quarta-feira, julho 11, 2007

"Só neste país" e heresias

É verdade, dizemos mal e no fundo, no fundo, para o bem e para o mal, gostamos de dizer que é nosso. Mas e o nós quem é?
Sérgio Godinho em fanfarra, com violinos e sopros parecidos com trompetes. Bem , a música está bem, A letra... pois está bem... Mas faz sentido? Quem somos para achar que ele é nosso, o tal? Quem para acharmos que temos uma palavrinha a dizer nele, ou mesmo sobre ele, o tal país, quem somos para acharmos que o que pensamos fará alguma diferença? Se o senhor/a que me lê não é empresário, não tem um chão algures ( e enquanto lho não tirarem em nome do "interesse público"), não tem o cartão do partido único ou não tem assento nas cadeiras do poder, por que razão acha que faz algum sentido dizer Portugal é nosso? Por causa da bola? Por ir botar o voto às vezes? Mas nosso de quem? Quem é o nós? A linguinha comum? Claro, mas de que nos serve?
Não, não acho que seja a melhor obra produzida por quem nos habituou a muito bom, na minha humilde opinião. Música , fez-me lembrar a ponte do rio Qwai, seria de propósito? Depois pareceu-me Boudewijn de Groot, "Als de rook om je hoofd is verdwenen..." de propósito também? Seria giro!

OK o amigo Sérgio não tem código para colocar ou eu não encontrei. De Boudewijn não há no tube a canção referida mas encontrei uma recente interpretação da mesma, menos mal.Boudewijn dava-lhe mais força.

1 comentário:

Pinus Silvestris disse...

Well to be Portuguese or not Portuguese is the question. We live in a world where everybody is put in boxes , a Portuguese box , but also a religious box, a professian box, a hobby box.... all little boxes. But the boxes doesn't mind as long as these are open boxes as long as there is a positive dialog not only in the box but also from box to box. Maybe there are good reasons to be sceptical about the ability to communicate, but I see a lot of open communitative boxes and internet if used with caution helps a lot the make the boxes communicate worldwide.
Boudewijn de Groot is a part of my youth and "Als de rook om je hoofd is verdwenen" does not give me the goose skin as in that post- hippie time , but maybe I am getting old