segunda-feira, março 05, 2007

Vale-te Demos e virtudes do primeiro ministro

Por que não cai Vale-te Demos? Porque o primeiro-ministro precisa de mostrar quem manda, digo eu, só pode. Assim, quanto mais inadmissíveis e ofensivos para os professores forem os abortos jurídicos que saiem do cérebro do secretário de Estado melhor: mais Sócrates pode ficar a conhecer a força que tem e confirmará o que já sabia: é do lado da classe docente que pode cortar a direito nas despesas. ELES DEIXAM. Só há que aprofundar o que já existe: a divisão, a inveja e isso consegue-se subvertendo todos critérios que têm estado na base da seriação de profs. Para o concurso a prof titular: faz-se tábua rasa dos currículos, só sete anos interessam: e tem sido nos últimos sete anos que tem chegado às direcções das escolinhas um grupo tíbio e obediente: premeiem-se esses docentes mesmo que não tenham dado uma única aula nos últimos aninhos*. Quanto aos cargos, quem os desempenhou antes dos últimos sete anos e que nem um pontinho leva estará pouco interessado em apoiar ou mesmo atacar o que quer que seja, estará desmotivado para sempre, será candidato a supranumerário de uma penada! Os outros, que normalmente e por feitio, não gostam de mandar, não suportam os gabinetes dos ministérios e execram os clubes e clubinhos mas gostam da sua profissão, não esperam já nada, têm ficado progressivamente mais desmotivados à medida que viram singrar nestes últimos 20 anos os dinâmicos fazedores de "clubes" e "projectos" e outras formas de tirar os meninos das maçadas da aula e da aprendizagem... São mais candidatos a irem para casa com 2/3 e um pouco depois 1/3 do ordenado. Poupança grande está bem de ver para as finanças públicas.

Nota: alterei o texto, é que afinal não é clara a lógica do ministério quanto aos professores destacados nos serviços do ME, é esse serviço equiparado ou não a serviço lectivo?

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