terça-feira, fevereiro 28, 2006

A propósito de um post de hoje, VPV do Espectro, ainda e sempre os funcionários públicos e o monstro…

Por redução ao absurdo: acabe-se com o Estado de vez: os 750 000 vão todos suicidar-se? Muitos sim, podem crer: quando se humilharem algumas dessas pessoas com o desemprego ou a reconversão compulsiva, sem que elas tenham prevaricado para o merecerem, numa altura da vida em que não vêem solução alternativa que lhes mantenha o nível de vida e a auto-estima, de facto, algumas dessas pessoas recorrerão a esse último direito a declararem ao mundo e à família a sua dignidade, não tenho dúvidas! Os restantes passarão recibos verdes dos seus serviços...Aparecerão empresas para todos esses servicinhos e o cidadão pagará e exigirá o opting out...claro, dê-se-lho, pois então… Muito bem, será que fará um bom negócio? Tenho dúvidas muito sérias sobre isso!!!!!!!!!!!
Talvez então os outros (quem são os outros, seria interessante falar deles) percebam que o Estado é preciso, e se é grande como hoje é, resultou também da extensão de serviços básicos a toda a população mesmo aquela esquecida nos montes. Estão a esquecer-se?
Claro que muitos contratos do Estado são para a “Nomenclatura”, mas 750 000? E não há mais classe média? São então 750 000? E que raio é a classe média? São os qualificados? No fundo os do coro da asneirada acham que os licenciados devem ser pagos pelo mesmo preço dos 9º de escolaridade ou 12º… é um princípio interessante mas é capaz de não contribuir para a qualificação da classe laboriosa média ou outra qualquer. Esses últimos contratos (os 120 000 de 2001-2005 de que fala VPV) serão a “nomenclatura” e mais isso que diz o Vasco, a classe média, e digo eu, colocando os filhinhos no Estado ao mesmo tempo que diz mal dos funcionários públicos, os filhinhos diplomados engrossando o imenso número de jovens desempregados. Muitos colocados não por concurso, passando à frente de tudo e todos por esses institutos politécnicos, para citar um exemplo onde os processos atingem foros de descaramento e impunidade que até assustam...
Mas ainda há outros a entrarem (ou seja a serem contratados) por concurso no ensino não superior, concurso nacional, com regras claras (ainda) ao abrigo das quais são colocados pelo ministério nas escolinhas onde não há ainda concursos com fotografia...será porque não são lá precisos? Será que são postos de trabalho inventados pela classe média, a tal?
E já agora como se classificam os que trabalham nas universidades públicas? São também funcionários públicos claro está. São obviamente imprescindíveis, elas e os politécnicos, a excelência da produção está aí para quem estiver atento!

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