticas nacionais, a reflexão que hoje faço NADA tem a ver com Lisboa e a sua câmara.

Uma pessoa, seja de que partido for, deve poder contar com os sindicatos que têm por missão defender todos, para isso lhe pagam os associados, mas os partidos são organizações com visões do mundo próprias, com propostas de poder diferentes uns dos outros! E é óbvio que exposições de princípios aos grupos parlamentares são formas legítimas de defesa, quando se trata de questões de regime. Não é disso que falo no post anterior.
A missão externa deste blog, se é que a tem, é esta, a de descobrir as carecas da consciência daqueles que aqui se reconheçam, perante si próprios sobretudo: este blog não é nem nunca quiz ser um blog de escândalos!
Com que autoridade falo? A mesma que me permite afirmar que nunca me lembraria de ir queixar-me ao CDS dos atropelos deste e daquele que eventualmente me prejudiquem, quando nunca votei naquele partido, nem tenciono alguma vez votar: portanto, nunca iria USAR os seus serviços para me defender! E obviamente pode até conhecer-se alguém desse partido e em conversa vir o desabafo, outra coisa diferente é apenas abordá-lo para intencionalmente o usar.
Que autoridade estará por detrás desta lógica? A de Kant? Talvez: é que me parece que há de facto, imperativos categóricos sem os quais não é possível aquilo a que chamamos civilização. A imprevisibilidade que alguns exibem como nota de originalidade é apenas o sinal do supremo desprezo que nutrem pelo outro e se todos assim fossem, não seria possível a vida social onde a confiança é pedra angular. E é essa confiança que obriga a que se leiam os programas dos partidos que não deveriam funcionar como grupos de amigalhaços e ou de oportunistas que se lhes juntem por circunstâncias variadas.

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