terça-feira, novembro 28, 2006

E a seguir?

Rezamos aos santinhos para que a avaliação estrangeira venha pôr ordem na casa? Tem esta maioria gente capaz de pensar a educação superior, haverá alguém no PS que esteja livre de hipotecas várias, que tenha a força de acabar com tachos e tachinhos e a coragem de mudar estatutos de autonomia para acabar com a autogestão desgovernada de muitas instituições públicas de ensino dito superior e sobretudo garantir que acabem os processos de recrutamento de docentes próprios do mais descarado clientelismo? Ou pensam que basta reduzir o débito da torneira do OGE? Esperam que o mercado seleccione? O mercado que absorve os melhores diplomados há muito que determinou uma certa forma de gerir nalgumas casas. As outras continuam, o mercado que as suporta é o das lealdades locais, das conivências várias entre as instituições locais cujo financiamento se faz à custa da tal torneira. Assim, haverá tendência a que variadas coligações de interesses se entendam na escolha da carga a aliviar borda fora: os que incomodam pela exigência num ambiente de facilitismo e mediocridade ou os que se dedicam a áreas do conhecimento de aplicabilidade e comerciabilidade duvidosa como as letras e as artes.

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